Por Francisco Nota Moisés
' "Chegou o momento de destruir os terrorristas" - defende o Vice-chefe de Estado Maior General das FADM. O Vice-chefe do Estado Maior General das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, Bertolino Capitine, defendeu este posicionamento esta segunda-feira (15), dirigindo-se a um grupo de militares da FDS, no distrito de Macomia, em Cabo Delgado. No entanto, apelou a sua audiência a estabelecer boas relações com as populações locais, por forma a ter o apoio delas nas suas operações. "Podemos ter canhões do último grito, mas se a população é hostil ao Estado não haverá victórias", declarou o general, garantindo que já estão criadas as condições para o efeito. '
Desde 2017 os chefes militares da Frelimo tem dito a mesma coisa. Para eles cada momento quando abrem as suas bocas, já e tempo para destruir os rebeldes, enquanto no teatro das operações militares, os destemidos rebeldes lhes infligem pesadas derrotas. No princípio referiam-se aos rebeldes como homens catanas para depois os actualizar e descrever como homens melhor equipados do que as suas próprias forcas com drones e tudo quanto mais para criarem escusas e explicarem porque perderam a bela Vila da Mocímboa da Praia e de Muidumbe e outras com populações que nunca gostaram da Frelimo. Cada vez que os rebeldes entravam em Mocímboa da Praia antes deles tomarem a vila por completo e de vez, os residentes aplaudiam aos rebeldes e escutavam os rebeldes a falar em comícios que eles tinham com a população.
Existe hoje uma grande expansão de território em Cabo Delgado donde a desgovernação da Frelimo foi escorraçada e é hoje território libertado com parte da população que lá ficou e fazem machambas para cultivar e produzir comida. Os rebeldes seriam imbecis se estivessem a maltratar e a matar pessoas que vivem nas zonas sob o seu controle. E para que fim eles fariam isto? A guerrilha precisa da população para, como peixe, nadar na água do mar, de acordo com os ensinamentos do camarada presidente Mao Tse-Tung sobre a guerra de guerrilha.
Como resultado da grande derrota do regime de Felipe Nyusi em Cabo Delgado, o seu regime gritou para o mundo para dizer que era vítima duma agressão externa por aventureiros dos Grandes Lagos, de Uganda, da Tanzânia, do Quénia e da Somália. Na sua fantasia, os terroristas da Frelimo também incluíram o seu congénere terrorista, o Estado Islâmico (EI), que por sua própria culpa lavrou para a sua própria derrota. Se os selváticos do EI não se tivessem imbuídos em actos bárbaros de cortar pescoços como a sua congénere, a Frelimo, sempre fez, não teria forçado todo o mundo a estar na luta contra ele.
E ingénuo, senão loucura pura e simples, alegar que o EI está a apoiar os rebeldes do Norte, coisa que ninguém consegue provar com rapturas de sírios e iraquianos despachados pelo EI e como chegariam em Moçambique? A pé através de países hostis a eles ou pelo mar patrulhado por navios de guerra americanos e seus satélites, franceses e britânicos?
Os rebeldes estão determinados a inviabilizar Palma que pode servir para o re-arranque do projecto de Afungi depois deles afugentarem os bravos franceses que não quiseram se render ou negociar com eles. Já inviabilizaram o troço Nangade para Palma onde os frelimistas agora passam mal e à fome. Os militares da Frelimo não conseguem assegurar camiões entre os dois pontos. Como no princípio, eles limitam-se na defensiva enquanto a ofensiva está com os rebeldes.
Na hora actual os rebeldes estão a intensificar as sua operações e os soldados da Frelimo vem-se derrotados e incapazes de se movimentarem e passam mal a fome nas suas posições. Se a Frelimo imagina e alegra-se quando pensa que os rebeldes e outros moçambicanos que não gostam dela passam mal a fome, este mesmo mal agora os assola como assolava os guerrilheiros da Frelimo em Cabo Delgado durante a guerra dita de libertação com os portugueses. Será que outras pessoas que não gostam da Frelimo devem se alegrar?
O plano de envolver a União europeia na guerra no Norte falhou por muitas razões, a principal sendo que a UE não trata de assuntos militares; mas sim, os seus vários ramos tratam de assuntos políticos, económicos, financeiros, humanitários. Portugal, pobre Portugal, que uns esquerdalhos no seu regime quiseram envolver num assunto que não diz respeito aos portugueses, está sozinho depois de ter sido abandonado pela UE para quem o problema das guerras de Moçambique não diz respeito.
A UE ficou chocada com aquelas imagens de torturas e matanças dos civis pelas forcas de Felipe Nyusi. Nyusi e o seu regime ignoraram o pedido da UE para que o seu governo investigasse casos de torturas de civis e a UE esperava que a Frelimo o faria. Depois de ignorarem a UE, que obrigação a UE tem para ajudar este regime terrorista que ignora o seu pedido?
Todos os países do mundo, incluindo os europeus, estão todos preocupados com a situação do Coronavirus e os problemas económicos e financeiros que a pandemia criou para prestar atenção ao pedido da Frelimo. A Frelimo deve aguentar sozinha os problemas que a ela se causou.