Por Francisco Nota Moisés
Ataques em Moçambique. Províncias de Nampula e Niassa fornecem combatentes aos grupos armados, revela estudo (2) "No norte de Moçambique as províncias de Nampula e Niassa são campos de recrutamento dos membros dos grupos armados que atacam Cabo Delgado, revelou uma investigação."
"Quem semeia o vento, colhe a tempestade," assim reza um antigo ditado que foi repetido por Jesus Cristo e por Gautama Buddha, acerca de 600 anos do primeiro. Que a Frelimo esteja a pagar caro pelos seus crimes contra a religião em geral e a religião islâmica em particular, nisto não resta nenhuma dúvida. Durante a fase mais criminosa da sua actuação anti-religiosa, o regime de Samora Machel não poupou travões para combater e humilhar os muçulmanos no norte de Moçambique com assaltos armados às suas mesquitas e invasões nas mesquitas por grupos dinamizadores da Frelimo.
E uma vez, o próprio Samora Machel, trajado do seu uniforme de marechal e de botas e acompanhado por jagunços em uniformes militares e armados de AK-47s, invadiu uma mesquita. Entrou na mesquita gritando para os crentes pararem de rezar e reclamando que foi ele quem libertou Moçambique e não Allah. É possível que Samora Machel queria que os muçulmanos dirigissem as suas rezas a ele e não a Allah, o Misericordioso e o Compaixionado.
Num dos seus discursos em Nampula onde ele gostava de ir para zombar os nampulenses quando lhe apetecia, Samora Machel disse aos muçulmanos para criarem porcos para ajudarem a economia crescer. "Sei que vocês não comem porcos, mas podem criar porcos para ajudar a nossa economia crescer." Eu traduzi esse discurso para inglês para a BBC e para os americanos. Foi radiodifundido em cadeia nacional, pelo que não falo do que ouvi dizer.
Pode alguém entender que Samora Machel queria que os muçulmanos criassem um animal que o AlCorão descreve como um animal sujo, impuro e maligno? Não havia duvida que o chefe do estado da Frelimo era um individuo muito cru e andava bêbado com uma ideologia que não fazia nenhum bem aos moçambicanos.
Com o regime da Frelimo, os nortenhos de Cabo Delgado, Niassa e Nampula tem sido vítimas de brutalidades sem precedentes da polícia da Frelimo, principalmente nos lugares com minas preciosas e semipreciosas, onde a Frelimo não quer que pobres vão para tentar a sua sorte. Quando os audaciosos, na sua maioria jovens, tentam a sua sorte, a polícia da Frelimo aparece com bastões, gás lacrimogéneo e espingardas. Ela ataca, detém e às vezes mata e enterra alguns dos indivíduos vivos.
Agora quando os sobreviventes estão zangados e consideram a Frelimo como sua inimiga a abater e se juntam para combate-la com religiosos irritados visto que a Frelimo os espezinhou, oprimiu e matou alguns dos seus companheiros e despachou milhares e milhares deles para os seus campos de concentração onde milhares pereceram, a Frelimo ignora as causas locais. Como já não há a Rodésia racista e a Africa do Sul do Apartheid, a Frelimo agora grita que está sendo vitima do tal Estado Islâmico, agora defunto depois da sua derrota na Síria e no Iraque, e cujos sobreviventes já deixaram de reclamar que as operações que humilham a Frelimo em Cabo Delgado são da sua autoria.
O que se passa no norte é tudo a culpa dos dirigentes da Frelimo. Semearam o vento e agora colhem a tempestade com o seu regime numa luta pela sua sobrevivência.