Um dirigente do grupo militar privado sul-africano Dyck Advisory Group (DAG) disse hoje à BBC ter 3 no norte de Moçambique para resgatar polícias e deslocados na sequência do ataque terrorista na vila de Palma.
“A luta continua. Eles estão envolvidos numa série de pequenos grupos. Os terroristas dispararam contra eles. Eles aterraram para recuperar dois polícias feridos. Ao mesmo tempo, permiti que meu grupo se dividisse e dois helicópteros seguiram para o norte, um de combate e um pequeno Squirrel [de transporte] para resgatar 50 refugiados que se esconderam no mato a cerca de 20 quilómetros ao norte de Palma”, afirmou Lionel Dyck.
O coronel aposentado, fundador do DAG, um antigo veterano do conflito na antiga Rodésia, revelou estar a trabalhar há cerca de um ano para a polícia e o Ministério do Interior moçambicanos para ajudar no combate aos terroristas.
“Fomos para lá na semana passada, quando os combates começaram. Os nossos homens entrarem em aeronaves e enviámo-los para o norte, envolveram-se em combate”, explicou.
Segundo Dyck, quando chegaram a Palma, os seus homens encontraram corpos de motoristas de camioneta na rua, alguns decapitados, e adiantou que o Exército moçambicano só se envolveu no conflito na véspera.
“Não têm estado presentes neste combate de todo. (…) Podem ter enviado tropas para o norte ou podem estar a usar profissionais independentes”, acrescentou.
A vila sede de distrito que acolhe os projetos de gás do norte de Moçambique foi atacada na quarta-feira por grupos insurgentes que há três anos e meio aterrorizam a região.
LUSA – 29.03.2021