Desde Outubro de 2017, a província de Cabo Delgado tem constituído um palco de conflito armado, traduzindo-se em destruições e saques, raptos e assassinatos de populações civis. O conflito intensificou-se ao longo do ano de 2020, com ataques a vilas sede distritais, conduzindo à deslocação forçada de centenas de milhares de indivíduos.
A história dos conflitos armados em Moçambique demonstra que exerceram enormes impactos sobre a população civil, colocada entre dois grupos em confronto: forças rebeldes e forças governamentais. Conscientes da respectiva importância numa guerra de guerrilha (pela possibilidade de apoio logístico, camuflagem, recrutamento ou fornecimento de informações), as partes beligerantes sempre se relacionaram com a população civil com base na desconfiança, impondo o seu domínio pela força e persuasão, e procurando interferir no habitat (em aglomerados ou dispersos no mato).
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