Os dinheiros do gás vão demorar muito para chegar. Até pode ser que nunca cheguem. Os ataques “jihadistas” em Cabo Delgado estão no centro do adiamento da Decisão Final de Investimento (DFI), por parte da petrolífera norte-americana ExxonMobil. Agora pensa-se em 2023 e com uma ressalva: o Governo tem de garantir segurança!
Garantir segurança é uma missão espinhosa para Filipe Nyusi. Não tem capacidade!
Portanto, aqueles que esfregaram as mãos de contentamento a pensar nos dólares do gás, podem ficar descansados. Os bolsos continuarão vazios. No ano que esses projectos darem frutos, Filipe Nyusi já não será Presidente da República. A fatia que pensou que lhe cabia, já não será inteiramente sua. Haverá um novo timoneiro a comandar. A parte do leão será desse senhor que, de certeza, sairá das fileiras dos camaradas. Não porque merecem. Instalaram uma máquina sofisticada de roubo de votos! As eleições neste País são para “inglês ver”.
Por outro lado, temos sérias dúvidas de que até 2023 a situação de Cabo Delgado terá sido resolvida. Parece que há quem investe tudo para que a guerra se prolongue e ceife vidas inocentes. Por exemplo, há dias Filipe Nyusi rejeitou um parecer técnico de militares em Cabo Delgado. Os comandantes das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) no Teatro Operacional Norte (TON), correspondente a Cabo Delgado, apresentaram um parecer técnico-militar ao Presidente da República depois da recuperação de Palma.
No referido parecer destaca-se que não existe capacidade interna para evitar que Palma volte a ser atacada pelos “jihadistas”, tendo em conta os meios de infiltração destes na comunidade. Muitos dos insurgentes são nativos da região e as FDS não têm controlo sobre a situação. As chefias militares sustentam que, apesar de haver capacidade em termos de homens treinados para o combate, o principal problema das FADM é a falta de informações no terreno que lhes permitiria identificar insurgentes entre a população civil, alegando não possuírem recursos humanos e equipamentos para o efeito.
Em resumo: o parecer técnico enviado a Filipe Nyusi quer dizer que não temos capacidade para evitar a devastação de Cabo Delgado. Moçambique precisa de apoio militar estrangeiro. Precisa de homens capacitados para lidar com este tipo de ataques e isso nós não temos. Não há-de ser essa formação que Nyusi quer que vai dotar os nossos militares de conhecimentos das tácticas dos terroristas. Os “jihadistas” saem do seio da própria população de Cabo Delgado. E voltamos àquela velha questão: o que lhes levou a radicalizarem-se? Fome? Pobreza? Desemprego? Falta de futuro?
E Filipe Nyusi nunca foi militar. É comandante-em-chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique por inerência do seu cargo. Não entende nada de guerra, de estratégia militar. Os que estão lá em Cabo Delgado, os nossos irmãos militares, sabem do que necessitam para combater os terroristas. Sob comando de Filipe Nyusi temos isto: pessoas decapitadas, casas queimadas, milhares de deslocados…barbárie!
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