Raptados em Palma, conseguiram fugir e chegaram a Nangade
Mais 48 deslocados chegaram nesta terça e quarta-feira à sede do distrito de Nangade, quase quatro semanas depois do severo ataque terrorista à vila do distrito de Palma.
Dos chegados está uma mulher que, tendo escapado das mãos terroristas, contou episódios e estratégias usadas pelo bando à saída da sede distrital de Palma, uma retirada que, segundo conta, aconteceu dois dias depois da invasão.
“O ataque de Palma foi de dois dias e logo saíram para a via Pundanhar com carros roubados. Carregavam comida e outro grupo ficava atrás a ameaçar militares, para não nos seguirem” – narrou ela, anotando que dois dias após a saída de Palma e quatro após a invasão caíram numa emboscada montada pelas Forças de Defesa e Segurança.
“Em marcha, depois das matas de Pundanhar, entramos numa emboscada perto das lagoas. Tinha muitos carros naquele acampamento [acampamento terrorista], cerca de 15.
Morreram muitos terroristas. Foi de repetente, no quarto dia depois do ataque a Palma” – contou ela, assegurando ter conseguido fugir do bando raptor no exacto momento em que helicópteros das FDS bombardeavam a coluna do bando, tendo muitos terroristas sido mortos naquela ocasião.
Depois de ter conseguido fugir, diz ter-se juntado a outras pessoas e fugido até a aldeia Nova Família, no distrito de Nangade. Cansados e alguns feridos, disse terem ficado naquela aldeia alguns dias. Caminhando pequenas distâncias, somente de noite, só nesta terça e quarta-feira chegaram à sede de Nangade.
Os recem chegados foram apresentados, na manhã desta quarta-feira, ao Comando Distrital da PRM de Nangade.
MEDIA FAX – 22.04.2021