Ajuda militar americana pode depender disso
Os Estados Unidos avisaram que violações de direitos humanos pelas forças de segurança de Moçambique na província de Cabo Delgado põem em perigo a sua luta contra os rebeldes islâmicos nessa província e a possibilidade de ajuda militar americana.
O porta-voz do Departamento de Estado, Ned Price, comentava ontem alegações da Amnistia Internacional de que as forças moçambicanas estariam envolvidas em abusos incluindo assassinatos e alguns desses abusos teriam sido cometidos por companhias privadas que apoiam o governo moçambicano nos combates.
“Apelamos ao governo moçambicano para investigar as alegações e abusos de violações de direitos humanos e apelamos que responsabilizem os autores de quaisquer desses abusos”, disse o porta-voz
“Quaisquer dessas alegações ameaçam a capacidade do governo de combater o extremismo violento e nesse sentido ‘e não só consistente com os nossos valores mas também consistente com os nossos interesses que Moçambique faça tudo o que poder par investigar e assegurar a responsabilização por violações de direitos humanos”, acrescentou.
Ned Price disse ainda que ao abrigo da lei americana ajuda militar a unidades de exércitos estrangeiros só pode ser fornecida “quando não há informação credível que essa unidade cometeu violações de direitos humanos.
Anteriormente os Estados Unidos tinham designado o Estado Islâmico de Moçambique (ISIS-Mozambique) também conhecido por Ansar al-Sunna e Al-Shabab como uma organização terrorista e avisaram que qualquer instituição ou indivíduos que se envolvam com eles estarão sujeitos a sanções americanas e a possíveis acções de agências policiais americanas.
O porta-voz do Departamento de Estado disse que essa designação “é um importante passo na luta global para se derrotar o ISIS (Estado islâmico”.
“Continuamos decididamente envolvidos com os nossos parceiros para fazer face a desafios de segurança e para fazer avançar a paz e segurança em África”, acrescentou
VOA – 12.03.2021