Em conferencia de imprensa, o Instituto Nacional de Petróleos (INP) admitiu, e sem apontar números, que a suspensão das actividades da Total em Palma "tirou o pão a muitas empresas moçambicanas, que agora dependem, também, do bom senso das suas contratantes."
Os ataques armados de 24 de Março, que precipitaram a segunda paralisação do Projecto Moçambique LNG. liderado pela multinacional francesa Total no distrito de Palma, em Cabo Delgado, ditaram o fim ou a suspensão de contratos de várias empresas moçambicanas fornecedoras de bens e prestação de serviços.
NOTA: A razão de "força maior" que a TOTAL invocou para suspender os contratos com as empresas tem um responsável: o governo moçambicano que não conseguiu acautelar a segurança das operações de construção do complexo. Não poderão as empresas lesadas, incluindo a TOTAL, assacar ao governo moçambicano todos os prejuízos advindos da situação ali criada? Não terão todos os trabalhadores, face à lei moçambicana, direito a indemnização? Que se saiba, nenhuma empresa moçambicana tem contrato directo com a TOTAL. Em que ficamos?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE