Contrato com a DAG deve terminar a 6 de Abril
Numa altura em que muitas vozes discordantes à presença e actuação de mercenários no combate ao terrorismo em Cabo Delgado têm estado a emergir, há indicações de que o contrato que une a Dyck Advisory Group (DAG) e o Governo moçambicano vai expirar a 6 de Abril do corrente ano e, em princípio, não há espaço de renovação.
Coincidência ou não, é também factual que o fim do contrato e a ideia de não renovação têm lugar numa altura em que as Forças de Defesa e Segurança (FDS) estão nos derradeiros momentos de treinamento para, com competência humana e material, assumirem responsabilidade total no que às operações contra o terrorismo diz respeito, incluindo as operações aéreas.
Uma das grandes razões que obrigou o Governo moçambicano a contratar os serviços dos mercenários da DAG foi o facto de ter sido consensual a ideia de que não se poderia combater o terrorismo sem meios aéreos adequados. E a Força Aérea de Moçambique, desde que foi desmantelada no âmbito do Acordo Geral da Paz, nunca tinha merecido de qualquer tipo de investimento sério, o que deixou a instituição desprovida dos mais básicos meios que uma Força Aérea deve ter. Esta é uma realidade que, no fundo, atingia todos os ramos das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
MEDIA FAX – 24.03.2021