De uma fonte bem posicionada no Ministério da Defesa recebemos a informação de que algumas chefias militares, que se encontram no teatro de operações em Cabo Delgado, estão agastadas com a maneira como a guerra está a ser dirigida por Filipe Nyusi.
Diz a mesma fonte haver ocasiões em que os militares no terreno passam fome porque os mantimentos as vezes são desviados por elites makondes em Pemba, para abastecerem o mercado negro ou às suas famílias.
Por outro lado, diz terem sido produzidos relatórios de inteligência que falam da traição e apontam os oficiais superiores e generais que estão a ficar ricos com a guerra a troco de venda de informação sobre posições estratégicas das Forças de Defesa e Segurança, mas nunca se tomou nenhuma medida. Ou seja, o comandante-chefe das Forças Armadas de Defesa de Moçambique, que é Filipe Nyusi, nunca se manifestou.
Diz-se também que uma das empresas que fornecem logística à tropa em Cabo Delgado, pertence a Jacinto Ferrão Nyusi, filho de Filipe Nyusi. Sucede, porém, que esta empresa, para além de estar neste ramo de forma dúbia, não consegue providenciar os mantimentos atempadamente, apesar de em troca ganhar valores chorudos.
Diz não ser verdade de que os primeiros mercenários russos que combateram os “jihadistas” em Cabo Delgado, a sua falta de sucesso tenha sido devido ao desconhecimento do terreno. Houve traição a partir do Quartel-General das FADM em Maputo, porque as principais chefias, que lucram com a guerra, não viam os seus negócios a fluírem. Ou melhor: a presença dos russos minava o desenvolvimento dos seus negócios, por isso havia que os desacreditar.
Os operativos do SISE, que actuavam em Cabo Delgado, foram expostos. Os seus nomes e fotografias já eram do domínio dos “jihadistas”, pelo que houve a necessidade de serem evacuados com urgência e desde lá nunca foram mandados outros no lugar daqueles, facto que tem, estrategicamente, beneficiado os terroristas.
O número de baixas nas FADM ultrapassa os 300 e isso tem sido mantido em segredo porque muitos desses militares os seus corpos nunca foram entregues aos seus familiares para funerais condignos; acabaram por ser enterrados em qualquer mata.
Diz-se ainda que, por descontentamento, a Total deixou de entregar dinheiro ao Estado para garantir segurança do compound de gás porque o dinheiro era desviado por algumas chefias militares. Esse dinheiro, se se recordam, devia ser pago à tropa que guarnece o projecto da Total, mas ela só vê navios.
Há muito por se dizer sobre o alegado descontentamento dos militares, mas preferimos ficar por aqui. De alguma forma, o que foi dito a esta página reforça a ideia de que a guerra que devasta Cabo Delgado tem enriquecido um punhado de gente bem posicionado na esfera governamental. Não é por acaso que contra a corrente, o Presidente da República ainda nega pedir ajuda internacional, alegando questões fúteis como respeito a soberania. Soberania é deixar moçambicanos serem decapitados?
Nenhum país do mundo enfrentou, com sucesso, o terrorismo sozinho!
Em Cabo Delgado fluem negócios como tráfico de droga, contrabando de madeira, há ouro lá. Há muita pedra preciosa e neste momento de guerra quem controla tudo isto? Hãaaa…vocês já sabem!
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