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Posted on 21/04/2021 at 21:02 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 21/04/2021 at 20:51 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel | Permalink | Comments (0)
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Posted on 21/04/2021 at 20:43 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Frelimo diz ser contra tropas estrangeiras, Renamo é a favor e MDM quer conhecer gastos com grupos privados.
O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, reconheceu nesta quarta-feira, 21, que países vizinhos e membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) estão a ajudar no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
Ao intervir no Parlamento, Rosário não deu mais detalhes, apesar de notícias confirmadas de grupos militares privados, ao mesmo tempo que informações não confirmadas oficialmente apontam para a presença de tropas do Zimbabwe na chamada Frente Operacional Norte, que está sob ameaça constante de grupos terroristas.
No entanto, os principais partidos políticos divergem quanto ao tipo de intervenção externa em Cabo Delgado.
O secretário Geral do Partido Frelimo, Roque Silva, diz não ser necessária a intervenção militar estrangeira para pôr fim dos ataques terroristas.
“Já foi dito várias vezes que se a solução do problema do terrorismo residisse no apoio em tropas de fora o Afeganistão não estaria a enfrentar o terrorismo apesar do apoio das tropas americanas, a Líbia já estaria em paz porque estão la tropas francesas, americanas e outras mas continua em guerra", sustenta Roque Silva, acrescentando que, apesar da presença de tropas zimbabweanas e tanzanianas durante a guerra civil de 16 anos em Moçambique "não foram essas tropas que acabaram com a guerra".
"Temos homens capazes que são liderados pelo comandante em chefe capaz”, sustenta.
Do lado da oposição, o presidente da Renamo, Ossufo Momade, diz que só com apoio de tropas estrangeiras é que Moçambique poderá eliminar os focos dos ataques terroristas.
“Se o Estado moçambicano não tem capacidade militar, temos a África do Sul que é uma potência militar, temos o Botswana porquê não se juntam e possam aliviar o sofrimento destes nossos irmãos?”, questionou o líder da oposição, lembrando o tempo da guerra civil.
“Participei na guerra civil onde havia tropas do Zimbabwe, Tanzânia e soviéticas, nessa altura não havia soberania? O Samora Machel e o Chissano não sabiam que havia soberania, ou alguma coisa esta sendo escondida?”, voltou a perguntar Momade.
A falta de informação sobre a intervenção militar em Cabo Delgado levou o MDM, a terceira força política do país, a questionar, na voz de Fernando Bismarques, os gastos que o Governo tem tido com a contratação de mercenários.
VOA – 21.04.2021
Posted on 21/04/2021 at 18:30 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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"Houve mudança na postura pública do líder da RENAMO, aparentando redução do nível de conflito, mas não é verdade", afirma especialista em justiça social. O facto alimenta desconfiança que afeta a reconciliação nacional.
A desconfiança entre a RENAMO, maior partido da oposição em Moçambique, e o Governo da FRELIMO está longe do fim, entende Victor Igreja, da Universidade de Southern Queensland, na Austrália. O especialista em reconciliação e justiça social reconhece que "os níveis de conflitualidade pública entre as partes reduziram, mas isso não significa que os dois partidos estejam alinhados".
Sobre o processo de Desmilitarização, Desarmamento e Reintegração (DDR), o moçambicano acredita que existe uma vontade da parte do Governo para, de uma vez por todas, retificar os erros do passado e de conduzir este processo com algum sentido de Estado.
DW África: A RENAMO e o Governo da FRELIMO mostram-se bem alinhados depois da morte de Afonso Dhlakama. Seria desnecessário pedir valores como reconciliação?
Victor Igreja (VI): Penso que a RENAMO e a FRELIMO não estão alinhados, os níveis de conflitualidade pública reduziram, mas isso não significa que os dois partidos estejam alinhados. E neste sentido o problema da reconciliação continua ainda uma realidade e é necessário que se tome a sério o processo nacional. Alias, o próprio líder da RENAMO [Ossufo Momade] já veio a público informar que seria necessário criar-se uma comissão para gerir todo este processo da reconciliação nacional.
DW África: Terá, de facto, acabado a desconfiança que sempre caracterizou a sua relação ou a fase boa deve-se apenas ao "alinhamento" garantido por Ossufo Momade e Nyusi?
VI: A desconfiança entre os dois partidos persiste, tanto mais que mesmo após a morte de Afonso Dhlakama e a ascensão de Ossufo Momade tem havido relatórios e reportagens que mostram que membros da RENAMO continuam a ser perseguidos pelos chamados esquadrões da morte e isso continua a gerar muita tensão entre os dois partidos. É verdade que houve uma mudança na postura pública do novo líder da RENAMO, e neste sentido pode dar a entender que o nível de conflito reduziu, mas não. E isso continua a alimentar este clima de desconfiança que perturba o processo de reconciliação nacional.
DW África: Que diferenças vê entre a atual desmobilização e integração dos homens da RENAMO e a que foi feita depois da guerra dos 16 anos?
VI: Claramente existem diferenças. O processo de desmobilização de 4 de outubro de 1992 foi um processo bastante grande, que foi recebido pelos soldados como um momento de festa, de unidade e de paz, porque tinham passado cerca de duas décadas na guerra e os soldados, tanto do lado da RENAMO como do lado do Governo da FRELIMO, estavam cansados da guerra. Enquanto que este novo processo de reconciliação e desmobilização consiste em retificar um conjunto de erros que o Governo cometeu, sobretudo ao não tomar a sério o facto de que havia ainda muitos soldados da RENAMO que não tinham sido desmobilizados e o Governo da FRELIMO tentou jogar um jogo político em relação à existência destes homens. Não houve um interesse claro do Governo ao longo destes anos em desmobilizar estes homens, porque isso servia a agenda política do partido de acusar a RENAMO de ser continuamente um partido belicista e somente interessado na guerra. Por isso, nunca tomaram a sério o processo de desmobilização. Portanto, o processo de desmobilização que ocorre agora é o resultado de erros acumulados pelo partido FRELIMO e não é comparável com o processo que ocorreu inicialmente, em 1992.
DW África: Vê algum aspeto mal ponderado que possa vir a ser foco de tensões?
Continue reading "Moçambique: Ainda cabe a reconciliação no "alinhamento" RENAMO - FRELIMO?" »
Posted on 21/04/2021 at 15:45 in Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Não é a Renamo;
Não é o MDM;
Nem é a sociedade civil;
O que vai tirar a Frelimo do poder é a falta de emprego!
Quando um oficial americano perguntou Deng Xiaoping (pai da revolução industrial Chinesa) o que é que faz para manter o poder do Partido comunista, respondeu: empregos. Continuou: se nos próximos anos não conseguirmos criar 20 milhões de empregos, haverá revolução e o partido vai desaparecer. Essa ideia de Deng Xiaoping se preocupar com empregos é a mesma que me faz escrever este texto.
Em economia o emprego é a variável real e maior. Explico-me: se o produto interno bruto estiver a aumentar e o número de empregos manter se constante, significa que o país esta a importar mais produtos do que exportar (neste caso, a balança comercial é negative). E se o produto interno bruto aumentar e o nível de emprego manter se constante isso significa que o país esta exportar mais do que importar (balança comercial positiva); neste caso deve estar a exportar recursos minerais (nestes sectores o nível de emprego não é intensivo).
Esta é uma ilustração básica de como o emprego se relaciona com a produção nacional. Porém, existe uma explicação técnica. Numa economia existem três sectores: as famílias, as empresas e o estado [dividido entre a autoridade monetária (banco central) e autoridade fiscal (tesouro)]. No sector das famílias existem duas funções importantes: a função de trabalho-e-recreio (em inglês, labor-leisure equation) e a função de Euler. A primeira função mede a troca entre o numero de horas que um individuo brinca durante o dia, o numero de horas que trabalha e o consumo. A segunda equação mede a relação entre o consumo, a taxa de juros e a inflação esperada. Para o caso de Moçambique, a primeira equação é a mais importante, porque a maioria da população não tem acesso a empréstimos bancários (hipótese do rendimento permanente).
Se um individuo/famílias não têm nada para fazer (não tem emprego), tem mais tempo de recreio (ou mais tempo para pensar coisas fúteis). As perguntas a seguir devem ser respondidas por todos os membros do Partido Frelimo: o que faz um individuo assaltar telefones nas paragens? O que faz aquelas miúdas encherem na rua de Araújo? O que é que criou os insurgentes em Cabo Delgado? O que é que criou seguidores e membros da Renamo em todo o pais? O que é que criou membros descontentes dentro do Partido Frelimo? O que é que criou lambe botas, G40 e etc? Enquanto que os lambe botas e o G40 foram criados por ambição de poder, todos os outros que mencionei foram criados por falta de emprego.
O exposto acima demonstra claramente que o emprego deve ser o foco de mandato do governo (nos outros países é). Porquê? Porque emprego é igual a comida. Falar de emprego e falar de comida é mesma coisa. Quem não trabalha não deve comer. Um pai pode transmitir carinho e afeto para os seus filhos, mas se não consegue por pão na mesa, é pior que lúcifer. Portanto, o emprego é algo divino. Emprego é algo santo; Emprego é bom para Deus. Alias, um cidadão que não consegue por pão na mesa não deve ter filhos ou uma esposa. É esse o poder do emprego.
Se não estão convencidos com o que escrevi acima, vou cavar a parte técnica da macroeconomia. O sector das empresas é explicado pelo comportamento da Nova Curva Keynesian de Phillips (em inglês, New Keynesian Phillips Curve). Essa curva explica a relação entre a inflação atual, a inflação esperada e o nível de produção nacional. Enquanto que o emprego não entra diretamente na função do comportamento das empresa, entra através da função de produção nacional. As variáveis que compõem a produção nacional são: o capital [físico (estradas, pontes, hospitais, fábricas e etc), o emprego (numero de indivíduos empregados), a tenologia e a matéria prima (terra e etc.)]. A representação da função de produção chama-se função de produção Cob-Douglas (em inglês, Cob-Douglas production function). A representação simples da função Cob-Douglas deve conter o emprego enquanto todas as outras variáveis podem ser ignoradas. Alias, evidências empíricas revelam que a cota do emprego na produção nacional é de 33%. Esse número não é para ser ignorado. O emprego é o motor do bem estar social e a estabilidade politica de um país.
Por isso,
Quando o Presidente da República estiver a dormir, pense só e só nas formas de como criar empregos!
Quando os ministros estiverem naqueles escritórios grandes, pensem só e só nas formas de como criar empregos!
Quando os deputados da Frelimo estiverem a beber cerveja, pensem só e só nas formas de criar empregos!
Quando os administradores dos distritos, os presidentes dos municípios e etc. estiverem a pensar como se manterem no poder, pensem só e só nas formas de como criar empregos!
E em conjunto, pensem só e só nas formas de como criar empregos.
Esta é a vossa maior missão.
O emprego permite ao homem deixar de pensar o que é inútil e ocupar-se nas suas responsabilidades. Só o emprego irá manter a Frelimo no poder. Promessas e todo o tipo de controlo social não terá efeito. Um pai que não consegue por comida em casa é mais perigoso que um homem armado. Um jovem formado e desempregado é mais perigoso que todos os insurgentes juntos. Imagina um grupo destes indivíduos desempregados?
Se quiserem saber como criar empregos, esse é outro assunto, mas foquem-se em criar empregos. O futuro da Frelimo depende no número de empregos criados. Por isso, podem brincar com tudo, menos com o número de empregos. Não inventem números de empregos criados, se não tiverem, melhor não divulgar. Falar de um número de emprego que não corresponde à verdade é equivalente a um pai falar para os filhos que há comida na mesa enquanto só têm água. Ademais, quando existirem empregos, tudo o resto será consequência.
O emprego é uma variável real, enquanto que a produção e o consumo são nominais e podem ser transformadas em reais (depois de descontar a taxa de inflação). Emprego é algo sério e real. Se a Frelimo quer manter se no poder, foquem-se em criar empregos.
Abraços,
ELM Pangara
Posted on 21/04/2021 at 15:32 in Opinião, Política - Partidos, Trabalho - Formação profissional | Permalink | Comments (0)
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O apoio militar é de países vizinhos e membros da SADC
O primeiro-ministro moçambicano, Carlos Agostinho do Rosário, disse que o país está a receber apoio militar de países vizinhos e membros da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), que estão a ajudar no combate ao terrorismo em Cabo Delgado.
Ao falar no Parlamento nesta quarta-feira, 21, Rosário não quis ser específico, alegando tratar-se de matérias sensíveis e do fórum militar.
“Não se pode perder de vista que alguns desses domínios de apoio e assistência ao combate ao terrorismo são de carácter militar. Por isso, o tratamento deste tipo de matérias sensíveis é geralmente reservado às Forças de Defesa e Segurança", disse.
Os dados surgem numa altura em que informações de fontes internacionais indicam que o Zimbabwe designou um contingente militar para integrar a frente de combate, na chamada Frente Operacional Norte, que está sob ameaça constante de grupos terroristas.
Sem fazer qualquer confirmação, o primeiro-ministro limitou qualquer possibilidade de questionamentos parlamentares.
“Apelamos para que essa nossa abordagem seja compreendida por Vossas Excelências como uma prudência necessária no tratamento de assuntos de carácter militar”, concluiu.
O líder da Renamo, Ossufo Momade, veio esta semana a público defender que o Governo deve, de forma imediata, abrir-se para receber apoio militar directo no terreno, apontando países como a África do Sul, o Botswana ou o Zimbabwe, como os que têm capacidades para ajudar.
VOA – 21.04.2021
NOTA: Então a tal de "soberania" onde fica? Até parece brincadeira de "miúdos".
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 21/04/2021 at 12:24 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Isto parece um conto. E só podia acontecer em Moçambique. A Frelimo quando ficou a saber das quantidades de gás existentes em Afungi, Cabo Delgado, esfregou as mãos. A elite nadaria em dinheiro. Trataram até de criar empresazitas- que só existem no papel- para abocanhar todos os contratos oferecidos pelas petrolíferas. Os filhos do Presidente, como que a antecipar os ganhos futuros, ofereciam viaturas luxuosas de milhões de meticais às namoradas; promoviam festas jamais vistas na nossa realidade, regadas de bebidas importadas: Moët & Chandon Cuvée Bi Centenary Cuvée Dry Imperial, Moet & Chandon Dom Perignon by Karl Lagerfeld, Boërl & Kroff Brut Rose, entre tantas.
Não tinham medo de Covid-19. São imunes porque nadam em dinheiro. O dinheiro roubado ao povo e o que ainda viria fruto da exploração do gás. Os Florindos até pareciam eles líderes de facto. Carros de alta cilindrada. Viagens ao exterior. Fotos tiradas em lugares paradisíacos nas Europas, Américas ou Ásia. Sempre ladeados de altas estrelas, principalmente do mundo de entretenimento.
Enquanto isso, o povo moçambicano não tinha nem o pão que dizem que o diabo tem amassado. Fome. Guerra. Decapitações. Casas queimadas. Sangue quente a irrigar Cabo Delgado. Sangue do inocente povo moçambicano, desamparado por quem, quando queria votos, jurou protegê-lo.
A insurgência, primeiramente liderada por pessoas oriundas de Cabo Delgado, desfez o sonho da Frelimo- o povo jamais iria ver tostão sequer desse gás. A Total, embora ainda não o tenha dito oficialmente, pode vir a abandonar definitivamente a exploração do gás moçambicano. Está com um pé fora do projecto. E mesmo que não abandone, 2024 já não será a data prevista para o início da exploração do gás. Os atrasos vão complicar tudo.
E não se esqueçam que o gás é um combustível fóssil que está sob pressão ambiental. As previsões de sua procura daqui a 20 anos estão a cair. Os países que já produzem o gás, exemplo da Rússia e a da Arábia Saudita, aumentaram a produção para tentar captar o que resta do mercado. E há muitos projectos de gás em todo o mundo que foram abandonados. Cabo Delgado não há-de ser excepção. A ExxonMobil leu antes a situação de insegurança em Cabo Delgado e deixou claro que é improvável que avance; a ENI não disse nada sobre nada, mas não há avanços.
Como é que há-de haver gás depois de os “jihadistas” terem chegado aos portões da Total? E o responsável desta multinacional disse claramente a Filipe Nyusi que só voltaria se Moçambique garantisse a segurança num cordão de 25 km ao redor do projecto de gás na Península Afungi.
E de promessa em promessa assim vai Filipe Nyusi. Nunca conseguiu garantir uma segurança eficaz às instalações da Total. O último ataque à Palma, mesmo que o Presidente tente suavizar, foi devastador, demolidor, mostrou que Moçambique não tem capacidade suficiente para fazer face aos “jihadistas”. Tudo não passa de promessas vazias de Filipe Nyusi que não quer um exército estrangeiro no País porque tem medo que se descubra o que realmente acontece em Cabo Delgado. Aonde é que são levados os rubis?
Em Cabo Delgado a pobreza é extrema. O povo foi esquecido. O gás jamais mudaria a face da pobreza porque os ganhos seriam abocanhados pela elite. Aliás, já havia se posicionado para isso. A Total pode ir para sempre ao povo isso não importa. O problema é a guerra. Se a retirada da Total significasse o fim da guerra, iríamos bater palmas.
PS: Os que hackearam a página primeira de “Justiça Nacional” tinham medo de verdades como esta. Queriam nos silenciar. Proibir os moçambicanos de saber o que a elite anda a fazer: roubar. Enganar. Estamos vivos. Podemos agora não ter o mesmo número de seguidores que antes, mas mal saibam que estamos neste canto, de certeza virão. Amam-nos. Também quem não iria gostar de quem fala a verdade?
(Justiça Nacional, siga-nos no Facebook)
Posted on 21/04/2021 at 12:12 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Gás - Petróleo - Biodiesel, Opinião | Permalink | Comments (0)
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A Total, principal operador da Área 1 (Mozambique LNG) do gás em Cabo Delgado e do complexo de Afungi, próximo de Palma, está em negociações com o consórcio CCS sobre o projecto.
A denúncia definitiva ou suspensão do contrato deverá ocorrer nos próximos dias, sendo certo que o projecto de Afungi não terá mais desenvolvimentos em 2021, segundo uma publicação portuguesa.
A CCS é uma joint-venture composta pela SAIPEM, Mc[1]Dermott e Chiyoda à qual foi atribuído todo o projecto de engenharia, procurement e construção (EPC) do complexo “onshore” de GNL em Afungi.
A escolha da CCS foi ainda feita pela Anadarko em 2019, pouco antes da venda do activo à Total. O contrato entre a Total e a CCS é tido como a “chave” para o futuro do projecto em Afungi.
Os restantes contratos que estão a ser denunciados pela Total são parcelares e celebrados directamente e incidem sobre construção de infraestruturas como estradas, zonas residenciais, porto marítimo, aeroporto e reassentamento (realojamento da população).
Entre as empresas de construção com as quais a Total já cessou os contratos de construção em Afungi contam-se as italianas CMC e Bonatti, a sul-africana WBHO e a portuguesa Gabriel Couto.
As denúncias contratuais com estas empresas podem ser reactivadas de forma relativamente ágil, ao contrário do “contrato-chapéu” com a CCS, onde a posição da japonesa SAIPEM é tida como decisiva, de acordo com o África Monitor Intelligence.
As conversações entre a Total e a CCS decorrem em total sigilo. A estratégia do Governo de desvalorização do ataque de grupos armados de inspiração islâmica contra Palma, a menos de 10 kms do estaleiro de Afungi, teve como resposta da Total a decisão, tomada a 02 deste Abril de retirar dali e de Pemba todo o pessoal contratado, com orientações expressas para o regresso dos expatriados franceses.
Fontes do sector do gás em Moçambique mantêm reservas quanto ao cenário de denúncia final e definitiva do contrato com a CCS pela Total, face às consequências e indemnizações envolvidas, mas é plausível um cenário de acordo entre as duas partes nesse sentido.
Este processo adia para já e durante largos meses o projecto de GNL em Afungi, podendo daqui resultar o encerramento definitivo. Os efeitos sobre o projecto de exploração de GNL da Área 4, consórcio liderado pela Exxon Mobil e Eni, é considerado limitado nesta fase.
Apesar do acordo de partilha do complexo entre os dois consórcios, a Área 4 ainda não formalizou a decisão final de investimento (FID) e mantém a margem de decisão para se adaptar à decisão que vier a ser tomada pela Total.
Por outro lado, a plataforma flutuante Coral Sul FLNG não depende do complexo de Afungi e deverá estar instalada em finais de 2021, com início de produção em 2022.
Com uma capacidade de produção prevista de 3,4 milhões de toneladas/ano, a Coral Sul FLNG deverá produzir menos de 1/4 do estimado nos blocos “offshore” que forneceriam o complexo de Afungi (16 milhões de toneladas/ano), mas garante apesar de tudo o retorno de parte do investimento do consórcio já em 2022.
REDACTOR – 21.04.2021
Posted on 21/04/2021 at 11:54 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Quase um mês depois do ataque terrorista à vila de Palma, os gestores da TOTAL em Moçambique garantiram, esta terça-feira (20), à Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), que a empresa não abandonou, senão suspender o Projecto Mozambique LNG, em instalação na península de Afungi, província de Cabo Delgado, por questões de segurança.
A garantia da petroquímica francesa foi transmitida, em Maputo, pela CTA, depois de manter duas reuniões com a empresa e Embaixador da França, em Moçambique, onde as entidades debateram sobre os impactos da suspensão da TOTAL nas empresas moçambicanas sub-contratadas pelo Projecto.
Leia aqui TOTAL diz que suspendeu projecto por insegurança, mas não abandonou (cartamz.com)
Posted on 21/04/2021 at 11:35 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Gás - Petróleo - Biodiesel, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 21/04/2021 at 11:27 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Por Edwin Hounnou
É importante compreendermos as motivações das agressões a que o nosso país está sendo vítima por terroristas, em Cabo Delgado. Hoje mais do que ontem, percebe-se que não se trata de nenhuma guerra de cariz religiosa. Os terroristas perseguem e matam cristãos e muçulmanos. Destroem igrejas e mesquitas. Os gritos religiosos que os terroristas soltam quando atacam ou decapitam pessoas visam ludibriar aos mais distraídos. Eles são soldados da morte. São assassinos na verdadeira acepção da palavra. Perseguem objectivos económicos e não políticos nem religiosos. Eles são pagos para matarem, infundirem medo nas pessoas e destruírem infraestruturas.
Os terroristas movem uma guerra terrorista, mas o governo recusa ajudas alegando ser contrário à soberania nacional.
A 5 de Outubro de 2017, quando do primeiro ataque à Mocímboa da Praia, o governo disse que eram marginais. Quando faziam treinos militares nas mesquitas, as autoridades ficaram indiferentes, diziam ser um problema intra-religioso. Hoje, atacam esquadras e quartéis. Capturam armas e carros de combate ao exército e polícia, porém, continuamos a ouvir dizer que precisamos só de apoio logístico. Se o governo tivesse levado a sério a situação logo nos primeiros dias, os terroristas teriam sido eliminados. O governo impediu que a igreja denunciasse a guerra e ameaçou de expulsão do país, e de morte, às vozes mais.
O antigo bispo de Pemba, Dom Luiz Frenando Lisboa, denuncia, em entrevista (www.ihu.unisinos.br) recente, o comportamento do governo. Quando dizíamos que a cabeça do bispo estava a prémio, era uma verdade irrefutável. Para preparar o assalto final contra o bispo Luiz Fernando Lisboa, assistimos a um latido intermitente de cachorros do palácio, proferindo impropérios contra o prelado. Como mestre da orquestra, Filipe Nyusi foi ao encontro do bispo para lhe transmitir uma falsa imagem de que a tempestade havia passado. Sabe-se que os cachorros só ladram quando o dono da matilha os soltar e indicar a quem devem morder. Foi assim com o professor Gilles Cistac. Seria igual com o bispo se o Papa Francisco não tivesse antecipado a sua transferência do país.
O jornalista Ibraimo Mbaruco, da Rádio Comunitária de Palma, teve sorte diferente. Foi sequestrado por militares, segundo a sua última mensagem, a 7 de Abril de 2020, na qual dizia que estava a ser seguido por militares. Ibraimo Mbaruco desapareceu e ninguém sabe mais nada da sorte que lhe reservaram. Foi assassinado? – muito provavelmente. Ainda continua vivo? – parece que não. Outros dois jornalistas foram presos e mantidos na caldeia por mais de três meses, num esforço do governo esconder ao mundo a guerra de Cabo Delgado. Depois de tanta pressão de dentro e de fora, saíram em liberdade. O aviso de restricção foi dado e sempre que nos deslocamos àquela província, fazemo-lo sob mil perigos. As portas de Cabo Delgado continuam fechadas à imprensa independente. O governo não quer que o mundo tome conhecimento das atrocidades por que estão a passar as populações de Cabo Delgado.
Posted on 21/04/2021 at 11:04 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
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O filho de Deby, Mahamat Kaka, foi nomeado Presidente interino por um conselho transitório de oficiais militares.
O Presidente do Chade, Idriss Deby, morreu enquanto visitava as tropas na linha da frente de uma luta contra os rebeldes do norte, disse um porta-voz do exército nesta terça-feira, 20, um dia depois de Deby ter sido declarado vencedor de um sexto mandato.
“O presidente da República, chefe de Estado e das Força Armadas, Idriss Déby Itno, acaba de falecer defendendo a integridade territorial em campo de batalha”, afirmou o porta-voz, o general Azem Bermandoa Agouna.
Informações de diferentes fontes indicam que ele terá sido ferido.
O mesmo porta-voz acrescentou na televisão estatal que o filho de Deby, Mahamat Kaka, foi nomeado Presidente interino por um conselho transitório de oficiais militares.
Na segunda-feira, 19, a sua campanha anunciara que ele se dirigia para a linha da frente para se juntar às tropas que lutam contra os "terroristas".
Rebeldes baseados na fronteira norte da Líbia atacaram um posto fronteiriço no dia das eleições e depois avançaram centenas de quilómetros para sul através do deserto.
Ontem tinha sido anunciado que Deby fora reeleito para um sexto mandato nas eleições de 11 de Abril, horas depois de o exército ter dito que tinha morto 300 combatentes a travar uma ofensiva rebelde lançada no dia das eleições.
VOA – 20.04.2021
Posted on 21/04/2021 at 00:12 in África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Por ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Peço alguns minutos de sua atenção para conversar a respeito da Defesa do nosso país. A Defesa de Moçambique e a responsabilidade das nossas Forças Armadas são tema, e devem ser sempre.
Moçambique é o mais pacífico de toda a região de África Austral e do mundo. Certamente, é único país nesta região e no mundo, que ascende sem imperar. Não tem, nunca teve e não terá aspirações de hegemonia. Mas, essa nossa orientação para a paz não nos impede da responsabilidade de nos defender. Pelo contrário, aumenta nossa responsabilidade por duas [2] razões fundamentais:
A primeira razão é que, precisamos nos defender para puder dizer não! Mas…também, para abrir um caminho na região e no mundo, um caminho rebelde, um caminho que eventualmente resista aos interesses, as ideias e as ordens/desordens das grandes potenciais, precisamos ter estudo.
A segunda razão é que, vivemos no mundo em que, os beligerantes e os vizinhos estão fortemente armados até aos dentes, e não nos interessa viver numa região ou mundo em que, só os meigos estão desarmados, que se armem. Destarte, um Projecto de Defesa do país deve ter três [3] grandes eixos fundamentais:
O primeiro eixo é, a construção das nossas capacitações de Defesa. Capacitações baseadas no ideário, que é a Estratégia Nacional de Defesa [END]. Estas capacitações e este ideário precisam partir de algumas realidades e a circunstância, que definem a tarefa da Defesa do nosso país.
A primeira circunstância‚ é a escassez dos nossos recursos. Precisamente, porque nossos recursos económicos e até humanos são escassos, destarte precisamos primar pela inteligência e pela audácia.
Continue reading "Um Projecto de Defesa e Coesão Nacional[Elementos de Autocrítica] " »
Posted on 20/04/2021 at 23:43 in Bernardo Gondola - Elementos de Autocritica, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Além da companhia francesa Total, várias empresas estão em dificuldades devido aos ataques no norte de Moçambique
O Centro de Integridade Pública (CIP) alerta para o facto de que se está a olhar apenas para a Total que suspendeu as suas actividades em Afungi, por causa do ataque à vila de Palma, quando, na verdade, existem muitas outras empresas na mesma situação que precisam de apoio, e diz que o Governo deve estar preparado para eventuais tentativas de renegociação de contratos por parte das empresas.
Em meados do ano passado, a petrolífera francesa Total havia interrompido as suas actividades por causa da Covid-19, e voltou a fazer o mesmo, desta feita por causa dos ataques da insurgência.
Para o CIP, isto vai ter graves implicações no calendário de execução do projecto de gás natural liquefeito, na bacia do Rovuma, uma vez que com este atraso, ficam também comprometidas todas as outras variáveis.
"Está-se a falar apenas da Total, porque a companhia está localizada próxima do local do ataque, mas em Cabo Delgado existem outras companhias que estavam a retomar as suas actividades, após uma suspensão, igualmente por causa da pandemia de Covid-19, que também precisam de apoio", afirmou Inocência Mapisse, pesquisadora do CIP.
Mapisse disse que os ataques estão a exacerbar as dificuldades que as empresas do sector extractivo estavam a enfrentar por causa da Covid-19, e elevam o nível de incertezas, não apenas nesta área, como também ao nível da economia no geral.
"Grande parte das projecções do Orçamento de Estado é feita tendo em conta a execução dos projectos de gás na bacia do Rovuma", referiu a pesquisadora.
O presidente do Conselho Empresarial de Cabo Delgado, Gulamo Abubacar, disse que "esta é uma situação da qual se pode sair se formos capazes de encontrar uma solução".
"Temos que encontrar uma solu,ão para isto, porque a situação está a tornar-se insustentável", apelou aquele empresário.
Para o presidente da Associação dos Economistas de Moçambique, Pedro Cossa, com estes ataques armados em Cabo Delgado, o país torna-se mais caro para os investimentos e deixa de ser competitivo.
Entretanto, Inocência Mapisse sublinha que a violência armada em Cabo Delgado acaba colocando também desafios às companhias, que devem ser colmatados, "porque uma das vias que este tipo de empresas usa a nível internacional é renegociação dos termos de contratos e uma das áreas que tem sofrido nessa renegociação é a fiscal".
"O Governo deve estar preparado para argumentar e estabelecer tecto, para garantir que a exploração de recursos aconteça e seja benéfica para o país", concluiu a pesquisadora do CIP.
VOA – 20.04.2021
Posted on 20/04/2021 at 23:39 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/04/2021 at 23:19 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/04/2021 at 21:28 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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"De certa forma Moçambique já perdeu a soberania em Cabo Delgado", diz investigador norueguês. Contudo, é uma bandeira que o Governo ainda consegue exibir para o exterior. Mas até onde vai o seu poder de a sustentar?
A defesa da soberania e a integridade territorial é a bandeira que Filipe Nyusi e o seu Governo mantém permanentemente içada para afastar qualquer tipo de intervenção militar externa no combate ao terrorismo no norte de Moçambique.
Mas se a nível externo tem conseguido os seus efeitos, a nível interno é um discurso que não reflete a verdade absoluta, segundo a percepção de Aslak Orre, analista especializado em boa governação do Christian Michelsen Institute (CMI), um Instituto de Pesquisa da Noruega.
"A soberania do país em si não está em causa, a questão é até que ponto o Governo consegue exercer essa soberania em Cabo Delgado", sublinha.
Orre lembra que "uma definição clássica de soberania é até que ponto um Estado consegue exercer o monopólio do exercício de violência organizada" e neste âmbito afirma: "É evidente que há algum tempo o Governo moçambicano não consegue isso em Cabo Delgado, de certa forma já perdeu esta soberania, localmente."
Prioridade para o Estado
Porém, face ao crescente domínio dos terroristas sobre as regiões costeiras e próximas delas em Cabo Delgado e a aparente dificuldade das Forças de Defesa e Segurança (FDS) em travá-los surge a pergunta óbvia: até que ponto o Governo conseguirá sustentar a bandeira da soberania para impedir a intervenção internacional que se advinha iminente?
Calton Cadeado é especialista em paz e segurança e docente da Universidade Joaquim Chissano em Moçambique e esclarece que "como Estado a soberania deve ser salvaguardada e evocada permanentemente. Onde sabemos que há terrorismo, inclusive nos países desenvolvidos, está visto que primeiro quem faz o combate contra é a força do Estado."
Assunto que já não é um exclusivo de Moçambique
O terrorismo há tempos que transpôs as fronteiras de Cabo Delgado e até de Moçambique. A presença de homens de outras regiões de África, e não só, entre os grupos armados, bem como questões logísticas que se supõem ser organizadas nos países vizinhos impedem Moçambique de fechar a porta à colaboração com outros estados.
Cadeado defende que "mesmo sendo um assunto transnacional, o Estado pode garantir que a presença de forças estrangeiras para combater no campo de batalha seja menos real".
E o investigador lembra ainda que "há uma pressão muito forte para que essas forças venham. A nossa soberania é relativa e limitada, já que não há e nunca houve soberania absoluta".
Cadeado interpreta o posicionamento de Maputo da seguinte forma: "O que o Estado está a dizer é que não quer forças militares externas a virem morrer aqui e lutar pelo nosso território quando temos homens e mulheres que juram bandeira".
A má memória das ações do Ocidente
Há um entendimento generalizado de que seriam mais bem-vindas as forças da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) e da União Africana (UA) do que as ocidentais.
É que não se apaga da memória dos moçambicanos o estado calamitoso em que ficaram os países onde as forças ocidentais tentaram combater o terrorismo.
O investigador Aslak Orre alerta para a variável incerteza: "Evidentemente não há nada que indique que uma intervenção ocidental seria um sucesso. Basta olhar para intervenções que têm havido no Médio Oriente, até na Somália. As tentativas que houve aí foram um fracasso. E tudo acabou por piorar a situação, toda a gente está de acordo com isso."
Incógnita
A quando do ataque terrorista a Palma, a 24 de março, um dos piores de sempre, o Presidente da República se remeteu inicialmente ao silêncio numa aparante tentativa de minimizar a magnitude da ação. Face a cobrança da sociedade por um pronunciamento Nyusi cedeu, mas manteve a mesma filosofia: a sua desvalorização.
Um posicionamento que visaria manter afastadas intervenções externas? Não sabemos, o certo é que na cimeira da SADC, após os confrontos, foi acordado o envio de um missão técnica a Moçambique cuja a finalidade não está clara.
E voltamos a questão essencial: até que ponto Moçambique terá força para manter essa vontade face à sua incapacidade de conter o terrorismo?
"Essa é uma incógnita que vamos ter dificuldade de responder e teremos de viver com ela por um bom tempo", responde Cadeado.
DW – 20.04.2021
Posted on 20/04/2021 at 17:51 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/04/2021 at 13:09 in História, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Está resolvido, o problema de Cabo Delgado, a Total tomou decisão de parar o projeto, Changanes e Makondes já não precisam de mandar cortar mais cabeças, os UIR, FIR e milícias makondes já esvaziaram a zona costeira de Cabo Delgado, era isso que a Frelimo não queria que o Bispo de Pemba, assim como, o jornalista expulso Inglês relatasse, quem andava a cortar as cabeças era o governo da Frelimo, para esvaziar a zona costeira e assim as elites poderem explorar à vontade toda a zona costeira que já está retalhada e dividida entre eles.
A Agência de Desenvolvimento do Norte até já criou 21 aldeias para os Mwani, assentarem bem longe de Cabo Delgado, não regressarem mais.
A ganância de Changanes e Makondes, subestimou a ganância de Árabes, países do Golfo que já têm mais experiência naquilo que concerne a boicotar os projectos de produção de petróleo e gás natural, só eles podem vender o petróleo e o gás natural.
Os Americanos livraram-se desses Árabes, com muito investimento criaram o Shale gás e agora até já exportam petróleo e gás natural.
Os Angolanos ligaram-se aos Chineses, por isso ninguém os incomoda, os Árabes não se metem com Chineses, sabem que no dia em que a China não lhes comprar petróleo estão tramados.
O Estado Islâmico, só entra onde há petróleo e gás natural, por razões comerciais, Síria, Iraque, Líbia, Nigéria, Tchetchênia, Chade.
Na Guiné Bissau ou Senegal apesar de todos os Mussulmanos não aparece EI, não há petróleo.
Changanes e Macondes, pensam que resolvem tudo à porrada e ameaçando as populações, é assim que a Frelimo faz há 45 anos com Mwani, Macuas e Chuabos, porrada se refilares, acabaram de levar uma grande lição dos pés descalços.
Os pés descalços, ao parar o projeto da Total, nada mais estão a explicar ao mundo, que se há riqueza, que seja partilhada por todos, eles também são Moçambicanos.
Que desenvolvimento os Rubis, levaram a Montepuez?? Só porrada se refilares.
O mundo tem que perceber que o culpado é o Frelimo, o Changane, o Maconde, se os Árabes conseguiram parar a Total, nada mais fizeram que aproveitar o descontentamento de Mwani e Macuas, no dia em que Maputo passar a ter uma política inclusiva de todos os Moçambicanos, aí acabam os problemas.
Se a América e a Europa, quer efectivamente ajudar Moçambique, não precisa mandar mais armas, para prepetuar a ditadura do Frelimo, precisa sim de mandar dinheiro para infraestrutura, criar postos de trabalho é isso que os jovens pedem, em qualquer Vila ou Aldeia aquilo que os jovens pedem é trabalho, trabalho e trabalho.
Não dinheiro para o Frelimo, esse desaparece todo nos meandros da corrupção, mas sim seguir o exemplo do Japonês, o Porto de Nacala as obras estão a bom ritmo, contrataram dois empreiteiros Portugueses, 1000 Nacaleses estão a trabalhar, não há estado islâmico que entre ali, em breve a obra estará terminada.
E Cabo Delgado só mais pobre ficou, a velha Chica sabia, a razão de todo aquele sofrimento, mas agora não é o branco a explorar o negro, é o negro a explorar o negro.
Todos somos azuis, mas há uns azuis, mais azuis que outros.
(Recebido por email)
Posted on 20/04/2021 at 12:17 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
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As Forças governamentais moçambicanas abateram 41 "insurgentes" entre 28 e 30 de março, na sequência dos confrontos que se seguiram ao ataque rebelde do dia 24 à vila de Palma, disse hoje à Lusa um porta-voz militar.
Chongo Vidigal, porta-voz das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) no Teatro Operacional Norte, avançou que 37 combatentes do grupo armado que atacou Palma foram contabilizados em vários pontos da vila e quatro foram encontrados há quatro dias numa vala comum, em ações de busca e perseguição aos insurgentes.
LUSA – 19.04.2021
Posted on 19/04/2021 at 23:26 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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NOTA: Dr. Ngoenha: Há aí um pequeno engano: O Partido Frelimo só sabe existir desde que tenha uma qualquer guerra, não o povo.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 19/04/2021 at 23:12 in Antropologia - Sociologia, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/04/2021 at 22:45 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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RESUMO
A intensificação do conflito militar no Norte de Cabo Delgado despertou a atenção de jornalistas, investigadores, analistas de segurança e diplomatas. O facto de os rebeldes armados não darem entrevistas a jornalistas e investigadores resulta num grande desconhecimento sobre as suas dinâmicas internas nas zonas ocupadas, pelo que o mundo dos insurgentes constitui um território repleto de mistérios. Por outro lado, o rapto de centenas de jovens mulheres gera interrogações em torno do respectivo paradeiro, originando inquietação social. O pouco conhecimento existente acerca das formas de organização interna dos insurgentes resulta de testemunhos oculares de quem privou com o grupo, nomeadamente desertores ou mulheres que estiveram em cativeiro.
A partir de 23 entrevistas a mulheres vítimas de agressão ou sequestro por grupos insurgentes foi possível concluir que os membros do grupo têm origens e percursos sociogeográficos heterogéneos, sendo a maioria oriunda do litoral Norte de Cabo Delgado, com registos de indivíduos provenientes do planalto de Mueda, do litoral de Nampula, assim como um crescente número de estrangeiros, provenientes da costa oriental africana e de países árabes. Os insurgentes dispõem de diferentes bases, instaladas em aldeias abandonadas por civis ou nas matas.
Leia aqui Download OMR-109-Caracterização-e-organização-social-dos-Machababos
Posted on 19/04/2021 at 21:37 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Por Francisco Nota Moisés
A palavra de ordem das comunicações que a Total tem estado a encaminhar às empresas contratadas é “encerrar” e não “suspender” como aconteceu em ocasiões anteriores.
"Braves francais, rendez-vous. ... La Garde recule, mais ne se rend pas" (Bravos franceses, rendam-se. .. A Guarda (republicana) recua, mas nao se rende " (no Les Miserables, Victor Hugo) relatando a batalha de Waterloo na Bélgica onde Napoleão foi finalmente derrotado. Hugo que via Napoleão como um antiCristo diz que Deus e que derrotou Napoleão e não os seus inimigos ingleses e prussos visto que a Europa queria viver em paz, o que era impossível com Napoleão a desencadear as suas guerras intermináveis.
Pena que depois da tragédia de George Floyd, o africano-americano que morreu em consequência da acção brutal dum policial branco que colocou o seu joelho no seu pescoço, no Ocidente houve uma rusga contra os patrocinadores, reais ou imaginados, de crimes históricos contra pessoas da raça negra. E na França, Victor Hugo não foi poupado. Foi também atacado simplesmente por ter assumido com simpatia a mesma atitude de homem superior como os opressores que maltratam os negros que ele defendia e cujo tratamento ele deplorava. Que Victor Hugo se considerava superior, isso lhe vinha naturalmente. Com um pai que foi um dos grandes generais de Napoleão e viveu na Espanha durante a ocupação desse país por tropas napoleônicas onde o seu pai estava destacado e onde ele Hugo Jr. estudou numa escola de Jesuítas (Victor Hugo, témoin de son siècle -- Victor Hugo, testemunha do seu século - a sua autobiografia), o sentimento de superioridade lhe vinha sem ele estar ciente disso.
Todavia, Victor Hugo é um grande humanista e basta ler as suas obras, principalmente Os Miseráveis, a grande historia de Jean Valjean. Por detrás do seu herói que é um ladrão que roubou um pão e é condenado a mais de 20 anos de trabalhos forçados, o autor prende, critica, julga e condena a França de grandes desigualdades e o seu regime de opressão e idealiza uma nação de liberdade, igualdade e fraternidade. São todos os países europeus que ele critica visto que as condições que prevaleciam na Franca também vigoravam noutros países da Europa, excepto a Grã-Bretanha que era mais liberal, mas não democrático no nosso sentido contemporâneo.
Apercebi me disso depois de ler o livro cuja publicação que li estava em três volumes de mais ou menos 600 páginas cada. Lia o segundo volume quando me encontrei numa fila num supermercado para ir pagar o que ia levar para casa, quando um senhor atrás de mim viu o título do livro e me perguntou se o livro estava em inglês. Disse que lia o livro no seu original em francês. A tradução inglesa retém o título de Les Miserables visto que miserable em inglês não significa a mesma coisa como em francês.
Ele mudou para falar em francês comigo antes dele me dizer que a leitura de Les Miserables era compulsiva em todas as escolas na França. Depois de lê-lo, compreendi porque a leitura do livro era obrigatória em França. Les Miserables não é somente um livro -- e um patrimônio da humanidade, um testamento sobre a necessidade imperativa da promoção do humanismo, da liberdade. Victor Hugo que foi refugiado do regime de Napoleão III na Bélgica e na Inglaterra compreendia melhor o que a falta de liberdade significava.
Posso me rir do triste caturrismo da Total de estar de mãos dadas com agentes dum regime que não tem os interesses do povo moçambicano no coração. Mas não me alegro. Moçambique precisa de tais companhias com tecnologias para explorar as suas riquezas e recursos. Mas que tais companhias não façam o esforço de explorar tais recursos com o cheiro da pólvora das armas de guerra a lhes cheirar nas narinas e a custo da opressão dos locais ou do nosso povo. E pior ainda quando tais companhias incitam um regime como o da Frelimo a matar e maltratar o povo, a remover populações à força das suas terras e a destruir as suas actividades tradicionais como a agricultura e a pesca sem lhes compensar.
Total e outras companhias deviam esperar que a guerra termine, seja com a derrota dos rebeldes ou do regime da Frelimo.
Felicitações à Total por, embora tardiamente, terminar este projeto que causou a guerra civil no Norte e muita miséria para o nosso povo. Espero que os bravos franceses da Total compreenderam o erro dos seus passos e do seu desumanismo. Foi pena que isto aconteceu em circunstâncias da sua grande humilhação como resultado do feito de armas dos destemidos rebeldes no Norte que pugnam por justas causas contra o regime da terrorista da Frelimo.
Posted on 19/04/2021 at 20:38 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/04/2021 at 20:31 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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A empresa pública Aeroportos de Moçambique está, à semelhança de tantas outras, com as contas no vermelho, em situação de falência. O mais agravante é que os actuais gestores da empresa dizem-se sem solução para reverter a situação financeira crítica, mas garantem estar a estudar várias hipóteses para esse efeito.
“Em ciências económicas não há única solução. Recapitalizar a empresa é uma via, sanear os financiamentos, através de encontros de contas entre os fornecedores e clientes. Outra via pode ser reestruturar os financiamentos em função da tesouraria da empresa. Concessionar os aeroportos e diversificar o negócio, são outras vias. Neste momento, colocamos as várias hipóteses para tornar a empresa sustentável. Estamos agora a estudar com especialistas”, explica Saíde Júnior, Administrador Financeiro da empresa, em entrevista à “Carta”.
Posted on 19/04/2021 at 17:31 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos, Turismo - Parques Caça - Aviação | Permalink | Comments (0)
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Através de um crédito concecional do EXIM Bank da China, o governo de Moçambique construiu o Complexo Agroindustrial de Chóckwè (CAIC). Os acionistas deste projeto são: a Sociedade Agrícola do Vale do Limpopo (SAVAL), a Hidráulica de Chóckwè (HICEP) e o IGEPE. A ordem pelo qual escrevi os acionistas do complexo é relevante. a SAVAL é composta pelo maior numero de produtores do regadio de Chóckwè; o HICEP é a empresa que faz a gestão do regadio; o IGEPE é quem foi levar o tako na China via ministério das finanças. Ate aqui tudo bonito. Sim, é bonito. Torna ainda mais bonito porque a intenção deste complexo é de resolver o problema de falta de mercado dos produtos produzidos no regadio (na sua maioria, arroz e tomate).
Eu participei em toda a fase de construção, até a implementação da CAIC. Só não estive na fase da inauguração e a posterior. Até no dia que foi escolhido o nome CAIC eu estava. Mas porque é que isso é relevante? Porque o que eu percebi na altura é que o maior problema do complexo era da capacidade produtiva do arroz no regadio ser inferior a capacidade instalada. Porque isso implica que em caso de défice de produção, haveria uma necessidade de importar arroz de outras regiões para serem processados no complexo. Qual é a capacidade instalada no complexo? A CAIC tem três linhas de processamento: linha de processamento de arroz, de tomate e de castanha de caju. A linha de processamento de arroz tem a capacidade de processar 200 toneladas de arroz por dia. O complexo também tem uma camara frigorifica com a capacidade para armazenar 15 mil toneladas de frescos, incluindo tomate e batata-reno. Para alem disso, o complexo tem armazéns com a capacidade de armazenar 30 mil toneladas de cereais e hortícolas. Em menos de um ano a CAIC tornou-se um elefante branco (inoperacional). Não conheço as causas, também não fiquei admirado.
Porque é que não fiquei admirado?
Primeiro porque a maior fração do arroz consumido em Moçambique é importado (custo de importação é menor que o custo de produção e processamento domestico). Segundo porque a gestão da CAIC deveria ser contraria ao que se estabeleceu. A gestão da CAIC era composta por um PCA não executivo e um diretor geral (são todos meus amigos). Estes jovens vivem no Maputo e fazem parte da equipa que acompanhou a construção do complexo. Portanto, deram poderes a jovens da cidade para irem gerir senhores no campo só e só porque tiveram o privilegio de acompanhar a construção do complexo. Mas isso aconteceu porque o IGEPE pretendia controlar as operações do complexo (é acionista maioritário). E essa intenção pariu um rato; alias, pariu um gato. Em Cabo Delgado a maioria dos funcionários nos projetos de gás, rubi e todos os outros projetos de recursos minerais são ou vem de Maputo; até os motoristas nestes projetos vem de Maputo. É preciso parar com isso; é melhor passarem a dar ao Cesar o que é de Cesar. Penso que dói para uma família de Cabo Delgado com um filho formado ver os empregos resultantes dos recursos da sua terra a serem ocupados pelos brothers que vem do sul. Isso dói para qualquer um, mesmo para um cego.
Posted on 19/04/2021 at 17:16 in Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Para analistas é a confirmação de que o regresso não é para já
A Total “rescindiu” a maioria dos seus contratos com empreiteiros e fornecedores de serviços a 14 de Abril corrente, sugerindo mesmo a confirmação de que a decisão de retirada completa do seu pessoal do acampamento de Afungi, dois dias após o ataque à vila de Palma, era um sinal claro de que o retorno ao trabalho não iria acontecer a breve trecho.
Primeiro, deverá com o Governo assumir novos compromissos no que à abordagem da segurança do empreendimento do Mozambique LNG diz respeito.
A palavra de ordem das comunicações que a Total tem estado a encaminhar às empresas contratadas é “encerrar” e não “suspender” como aconteceu em ocasiões anteriores.
A 14 de Abril, a Total emitiu uma nota para CMC rescindindo o contrato de expansão do campo de Afungi. A rescisão de contrato com a CMC terá um grande impacto, tendo em conta que se trata do encerramento das actividades de uma das principais empresas contratadas pela Total no âmbito do projecto em curso.
MEDIA FAX – 19.04.2021
NOTA: Quando é que o Sr. Presidente Filipe Nyusi dará a conhecer a posição do Governo moçambicano em face à decisão da TOTAL estar a “abandonar” Afungi e a rescindir dezenas de contratos?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE
Posted on 19/04/2021 at 16:17 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Quando os maus não são apanhados, os bons também são suspeitos e ficam desmoralizados.
É importante tirar o ‘peixe podre’ antes que todo o ‘peixe’ fique contaminado
A Associação Moçambicana dos Polícias (AMOPAIP) apela para um “trabalho rigoroso dos serviços de inteligência militar” para a descoberta de “eventuais” membros das Forças de Defesas e Segurança (FDS) que cooperam com os grupos armados em Cabo Delgado.
“A inteligência militar deve funcionar, deve fazer um trabalho rigoroso para descobrir eventuais infiltrados”, afirmou o presidente da AMOPAIP, Nazário Muanambane, em declarações à Lusa.
Vários analistas e consultores em segurança têm alertado para uma possível colaboração entre alguns membros das FDS moçambicanas com os grupos armados que actuam no Norte do país, apontando a precisão e o momento dos ataques, bem como o facto de alguns “insurgentes” usarem fardamento das forças governamentais como alegados indícios dessa cooperação. Segundo o presidente da AMOPAIP, a neutralização de “agentes do inimigo” no seio das FDS é fundamental para “o fortalecimento da defesa e capacidade operacional” das forças governamentais.
“A guerra contra grupos armados e a criminalidade ganha-se também na recolha de informação e apanhando os traidores infiltrados no nosso seio”, destacou Nazário Muanambane.
Por outro lado, a neutralização de membros das FDS que colaboram com “as forças inimigas” será igualmente importante para a moralização das forças governamentais.
“Quando os maus não são apanhados, os bons também são suspeitos e ficam desmoralizados. É importante tirar o ‘peixe podre’ antes que todo o ‘peixe’ fique contaminado”, comparou o presidente da AMOPAIP. Nazário Muanambane defendeu igualmente a necessidade de mobilização das populações para cooperarem com o Governo no combate aos grupos armados e à criminalidade, porque muitos dos “delinquentes são conhecidos pelas comunidades”. “Precisamos de ter as comunidades do nosso lado, porque conhecem cada um dos seus jovens, seu comportamento e é por isso que estamos disponíveis para apoiar na reactivação dos conselhos de policiamento comunitário nas zonas em que há problemas”, acrescentou.
Os conselhos de policiamento comunitário, prosseguiu, seriam uma grande ajuda no combate ao crime, porque os membros da comunidade que integram essas estruturas podem detectar comportamentos suspeitos e passar informação às autoridades.
Docentes e investigadores do Centro de Estudos Estratégicos e Internacionais da Universidade Joaquim Chissano, universidade estatal moçambicana, alertaram há um ano - após os primeiros grandes ataques de insurgentes, com ocupação de sedes de distrito - para sinais de que as Forças de Defesa e Segurança do país não estão preparadas nem empenhadas para combater os grupos armados que atacam o Norte do país.
“Cresce a desconfiança sobre o vazamento de informações para os terroristas, onde se verifica a colaboração de alguns militares”, lia-se no documento, aludindo a suspeitas de “esquemas de corrupção no seio das forças”, havendo “uma necessidade urgente de incrementar o efectivo, as tarefas, missões e funções da Polícia Militar”.
Grupos armados aterrorizam Cabo Delgado desde 2017, sendo alguns ataques reclamados pelo grupo terrorista Estado Islâmico, numa onda de violência que já provocou mais de 2.500 mortes e 700.000 mil deslocados.
O mais recente ataque foi feito a 24 de Março contra a vila de Palma, provocando dezenas de mortos e feridos, num balanço ainda em curso. As autoridades moçambicanas recuperaram o controlo da vila, mas o ataque levou a petrolífera Total a abandonar por tempo indeterminado o recinto do projecto de gás com início de produção previsto para 2024 e no qual estão ancoradas muitas das expectativas de crescimento económico de Moçambique na próxima década.
REDACTOR – 19.04.2021
Posted on 19/04/2021 at 16:02 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/04/2021 at 15:28 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Geral | Permalink | Comments (0)
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Presidente da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) propõe outro modelo de desenvolvimento
As autoridades moçambicanas dizem ter construído 21 aldeias para o reassentamento das pessoas que fogem da guerra em Cabo Delgado, numa altura em que o presidente da Agência de Desenvolvimento Integrado do Norte (ADIN) propõe um novo modelo de desenvolvimento para aquela província face às acções dos jihadistas.
A construção dessas aldeias, segundo o secretário de Estado em Cabo Delgado, Armindo Ngunga, faz parte do Plano de Gestão de Deslocados, para que possam viver com dignidade num espaço próprio.
Ngunga afirmou que, "não havendo condições para fazer isso em Pemba, encontramos espaços noutros distritos, para podermos fazer uma gestão directa dos deslocados, e neste momento, já conseguimos construir 21 aldeias que são habitadas por mais de 55 mil pessoas".
Aquele governante avançou que nessas aldeias foram criadas as mínimas condições em termos de serviços básicos, incluindo àgua, saneamento, saúde e educação, e sublinhou que, "isso significa que a vida dos deslocados está a caminhar cada vez mais para o normal, porque o nosso objectivo era mesmo esse de garantir que as pessoas vivam com dignidade".
Contudo, um estudo recente feito pelo Centro de Integridade Pública (CIP) sobre os deslocados de guerra em Cabo Delgado aponta que nas aldeias de reassentamento, "não existe absolutamente nada, à excepção de fontes de abastecimento de água e talhões para a construção de habitações".
Entretanto, o presidente da estatal ADIN, Armando Panguene, critica a actual estratégia para fazer face aos ataques jihadistas e propõe um novo modelo de desenvolvimento para Cabo Delgado porque, disse, sem isso, nenhuma acção terá impacto imediato nas comunidades.
Panguene referiu que o modelo de desenvolvimento para a província "tem que ser atípico e requer alto sentido de flexibilidade e uma maior coordenação institucional, porque perante a insegurança da vida das comunidades, somos todos chamados a agir com acções concretas para responder ao clamor das populações".
Aquele gestor realçou que a juventude "tem que ter habilidades para a empregabilidade e auto-emprego, os serviços de saúde e educação devem estar mais próximos das populações, e as comunidades rurais devem ter acesso ao crédito".
VOA – 19.04.2021
Posted on 19/04/2021 at 15:17 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Economia - Transportes - Obras Públicas - Comunicações, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Nesta semana, um amigo meu de origem alemã me surpreendeu com um documento muito recente, que aborda o assunto dos “MADGERMANES”
Estes cerca de 17.000 homens e mulheres que na altura em que foram trazidos para trabalhar na RDA, compreendiam as idades de 18 a 25 anos.
Esta gente que viu 60 por cento dos seus salários e seguros sociais sendo confiscados por decreto, na promessa de serem reavidos no seu regresso à pátria amada.
As mulheres que por sua vez eram proibidas por lei, o direito de engravidar durante a estadia neste país europeu sob o risco de serem deportadas para Moçambique. Muitas delas, e várias vezes, se viram obrigadas a abortar seus filhos.
O documento me trouxe muita indignação. “Atenção! Indignação, e não solidariedade”🙂
Me encontrando eu a residir cá na Alemanha, este assunto é um triste fantasma que silenciosamente assombra as ruas e avenidas de cada cidade por onde passo.
Já tive a oportunidade de conhecer alguns desses homens, tanto os que regressaram à Moçambique, assim como os que cá ficaram e adquiriram nacionalidade.
Os que cá ficaram, se mostraram tão frustrados ao ponto de nem sequer quererem falar sobre o assunto. Quando falam, não falam nada bem de Moçambique como nação.
Os que regressaram à Moçambique e ainda vivem, continuam protestando sem sucesso às quartas-feiras como é bem sabido por todos nós.
Mas o que me faz escrever este texto, não é apenas o mérito financeiro destes homens e mulheres, mas sim o mérito histórico e social.
A dura realidade é que esta gente foi usada, não apenas pelo governo moçambicano, mas sim por todos nós Moçambicanos.
Eles ofereceram muitos anos das suas vidas para pagar a dívida que Moçambique contraiu junto da RDA. O que lhes dá no mínimo um mérito histórico na minha opinião.
O que difere os MADGERMANES daqueles que pegaram nas armas e libertaram a pátria aos 25 de Junho de 1975?
Imaginemos que esses heróis da nossa terra tivessem o pobre destino de passar o resto das suas vidas a mendigar uma simples pensão e algum reconhecimento simbólico do país que libertaram.
Essa imaginação, é apenas a realidade que Moçambique e Moçambicanos tanto ignoram.
MADGERMANES foram soldados e heróis de Moçambique sim, heróis renegados pela pátria que libertaram.
Numa situação em que os outros soldados que lutaram em solo pátrio, comem e esbanjam celebrando esta liberdade adquirida com o sangue e suor de todos Moçambicanos.
Que lhes neguem o mérito financeiro, já é habitual, mas o mérito histórico não devia ser assinado em escritórios, essa autoridade é do povo.
Que haja justiça para os Madgermanes.
Osias Jalane (Minha esferográfica, meus binóculos).
Posted on 19/04/2021 at 12:15 in Cooperação - ONGs, Europa - União Europeia, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Temas tratados - Onda de raptos volta a aterrorizar cidadãos moçambicanos - Governo e CTA ainda sem datas para o debate do aumento do salário Mínimo
Posted on 19/04/2021 at 12:01 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Por Damiao Cumbane
Pretendo trazer o que eu acho que poderá estar a contribuir para a ineficácia do combate aos insurgentes em Cabo Delgado nomeadamente:
Todo o material militar que o exército tinha foi vendido, não pelo Estado, mas sim por um punhado de pessoas que estava à frente ou na liderança das Forças Armadas. Ninguém é capaz de nos dizer onde foram as centenas de tanques e blindados de guerra que o país tinha até 1992. Ninguém é capaz de nos dizer onde andam os Helicópteros MI 8 e os MI 24/25 que a Força Aérea tinha. E os MIG 17 e 21 que tínhamos, onde foram parar? Que eu saiba, há países asiáticos que ainda hoje usam o velho MIG 17 na sua força aérea, para não falar do MIG 21 que até alguns países europeus com forças armadas mais avançadas do que as nossas, ainda o usam ou o mandaram atualizar. Hoje, nem avião de guerra para treinar pilotos da força aérea temos. Nós desmantelados os nossos MI 8 mas, se repararmos em muitas operações das Nações Unidas, veremos wie elas usam, preferencialmente o Helicóptero MI 8, para não falar do MI 24/25 que são eminentemente de combate. Toda a capacidade da nossa força aérea foi vendida aos olhos de todos nós, tal como muitos quartéis e servidões militares também foram abocanhados por um punhado de indivíduos, as servidões militares foram parceladas para nelas se construir condomínios que serviram um punhado de pessoas: tudo foi desmantelado sob pretextos diversos mas, no fundo, eram punhados de malandros que estavam a apunhalar a pátria pelas costas e hoje, os mesmos estão aí a assistir a nossa desgraça coletiva.
Hoje, são esses sobrinhos e c.ia Lda. que estão a frente de certos ramos e sectores das nossas FDS, no caso, o exército. Tudo foi sendo feito sem se pensar que Moçambique, um dia teria desafios reais.
Pensou-se, no clubismo nepotista que Moçambique seria um país de paz eterna mas hoje, a verdade é está, nua e crua.
Se perguntar não ofende, quantas dessas damas estão no Norte de Cabo Delgado? Porque não as mandam? Não as recrutaram para defenderem a pátria? Não as puseram a fazer juramento à Bandeira e à Constituição da República? Nisto tudo, saibamos que elas não são as culpadas. Os culpados são os donos da situação.
Ainda nessa senda de transformar o Serviço Militar em serviço de Administração Pública vulgar, vimos vídeos de mancebos a reclamar o tratamento nos quartéis, o exemplo que retenho é de um grupo de jovens mancebos que, à chegada no Centro de Preparação Militar, cada um tinha de entrar e percorrer certa distância com a sua mala, mochila ou sacudú na cabeça, andando de cócoras.
Posted on 19/04/2021 at 11:51 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/04/2021 at 22:00 in Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Por ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
A Central do Comando da Rússia/ União Soviética [US], está sempre onde esteve. Está na KGB, nunca esteve no Governo soviético/russo isso é importantíssimo saber. Era a KGB [Comité de Segurança do Estado] que determinava as variações locais, as controlava e as administrava usando o acelerador, travões e vários outros instrumentos. Isto quer dizer, que o Comando da US era uma coisa enormemente bicudo.
O Governo soviético se constituía do Comité Central do Partido, do Governo constituído dos seus Ministérios e da Duma ou parlamento; isto era o Governo soviético. A KGB teoricamente é um Órgão do Governo soviético, era outra coisa que se constituía igualmente um Ministério.
A KGB fundada em 19[54], mas suas origens remontam antes da Revolução de 19[17] é a maior Organização de qualquer tipo que já existiu no mundo todo. Repare! Além duma perigosíssima Policia secreta e política, só dentro da US, tinha [700.000] funcionário, dispunha de carros de combate [tanque/blindados], caças, mísseis, barcos e submarinos, sendo uma Organização militar totalmente independente das Forças Armadas, tiveram que diminuir um pouco está aí, em [300.000] - [400.000] funcionários hoje.
Além disso, têm uma rede de colaboradores mundiais, tudo isso está nos arquivos. Porquê! Porque os soviéticos sempre tiveram a mania de registar tudo. Os arquivos soviéticos contém tudo, tudo, tudo e tudo. Repare! O acervo da KGB constituía-se de [8] bilhões de dossiês; repito [8] bilhões de dossiês. Por exemplo, na época em que fizeram a mudança de Sede, que foi coordenada pelo Agente russo chamado V.P, ele era a pessoa encarregado de fiscalizar entrada e a saída dos Documentos, no transporte dum edifício para o outro; esse transporte só dos Documentos pasmem-se levou [10] anos.
Então, você imagina abrangência do campo de informação que essa gente da KGB tinha que administrar e comparado com isso a CIA; a CIA era uma escolinha de iniciação do bairro para a KGB. A CIA não tem essa abrangência; hoje, talvez está lutando para ter só que, eles estão muito, muito atrasados nisso.
Continue reading "O B.I da KGB[Elementos de Autocrítica] " »
Posted on 18/04/2021 at 20:52 in Bernardo Gondola - Elementos de Autocritica, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/04/2021 at 20:28 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Nesta edição
Cabo Delgado + Bispos culpam 'certos grupos que tomam conta' + Governo
ameaçado de matar bispo Lisboa
+ No IS control, diz Cabo Ligado + Total 'termina' contratos Afungi + Outras notícias de guerra: assalto a banco não insurgentes, milícias, declaração do Conselho Islâmico
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Certos grupos tomando conta da nação e seus recursos. Em vez de serem colocados ao serviço das comunidades locais e se tornarem uma fonte de sustento e desenvolvimento, esses recursos são retirados com total falta de transparência, alimentando a revolta e o ressentimento, especialmente no coração dos jovens", declararam os bispos católicos em uma declaração muito forte de 16 de abril.
"É urgente criar mais empregos e oportunidades de desenvolvimento para todos, particularmente para os jovens, e para isso, aplicar localmente os ganhos dos recursos naturais disponíveis", dizem.
"Reconhecemos que uma das principais razões pelas quais nossos jovens se permitiram ser seduzidos a se juntar à insurgência [é que] não há oportunidade de construir uma vida digna. Eles sentem que a sociedade e os tomadores de decisão ignoram seu sofrimento e não ouvem suas vozes. É fácil atrair pessoas que são cheias de vida e sonhos, mas sem perspectivas e que se sentem vítimas de uma cultura de corrupção."
"Nada justifica a violência", dizem os bispos.
Mas eles perguntam: "Como os jovens podem ter perspectivas se seu próprio país parece não ter direção e um projeto comum, no qual são convidados a serem colaboradores ativos, e que alimenta sua esperança?"
Bispo Lisboa: Governo ameaçou me matar Quem ameaçou matá-lo, Raffaella Scuderi de La Repubblica (11 de abril) pediu ao Bispo Lisboa, recentemente forçado a deixar seu posto como Bispo de Pemba.
"O governo", respondeu ele. "Primeiro recebi ameaças de expulsão, depois apreensão de documentos e no final da morte.
"Maputo negou a guerra desde o início. Quando o conflito e o perigo se tornaram evidentes, proibiu falar sobre isso. Impediu os jornalistas de fazerem seu trabalho. Um repórter está desaparecido desde abril do ano passado. Ele trabalhava para uma estação de rádio comunitária e falou sobre a guerra, disse o bispo Lisboa.
"A Igreja foi a única a falar sobre a situação.
E isso não agradou o governo. Acima de tudo, não tolerava notícias sobre o Estado. Orgulho nacional, negócios. Quando há um ano a Conferência dos Bispos condenou o que estava acontecendo em um documento, as autoridades reagiram mal, começando a jogar lama em mim."
"Em 18 de dezembro, encontrei o Papa Francisco no Vaticano", continuou Lisboa. "Ele, evidentemente, tinha mais informações do que eu. Ele sabia que eu estava correndo riscos e me ofereceu uma transferência para o Brasil."
"Moçambique é um dos 10 países mais pobres do mundo. E a região Norte é a mais pobre. No ano passado presenciei uma reversão da política pública, não mais preocupada com a população: saúde, educação. Pobres, sem trabalho, analfabetos e analfabetos. Os jovens não têm futuro porque não podem estudar: não há ensino médio. Uma província pobre e abandonada, embora rica. A situação ideal para a guerra: pobreza, muitos recursos e questões étnicas. Todos os elementos importantes para um conflito", disse o Bispo. "Esta é uma guerra econômica para a apropriação dos recursos naturais: gás, ouro, rubis, pedras semipreciosas." A entrevista foi traduzida para o português pela Universidade Brasileira Unisinos sobre http://bit.ly/Moz-Lisboa ameaça.
O original em italiano, está em la Repubblica atrás de um paywall na https://www.repubblica.it/esteri/2021/04/10/news/mozambico_vescovo_ribelli_papa_francesco-295898052/
No IS control, diz Cabo Ligado
"Em suma, não há evidências do ataque de Palma de que o EI controla a direção estratégica da insurgência", relata Cabo Ligado em seu mensal de março, publicado em 15 de abril. O ataque a Palma demonstrou que as habilidades táticas da insurgência estão melhorando, talvez com a ajuda do EI, mas não representou nenhuma mudança estratégica em direção aos interesses do EI central. https://www.caboligado.com/ relatóriosmensais/cabo-ligado-mensal-marcha-2021
Desde novembro, o EI não vinha reivindicando ataques de insurgentes moçambicanos. Mas a alegação do EI do ataque de Palma, em uma declaração de notícias falsas usando filme antigo de Mocímboa da Praia, ganhou manchetes globais e impulsionou o perfil do EI.
Continue reading "MOZAMBIQUE News reports & clippings 538 18 April 2021 Editor: Joseph Hanlon" »
Posted on 18/04/2021 at 17:12 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Este artigo procura oferecer uma visão panorâmica das histórias do audiovisual nos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa (PALOP) desde suas independências. A criação de novos Estados-Nações em 1974 e 1975 levou ao “nascimento” destas histórias. Na apresentação do percurso delas haverá um enfoque crítico na ainda atual e necessária realização de uma descolonização da mente, bem como na transnacionalidade da produção audiovisual no contexto dos países soberanos, que resultou da inexistência de possibilidades de formação em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e Moçambique. Consequentemente, profissionais de diversos países foram envolvidos no estabelecimento de práticas do audiovisual durante e depois das lutas anticoloniais e na tentativa de emancipar os espectadores. Sendo assim, o presente trabalho atualiza estudos já existentes por meio de uma revisão bibliográfica do conhecimento desenvolvido nos últimos anos acerca da produção e análise das obras audiovisuais criadas entre 1974 e 2015.
Posted on 18/04/2021 at 12:14 in Letras e artes - Cultura e Ciência, Musica, vídeo, cinema | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/04/2021 at 11:52 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Por NICHOLAS NORBROOK
A TI atende ao governo do presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, que o grupo rebelde do Estado Islâmico afirma ter organizado o ataque no final de março deste ano em Palma —— ajuda a distrair o crime e a corrupção no centro do problema.
As coisas têm sido bem diferentes para Moçambique; depois de uma guerra civil cansativa que se arrastou para a década de 1990, o premiado presidente Joaquim Chissano e sua equipe de jovens tecnocratas como a primeira-ministra Luisa Diogo trabalharam para mudar o país.
O representante residente do FMI, Felix Fischer, disse a este autor em 2009 que a recuperação pós-conflito de Moçambique foi "semelhante ao Vietnã" em sua trajetória.
Havia novos projetos de mineração e energia, uma fundição que trouxe de volta o capital internacional, um equilíbrio útil da infraestrutura chinesa e do apoio orçamentário europeu. Turistas inundaram a fronteira da África do Sul. A economia estava criando empregos.
Com a chegada do presidente Armando Guebuza — um autoritário general do partido Frente de Libertação de Moçambique —, em 2004, a facção tecnocrática do partido encolheu e os ligados aos militares cresceram.
"Sr. Gue-Business", como foi apelidado, anunciava um aumento no auto-enriquecimento da elite e também o início de uma atitude mais confrontante em relação ao norte de Moçambique.
O trem
O tráfico de drogas já era um grande problema em Moçambique — um país que, segundo César Guedes, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC), mal consegue gerenciar sua própria segurança marítima, "muito menos impedir que sindicatos internacionais do crime operem em seus 3 600km de litoral".
Um cabo diplomático dos EUA vazado em 2010 explicou: "Apesar da retórica anticorrupção, o partido governista Frelimo não mostrou funcionários políticos de alto nível e baixo nível políticos.
O chefe da alfândega Domingos Tivane é um importante destinatário desses subornos relacionados ao narcotráfico. Oficiais da polícia disseram aos oficiais da embaixada que não estão dispostos a ir atrás de narcotraficantes "peixes grandes" por causa de seus laços com altos funcionários."
O protegé Celso Correira (hoje ministro da Terra e desenvolvimento rural, e gerente de campanha do presidente Nyusi) assumiu a gestão do Porto de Nacala, identificado como um canal-chave para grande parte da carga ilícita que entra e sai de Moçambique. Em seguida, o maior narcotraficante, MBS foi o financista número um do partido no poder, de acordo com diplomatas americanos.
As quantidades traficadas estão de água nos olhos. Em 2018, o acadêmico e ex-correspondente internacional em Moçambique Joseph Hanlon publicou um artigo intitulado "A Uberização do comércio de heroína de Moçambique".
Nele, ele estimou cerca de US$ 600 milhões a US$ 800 milhões de heroína transitada anualmente por Moçambique, com US$ 100 milhões usados para subornar membros da Frelimo.
Posted on 17/04/2021 at 21:14 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/04/2021 at 20:51 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Após um recente cerco militar na cidade de Palma, no norte de Moçambique, por insurgentes islâmicos, matando dezenas, incluindo um zimbabuano, enquanto deixava um rastro de derramamento de sangue e destruição em seu rastro, o presidente Emmerson Mnangagwa enviou forças especiais para a rica província de Cabo Delgado para combater os militantes em chamas.
FONTES DE SEGURANÇA DE OWEN GAGARE disseram ao The NewsHawks esta semana que o Zimbábue enviou forças especiais de combate para ajudar os moçambicanos com a "campanha de varrer" palma no final de março, uma semana após o ataque mortal.
"O Zimbábue enviou uma equipe de forças especiais para Cabo Delgado após o cerco a Palma por insurgentes islâmicos para ajudar a eliminar os militantes", disse uma fonte de segurança.
"Logo após o ataque de Palma, as forças especiais foram destacadas trabalhando sob o exército moçambicano para ajudar a expulsar os militantes. Eles tiveram que entrar por causa do ataque surpresa que marcou uma grave escalada, o banho de sangue subsequente e também que há zimbabuanos que estão lá, um deles foi realmente morto."
A implantação do Zimbábue será seguida por uma rápida manobra militar regional sob o exército moçambicano. Os países sadc querem uma resposta coletiva para evitar serem alvos individualmente dos insurgentes.
Moçambique prefere uma implantação técnica estratégica da Sadc para evitar inflamar a situação em um conflito regional e piorar a situação atraindo mais terroristas de fora.
Isso ocorre quando os ministros da Defesa da Sadc da África do Sul, Botsuana e Zimbábue – que formam a troika do órgão sobre política, defesa e cooperação em segurança – devem se reunir na quarta-feira da próxima semana para finalizar a intervenção regional em Moçambique antes da cúpula dos líderes troika no dia seguinte.
Dirigindo-se a uma reunião de politburo zanu pf na quarta-feira em Harare, Mnangagwa parecia beligerante e pronto para a ação, um outro sinal de que o Zimbábue já estava no chão.
"Como Zanu PF, nos solidarizamos com nosso partido irmão, Frelimo, bem como com o Governo e o povo da República de Moçambique na esteira dos distúrbios em curso na província de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Um ataque a um de nós é um ataque a todos nós. Unidos estamos. Portanto, não podemos sentar e permitir que atos de insurgência continuem sem uma resposta regional robusta. Na semana passada, participei da cúpula da troika dupla Sadc em Moçambique, onde o bloco regional resolveu imediatamente fazer implantações técnicas para restaurar a paz e a estabilidade", disse Mnangagwa, citado pelo diário estatal The Herald.
Continue reading "Zimbábue secretamente envia forças especiais importantes para Moçambique" »
Posted on 17/04/2021 at 18:44 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Defesa - Forças Armadas, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reúnem-se segunda-feira (19.04) para discutir a situação em Cabo Delgado, Moçambique. Conflitos na Ucrânia, Myanmar e Etiópia também estão na agenda.
Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE) reúnem-se nesta segunda-feira (19.04) para discutir a situação na província de Cabo Delgado, em Moçambique. No encontro, os ministros deverão ainda trocar impressões com o chefe da diplomacia ucraniana sobre as tensões com a Rússia. Os protestos em Myanmar e conflito na Etiópia também estão na agenda.
A reunião, que terá lugar por videoconferência e será presidida, a partir de Bruxelas, pelo Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e Política de Segurança, Josep Borrell, abordará, num primeiro momento, os temas de assuntos correntes, onde consta a situação em Cabo Delgado.
Após o ataque recente na vila de Palma, que provocou dezenas de mortos e obrigou à fuga de milhares de residentes, agravando uma crise humanitária em que já morreram mais de 2.500 pessoas e 700 mil estão deslocadas, os chefes da diplomacia europeia irão procurar "contribuir para encontrar uma solução à crise que se vive em Cabo Delgado", segundo fontes europeias.
"Crise com origem complexa"
"É uma crise com uma origem muito complexa, por isso estamos a considerar diversas opções para ajudar a resolvê-la, incluindo através de uma potencial missão não executiva, ou seja, uma missão sem meios militares, no âmbito da Política Comum de Segurança e de Defesa" da UE, referem as mesmas fontes.
Os chefes da diplomacia da UE irão também abordar a atual situação no Myanmar (antiga Birmânia), onde, após um golpe de Estado em 01 de fevereiro, têm ocorrido várias manifestações contra a Junta Militar que se apoderou do poder, a que o exército respondeu com uma violenta repressão que já fez 720 mortos e três mil detidos.
Além dos assuntos correntes, dois temas constam na agenda dos ministros dos Negócios Estrangeiros: as atuais tensões na fronteira entre a Ucrânia e a Rússia, e um ponto de situação sobre a Etiópia.
No que se refere às tensões entre Kiev e Moscovo, os chefes da diplomacia da UE irão trocar impressões, durante cerca de uma hora, com o ministro dos Negócios Estrangeiros ucraniano, Dmytro Kuleba, numa altura em que a Rússia está a aumentar o seu contingente militar na fronteira ucraniana e na península da Crimeia.
Etiópia
Já relativamente à Etiópia, o ministro dos Negócios Estrangeiros finlandês, Pekka Haavisto, irá apresentar um relatório aos seus homólogos sobre a situação no país, após ter recentemente regressado de uma deslocação ao Corno de África enquanto enviado especial do Alto Representante da UE.
Fontes europeias dizem que o objetivo dos ministros será o de negociar um "cessar-fogo monitorizado" na região etíope de Tigray, palco de um conflito desde novembro de 2020 que, segundo as autoridades locais, já fez mais de 950 mil deslocados, e de onde surgem relatos de violações dos direitos humanos e crimes de guerra.
Haverá ainda tempo para os ministros serem informados acerca dos preparativos para a cimeira UE-Índia, organizada pela presidência portuguesa do Conselho da UE, e que irá juntar, a 08 de maio no Porto, o Presidente indiano, Narendra Modi, e os 27 chefes de Estado e de Governo da UE.
DW – 17.04.2021
Posted on 17/04/2021 at 17:54 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Europa - União Europeia | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/04/2021 at 12:45 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/04/2021 at 11:59 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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O recente ataque insurgente à cidade moçambicana de Palma ganhou manchetes globais porque estrangeiros foram mortos e porque o grupo Estado Islâmico disse que estava por trás disso, levando a divisões acentuadas sobre como o conflito de quatro anos de Moçambique deve ser interpretado, escreve o analista Dr. Joseph Hanlon.
Palma sempre foi uma cidade de pesca sonolenta, até o ano passado foi transformada em um centro próspero para a crescente indústria de gás de Moçambique.
A empresa francesa Total começou a desenvolver uma usina de 20 bilhões de dólares (£14,6 bilhões) de liquete de gás para a segunda maior reserva de gás da África.
A Total estava desenvolvendo seu próprio composto murado com pista de pouso e píer na Península de Afungi 10km ao sul de Palma. Mas os empreiteiros e a indústria de serviços estavam todos sediados em Palma, que viu um boom de edifícios de hotéis, bancos e pátios de construção.
Quando os insurgentes entraram em 24 de março, eles estavam atacando uma cidade em rápido crescimento com investimento estrangeiro significativo e mais de 1.000 trabalhadores estrangeiros ligados à indústria de gás.
Apenas duas semanas antes, os EUA haviam rotulado os insurgentes como "ISIS-Moçambique" e o designaram como uma Organização Terrorista Estrangeira (FTO).
Quatro dias após o ataque, a agência de notícias Amaq, alinhada ao grupo Estado Islâmico, emitiu um comunicado alegando que seus combatentes atacaram Palma e destruíram escritórios e bancos do governo.
Alegação do EI desmascarada
A CBS News chamou de "cerco militante do Isis" com centenas de trabalhadores estrangeiros encolhidos de medo. O jornal britânico Daily Mirror chamou de "terror isis" e um "massacre jihadista". O jornal Britânico Times já havia manchete: militantes do Isis atacam cidade que abriga trabalhadores estrangeiros em Moçambique.
Mas no mesmo dia, antes de algumas das manchetes dos jornais serem publicadas, a reivindicação do EI foi desmascarada.
Jasmine Opperman, analista africana do projeto De Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos (Acled), que tem acompanhado de perto a insurgência na província de Cabo Delgado, em Moçambique, mostrou que os vídeos e fotos não eram de Palma, mas de Mocimboa da Praia, 65km ao sul.
Uma das primeiras coisas que os insurgentes fazem agora nos ataques é cortar todos os links de telecomunicações, principalmente usando facões para cortar cabos.
Em Palma, as conexões de celular caíram apenas 30 minutos após o ataque começar. Então o EI e a Amaq não tinham informações sobre o ataque. Além de fotos falsas, as únicas reivindicações eram vagas que já haviam sido publicadas na mídia internacional.
A reivindicação também foi a primeira sobre Moçambique do EI ou Amaq por cinco meses.
Em 2019, os insurgentes fizeram ligações com o EI, em grande parte parece ganhar publicidade, e enviaram vídeos de celular. Eles continuaram a enfatizar que seu alvo era o governo, então uma foto amplamente publicada mostra os insurgentes com a bandeira preta do EI em frente a um prédio da administração distrital queimado.
Mas os insurgentes continuaram a usar o nome dado a eles pela população local, al-Shabab, que simplesmente significa "a juventude" e não tem ligação com al-Shabab na Somália.
Como Acled, o monitor mais próximo e mais confiável do conflito de Cabo Delgado, concluiu em um relatório recente: "Não há evidências do ataque de Palma de que o EI controla a direção estratégica da insurgência".
Quem são os rebeldes?
Os insurgentes são principalmente muçulmanos da zona costeira de Cabo Delgado, recrutados por pregadores fundamentalistas locais com uma mensagem basicamente socialista - que a Sharia, ou lei islâmica, traria igualdade e todos compartilhariam a riqueza dos recursos que se aproxima.
BBC – 17.04.2021
Posted on 17/04/2021 at 10:57 in Antropologia - Sociologia, Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O académico Severino Ngoenha aponta questões étnicas, discrepâncias sociais e radicalização como causas do conflito em Cabo Delgado. Diz que se tornaram problemas graves desde que a FRELIMO assumiu o poder em Moçambique.
A guerra em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, resulta de um "erro histórico" que a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO) "não consegue remediar" desde a independência nacional, considera o filósofo Severino Ngoenha.
Segundo o reitor da Universidade Técnica de Moçambique, trata-se de problemas étnicos e discrepâncias sociais que a FRELIMO não foi capaz de corrigir desde que assumiu o poder, em 1975. O professor destaca que estas questões continuam abertas, mesmo com o partido tendo pessoas de origens étnicas diversas a governar o país.
O Islão é igualmente apontado como o suporte da insurgência, apesar de não ter constituído um problema social forte ao regime colonial. Apesar da relevância histórica para a independência, as comunidades muçulmanas terão sido marginalizadas pelo Governo socialista da FRELIMO. Isso, entretanto, nunca constituiu um problema social forte, diz Severino Ngoenha.
Radicalização do Islão
O académico acredita que o país deixou o Islão se radicalizar em nome de uma neutralidade e um laicismo questionáveis e hoje isto gerou um problema social grave.
"Nos últimos anos há provas de como o novo tipo de Islão, mais radical, que nem respeitava o Islão tradicional presente no território e no espaço, foi gradualmente emergindo no espaço moçambicano. E nós, como país e como Estado, fomos admitindo, em nome da neutralidade e de um laicismo discutível, que se apresentasse até chegar ao processo de radicalização", sublinhou.
O académico considera ainda o facto de existir pobreza extrema em diferentes zonas do país e menos pobreza no sul como outro fator que coloca Moçambique em guerra.
Continue reading "Guerra em Cabo Delgado: "Erro histórico que a FRELIMO não consegue remediar"" »
Posted on 17/04/2021 at 10:29 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (1)
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Um empresário do ramo do entretenimento foi raptado na noite de quinta-feira na cidade de Quelimane, na província da Zambézia, centro de Moçambique, por um grupo de cinco homens armados. É o terceiro caso em cinco dias.
O porta-voz da polícia na província, Sidner Lonzo, disse à agência de notícias Lusa que o empresário Michael Umeshkumar Chandular foi levado à força de um restaurante onde se encontrava sentado com amigos, às 19:05 locais.
"Logo de seguida ao rapto, tivemos a informação, iniciámos uma revista a viaturas na cidade e patrulhas no único ponto de entrada e saída rodoviário e ativámos também a polícia fluvial, para vigiar os barcos que saem da cidade", adiantou.
O porta-voz da polícia na província da Zambézia assinalou que é o primeiro rapto "de que há memória na história da cidade", que, por se pequena e ter apenas um ponto de entrada e saída por via rodoviária "não é muito apetecível para a criminalidade violenta".
Michael Umeshkumar Chandular é muito conhecido na cidade de Quelimane no mundo da promoção de espetáculos e é também proprietário de uma "botle store", como são conhecidos em Moçambique as lojas de venda de bebidas alcoólicas.
Terceiro caso em cinco dias
Chandular é a terceira vítima de rapto em menos de uma semana em Moçambique, depois de no domingo (11.04) ter sido raptado um empresário de nacionalidade indiana, numa das avenidas da capital Maputo.
Uma mulher, 49 anos, com nacionalidade portuguesa, também foi raptada à saída do Consulado Geral de Portugal, em Maputo, na terça-feira (13.04).
No ano passado, as autoridades moçambicanas registaram mais de 10 raptos, cujas vítimas são empresários ou seus familiares.
Segundo o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA), Agostinho Vuma, os raptos de empresários ou dos seus familiares são um travão ao investimento no país, apontando a impunidade como um estímulo a estes crimes.
"Esta mão humana [por detrás dos raptos] que é contra o desenvolvimento semeia terror e dor, luto e cria desinvestimento, dá uma imagem de um Moçambique instável", declarou Vuma, em entrevista à Lusa. Avançou ainda que há investidores estrangeiros que desistem de fazer negócios em Moçambique devido ao receio de raptos e à insegurança.
DW – 16.04.2021
Posted on 17/04/2021 at 10:18 in Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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