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MPT disponibiliza à PGR de Moçambique e a todo o mundo o "Relatório da Kroll"(em inglês) - Leia, imprima e divulgue.
Veja aqui o Relatório da Kroll
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Posted on 21/05/2021 at 20:50 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Leia aqui
Posted on 21/05/2021 at 19:48 in Informação - Imprensa, Jornal O AUTARCA, Cidade da Beira | Permalink | Comments (0)
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Por Francisco Nota Moisés
Esquadra policial em Moatize foi atacada por grupo armado desconhecido (20.05.2021) (2)
"Um grupo armado desconhecido atacou, um posto policial no distrito de Moatize, província de Tete, a PRM naquela região do país. De acordo com a chefe do Departamento das Relações Públicas do Comando Provincial da PRM em Tete, Deolinda Matsinhe, disse que o ataque ocorreu na madrugada, contra o posto policial de Caphirizange, no distrito de Moatize, e foi protagonizado por um grupo, em número desconhecido..."
Não se trata dum grupo desconhecido algum. Trata-se duma operação da Junta Militar do rebelde Mariano Nhongo que já empreendeu dois ataques anteriores na mesma aldeia de Caphirizange, no segundo do qual antes desta ultima operação deixaram um texto, um documento histórico de 4 paginas, cujo conteúdo a Frelimo não nos revelou na integra, no qual os atacantes se identificaram como sendo uma força da JM. No documento, os autores assaltam verbalmente Ossufo Momade como sendo um líder inútil para a Renamo e gritaram bem alto para que os frelimistas atirem Felipe Nyusi fora do poder.
O que este artigo diz é o que a Frelimo afirma, mas a verdade pode ser muita outra. Pode ser que os camaradas apanharam uma forte porrada e os rebeldes roubaram, na linguagem da Frelimo, para dizer capturaram, material bélico da Frelimo e levaram outros troféus incluindo talvez alguns camaradas capturados que integrarão as fileiras da JM como a Renamo fazia na guerra dos 16 anos em flagrante violação das regras de Genebra sobre os prisioneiros de guerra que não devem ser integrados nas fileiras dos que os capturam.Obviamente, a Renamo, dirigida militarmente por alguns ignorantes, não sabia da existência de tais regras.
Sinto pena dos camaradas. Como é que vão aguentar com duas guerras -- a do norte e a do centro, esta agora com duas frentes em Manica e Sofala e agora em Tete?
Shauri yao como se diz em Swahili para dizer isto é com eles.
Posted on 21/05/2021 at 18:03 in Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Para o coordenador do Centro de Jornalismo Investigativo Luís Nhanchote, terrorismo é o tema "mais importante para os moçambicanos" na reunião do partido no poder, este fim de semana. Mas falta "dimensão" ao Presidente.
A Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), partido no poder, realiza, de 22 a 23 de maio, a sua IV sessão ordinária do Comité Central. Na agenda vão estar "a situação de segurança no norte e centro do país, o programa do partido para 2021 e o balanço das eleições gerais, legislativas e das assembleias provinciais", refere a FRELIMO em comunicado.
A segurança nacional, o terrorismo em Cabo Delgado e os ataques armados da Junta Militar da RENAMO no centro do país, serão os principais "cancros" nacionais com os quais o partido terá de lidar no encontro a ter lugar na Escola da FRELIMO, na Matola.
Para o coordenador do Centro de Jornalismo Investigativo de Moçambique, Luis Nhanchote, Cabo Delgado é a questão "mais importante para os moçambicanos", mas o líder do partido e Presidente da República, Filipe Nyusi, "está diante de um assunto que o ultrapassa" no que toca ao terrorismo no norte do país.
DW África: Como deverão ser tratados estes assuntos pelo maior partido do país?
Luís Nhanchote (LN): Os temas serão tratados de acordo com a demanda de quem manda no partido FRELIMO, que são os macondes. Eles fizeram uma lista de três temas e vão discutir aquilo que quiserem. O primeiro: eleições. Isso é público, mas discutir eleições neste tempo parece surrealismo, não houve mais debate por causa da pandemia. Mas não é o assunto mais importante para os moçambicanos. O assunto mais importante é a guerra em Cabo Delgado. Aquilo que está a acontecer, quais são as soluções, o que é que eles têm a dizer sobre isso.
Acho que a FRELIMO tem aqui um assunto muito grande para discutir, porque é um partido que sempre se definiu de multiplicidade nacional, norte, sul, centro. Não sei que entendimento vão ter, mas tem de ser rápido, porque têm de passar para o terceiro tema: Sofala, a Junta Militar [da RENAMO]. Isso não interessa a ninguém. O assunto mais importante para os moçambicanos que vai ser discutido no Comité Central da FRELIMO, na minha ótica, é a guerra em Cabo Delgado e o que é que a FRELIMO tem para oferecer. O nosso Presidente tem comunicado muito mal, desde que começou este conflito. Primeiro, ficou sete dias sem falar nada, depois dos ataques de Palma. Falou no sétimo dia e, simplesmente, no oitavo dia piorou.
DW África: A unidade nacional parece estar fragmentada e a situação em Cabo Delgado é um dos sinais. Haverá planos para recuperar esta unidade tão defendida pelo partido?
LN: O Presidente Nyusi está diante de um assunto que o ultrapassa. Eu acho que ele não tem a dimensão daquilo que se passa, porque um estadista não pode deixar fazer ataques e ficar sete dias calado.
Continue reading "Comité Central da FRELIMO: Cabo Delgado "ultrapassa" Filipe Nyusi" »
Posted on 21/05/2021 at 13:53 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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O presidente Cyril Ramaphosa e outros líderes regionais encontrar-se-ão com o presidente de Moçambique Filipe Nyusi antes do final de maio para ouvi-lo se ele aceita, ou não, uma força de intervenção militar regional para enfrentar a crescente insurgência islâmica.
Peritos militares da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) elaboraram no mês passado um plano para uma força da SADC de quase 3.000 soldados, armados com helicópteros e navios de guerra, para derrotar e desalojar a insurgência afiliada ao Estado Islâmico que aterroriza a província mais setentrional de Moçambique, Cabo Delgado.
Leia aqui Intervenção militar da SADC em Cabo Delgado: ultimato a Nyusi (cartamz.com)
Posted on 21/05/2021 at 13:41 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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NOTA: A Europa quer deixar de depender do gás russo. Será oportunidade para Moçambique?
Posted on 21/05/2021 at 13:32 in Gás - Petróleo - Biodiesel, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 21/05/2021 at 13:29 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Refira-se que a iniciativa da SASOL foi financiada pelo Banco Europeu de Investimentos (BEI), Banco Mundial e Banco Africano de Desenvolvimento (BAD), num investimento que contempla, em primeiro lugar, o desenvolvimento dos campos de gás em Pande e Temane e a construção de uma instalação central de processamento que formam o projecto upstream
A componente sul-africana da SASOL acaba de decidir vender uma participação de 30% na República de Moçambique Pipeline Investment Company (ROMPCO – sigla em inglês), uma joint- -venture criada para construir e explorar o gasoduto Moçambique-África do Sul.
A decisão acabada de ser anunciada pela SASOL acontece a seguir a desinvestimentos de vulto recentemente decididas pela norte-americana Anadarko e pela brasileira Vale, em empreendimentos estabelecidos nas províncias de Cabo Delgado, no Norte de Moçambique e em Tete (Centro).
Sabe-se que a ROMPCO é detida pela South African Gas Development Limited (iGas, pública), com 25%, pela Companhia Limitada de Gasoduto (CMG), subsidiária da moçambicana Empresa Nacional de Hidrocarbonetos (ENH), com 25%, e pela SASOL Gas Holdings em 50%. Após a confirmação da operação, prevista para a segunda metade deste ano, a SASOL ficará apenas com 20%, passando a sócio minoritário da ROMPCO.
Os compradores (Reatile Consortium) são veículos financeiros compostos pelo sul-africano Reatile Group e pelo Fundo IDEAS, detido pela African Infrastructure Investment Managers Proprietary (Old Mutual).
O Reatile Group, criado há 18 anos e com sede em Joanesburgo, surge no contexto da célebre e polémica iniciativa conhecida por Black Economic Empowerment (BEE), implementado em 2005 pelo Governo sul-africano do pós-apartheid, visando potenciar economicamente alguns negros.
É assim que o Reatile Group apresenta-se como um fundo de investimento 100% detido por indivíduos de cor negra, dos quais 30% são mulheres, investindo sobretudo em energia e indústria petroquímica e o seu conselho de administração é sobretudo composto por gestores ligados à indústria energética. Sabe-se que o acordo de partilha de produção (Production Sharing Agreement/ PSA) para os projectos em Inhassoro, Temane e Temane-Leste (Inhambane) foi fechado em 22 de Fevereiro deste 2021, mas está em aberto o projecto financeiro da central térmica de Temane.
O gasoduto continua atrasado, apesar dos anúncios da SASOL, nomeadamente o de 2016 em que a empresa moçambicana anunciou um investimento de 210 milhões de dólares norte-americanos na expansão da infraestrutura do gasoduto de Temane para Secunda.
Refira-se que a iniciativa da SASOL foi financiada pelo Banco Europeu de Investimentos (BEI), Banco Mundial e Banco Africano de Desen[1] volvimento (BAD), num in[1]vestimento que contempla, em primeiro lugar, o desenvolvimento dos campos de gás em Pande e Temane e a construção de uma instalação central de processamento que formam o projecto upstream. Igualmente, o projecto envolve a construção do gasoduto para transportar o gás para a unidade de transformação da Sasol em Secunda, na província de Mpumulanga, África do Sul, limítrofe de Moçambique. Cerca de 531 quilómetros do gasoduto estão localizados em Moçambique e 334 kms na África do Sul.
Os campos de gás em Temane e Pande têm reservas comprovadas de 2,6 triliões pés cúbicos (tcf), suficientes para abastecer o gasoduto por um período mínimo de 25 anos. O projecto está a ser implementado sob uma série de acordos contratuais entre os governos de Moçambique e África do Sul, a Empresa Nacional de Hidrocarbonetos moçambicana (ENH), a SASOL Limited e as suas subsidiárias, concluídos em 2000.
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Posted on 21/05/2021 at 12:33 in Gás - Petróleo - Biodiesel, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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EUREKA por Laurindos Macuácua
Cartas ao Presidente da República (60)
Moçambique precisa, urgentemente, de uma vacina contra a corrupção. Só para Moçambique. Dálo-emos o nome que nos apetecer, afinal será só nossa.
A AstraZeneca pode produzir a sua e distribuir por quem quiser, mas a nossa será só nossa. E vacinar será obrigatório para todos os governantes, principalmente quando forem da Frelimo. Lendo o relatório da Kroll, sobre as dívidas ocultas, constatei que estamos perante uma captura do Estado.
Claro que isto não é novidade para mim e muito menos para qualquer moçambicano são. Há muito que o Estado moçambicano não controla todas as pedras da máquina social, económica e política. Há muito que o País passou para o outro lado da barricada – o lado do descrédito, da indecência e da vergonha.
O povo moçambicano tem sido castigado nos últimos tempos por ciclones devastadores e uma insurgência armada, em Cabo Delgado, cada vez mais devastadora. O pano de fundo é um País que luta pela captura de um Estado. Isso envolve um círculo de políticos corruptos, empresas multinacionais e bancos internacionais.
Em 2016, 14 doadores e o Fundo Monetário Internacional (FMI) suspenderam todos os empréstimos a Moçambique, mergulhando o País numa crise económica sem precedentes.
O metical desvalorizou-se de forma demolidora e a taxa de crescimento anual do PIB caiu de 6,7% para 3,8%. Tudo isso resultou dos empréstimos secretos, o odioso calote. Esses empréstimos no valor de 2,2 biliões de dólares, foram ocultados do FMI, de outros credores e doadores de Moçambique, da Assembleia da República e do povo moçambicano.
Com a ajuda de banqueiros corruptos, cúmplices e lamentavelmente ineptos do Credit Suisse e VTB Capital, políticos moçambicanos corruptos conseguiram orquestrar um mega-assalto.
O mais odioso desses empréstimos foram os concedidos pelo Credit Suisse e VTB, para o MAM ( 535 milhões de dólares) e ProIndicus ( 622 milhões de dólares).
Esses empréstimos foram mantidos em segredo pelos bandidos. O povo e os credores não sabiam de nada. O sigilo financeiro serviu a vários propósitos: primeiro, para ocultar a extensão da dívida de Moçambique; segundo, para desviar dinheiro para os serviços de segurança do Estado; e para enriquecer os altos funcionários do Estado, banqueiros, consultores e intermediários que estavam todos envolvidos no negócio.
Nenhum do dinheiro emprestado do Credit Suisse e VTB Capital alguma vez chegou a Moçam[1]bique - em vez disso, espalhou-se com segurança em contas bancárias offshore. O VTB, mesmo sabendo que estes empréstimos atropelavam a lei moçambicana, não se importou. Talvez para tapar essa lacuna, cobrou taxas de juro mais altas. Havia que emprestar dinheiro a todo custo aos bandidos.
Não é por acaso que o Conselho Constitucional, por ter verificado tanta trapalhada, declarou os empréstimos nulos. Apesar disso, o Governo do Presidente Nyusi insistiu em pagar a dívida. Ora, qualquer funcionário bancário que cumprisse os seus requisitos de “due diligecy” deveria saber que estes empréstimos eram secretos e, portanto, ilegais segundo a lei moçambicana. Os empréstimos do MAM e do ProIndicus não foram aprovados pela Assembleia da República, Conselho de Ministros, Banco Central ou Procuradoria-Geral da República - apesar de ser uma exigência legal.
Muitas pessoas enriqueceram com esse dinheiro. Eu não preciso de explicações técnicas, Presidente. Percebo, sem muito esforço, que fomos aldrabados, fomos roubados, nós, o povo. Por que temos de ser nós a pagar uma dívida que, de antemão, é ilegal? Nós não tivemos nenhum ganho com isso.
Algumas das pessoas que se beneficiaram desse dinheiro do povo moçambicano foram enumeradas por Jean Boustani, durante o seu julgamento em Nova Iorque. E o nome do Presidente Filipe Nyusi está lá, assim como o do partido Frelimo.
Feitas as contas, como é que eu posso acreditar que as prisões de Ndambi Guebuza, Gregório Leão, António Carlos do Rosário e outros são genuínas? Como posso acreditar que a justiça moçambicana efectivamente precisa de Manuel Chang aqui para pagar pelos seus crimes?
O certo é que esta jogada de mau gosto foi uma demonstração inequívoca de que o Estado moçambicano foi capturado. E quando algumas pessoas levantaram vozes, o Governo do Presidente Nyusi veio a terreiro desmentir o óbvio. São factos, e contra factos, não há argumentos.
E não há sinais de melhoria. O Governo, que é quem gere os recursos do País, declarou-se, há muito, amigo de bandidos (ou por eles composto?) e logo, do capital. Assim, o povão - este que nunca viu capital na vida e nem há -de ver - que aguente os solavancos, pagando o pato que não comeu, e jamais comerá, mesmo que seja a prestações.
Portanto, é razoável dizer que estamos perante um grupo de malabaristas. Um grupo sem qualquer compromisso com o futuro. Um grupo para quem os fins justificam os meios, e vice-versa, pelo que o interesse colectivo pode ir parar para as calendas gregas, a todo o tempo e em qualquer momento.
Enfim, um grupo hipócrita, para quem o Estado é uma espécie de latrina, só serve para ser usado, com as instituições se cagando em relação aos interesses colectivos.
DN – 21.05.2021
Posted on 21/05/2021 at 12:09 in Dívidas ocultas e outras, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Nesta edição, Gás
+ AIE diz que nenhum futuro para o gás Moz
+ Total só voltará com paz A guerra civil de Cabo Delgado
+ Governo bloqueia ajuda humanitária + Palma deslocou 54.023
+ Mais acusações de Anistia
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A Agência Internacional de Energia diz que nenhum futuro para o gás moçambicano
Os campos de gás de Moçambique não podem ser desenvolvidos se o aquecimento global for mantido em 1,5º de acordo com um dramático relatório da Agência Internacional de Energia (AIE) publicado terça-feira (18 de maio). A AIE faz parte da OCDE e, portanto, representa o establishment, o pensamento mainstream. Então, quando diz que o gás é feito, isso carrega um peso significativo. O relatório da AIE é intitulado Net Zero até 2050, e mostra o que precisa ser feito para reduzir as emissões globais de dióxido de carbono (CO2) a zero líquido até 2050 , para limitar o aumento de longo prazo das temperaturas globais médias para 1,5 º C, e garantir o acesso universal à eletricidade e à cozinha limpa até 2030.
https://www.iea.org/reports/net-zero-por-2050
Para isso, é necessário que "além dos projetos já comprometidos a partir de 2021, não há novos campos de petróleo e gás aprovados para o desenvolvimento". Apenas dois projetos de Cabo Delgado se encaixam nessa janela - a planta flutuante de GNL da ENI (3 milhões de toneladas por ano - mt/y - de GNL) e o projeto suspenso da Total (13 mt/y). A ExxonMobil ainda não se comprometeu, e a Total não se comprometeu com um projeto maior, então, sob o cenário da AIE, eles são excluídos. De qualquer forma, o Economist (4 fev) informa que os acionistas estão pressionando a ExxonMobil a ficar verde. Isso significa produção de no máximo 16 mt/y, que é muito menor do que os 100 mt/y previstos apenas seis anos atrás.
"A contração da produção de petróleo e gás natural terá implicações de longo alcance para todos os países e empresas que produzem esses combustíveis.
Não são necessários novos campos de petróleo e gásnatural. "Isso significará um enorme corte na renda projetada para os países produtores de gás." A rede zero exige nada menos do que uma transformação completa de como produzimos, transportamos e consumimos energia."
"Não são necessários novos campos de gás natural... além daqueles que já estão em desenvolvimento. Também não são necessárias muitas das instalações de liquefação de gás natural liquefeito (GNL) atualmente em construção ou na fase de planejamento. Entre 2020 e 2050, o gás natural negociado como GNL cai 60%. ... Na década de 2030, alguns campos [de gás] podem ser fechados prematuramente ou fechados temporariamente." O relatório da AEI apresenta três cenários:
+ Políticas específicas que estão em vigor ou foram anunciadas pelos governos.
Isso leva a um aumento de temperatura global de 2,7º. Em 2050, o uso de gás natural é 50% maior do que agora. (Esta é aproximadamente a projeção do Fórum de Países Exportadores de Gás. )
+ Todas as promessas anunciadas são alcançadas na íntegra e no prazo. Isso leva a um aumento de temperatura global de 2,1º. O uso de gás natural expande-se 10% para 4 350 bcm (bilhões de metros cúbicos) em 2025 e permanece nesse nível até 2050. (É para isso que a indústria de gás está planejando.)
+ IEA net zero. O aumento da temperatura global é de 1,5º. O gás natural sobe para 4 300 (bcm) em 2025, semelhante a "todas as promessas anunciadas", mas depois cai drasticamente para 3 700 bcm em 2030 e para 1750 bcm em 2050. Até 2050, o uso de gás natural é 55% menor do que em 2020. (Observe que até o pico de 2025, apenas a plataforma flutuante da ENI estará produzindo.) Esse cenário também inclui acesso universal à eletricidade e à cozinha limpa até 2030.
Global 2º em comparação com 1,5º para Moçambique: ciclones mais quentes, secos e piores
O sul mais atingido pela AIE cita extensivamente um relatório do IPCC (Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas), que é tão detalhado que é possível estimar a diferença entre o aquecimento global de 1,5º e 2º para Moçambique. Os 1,5º e 2º são aumentos médios globais, e os impactos reais variam significativamente em todo o mundo, e até mesmo dentro de Moçambique.
+ Aumento da temperatura em Moçambique será mais grave em 2º do que o 1,5º global de aquecimento. Os dias mais quentes e as noites mais frias serão mais quentes. O 1,5º global causa um aumento da temperatura em Moçambique, mas o aumento é muito maior em 2º. O número de dias quentes aumenta mais no norte do que no sul.
+ Moçambique do Sul se tornará muito mais seco em 2º com secas. A escassez de água será mais severa em 2º do que 1,5º. O número de dias secos consecutivos aumenta, particularmente no sul.
+ As chuvas totais diminuirão mais de 2º que 1,5º em Moçambique, e serão mais graves ao sul do rio Zambeze. No entanto, as chuvas extremas aumentam significativamente, particularmente nas zonas costeiras do norte.
+ O número de ciclones pode realmente diminuir, mas sua intensidade aumenta. Assim, as inundações causadas por chuvas fortes e ciclones intensos serão mais graves com 2º aquecimento do que com 1,5º.
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Posted on 21/05/2021 at 11:50 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Europa - União Europeia, Gás - Petróleo - Biodiesel, Política - Partidos, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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A Arábia Saudita anunciou o seu apoio no combate aos ataques armados em Cabo Delgado, no norte de Moçambique, que já provocaram a morte de mais de 2.500 pessoas desde 2017.
"Estamos a trabalhar com os nossos parceiros nos países da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC), especialmente a África do Sul, para apoiar as Forças de Defesa e Segurança de Moçambique a combater os grupos extremistas", declarou Mohamed Bin Salman, príncipe herdeiro da Arábia Saudita, citado hoje pelo canal privado STV.
LUSA - 20.05.2021
Posted on 20/05/2021 at 23:37 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/05/2021 at 23:30 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/05/2021 at 21:29 in Gás - Petróleo - Biodiesel, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Sr. Presidente dos Changanes e dos Macondes, a sua visita a Paris e a Kigali foi um desastre completo, o Sr. quer passar a ser um ditador a exemplo do Sr. Paul Kagame do Rwanda??
A solução de Cabo Delgado não passa por construir um enclave à volta de Afungi guardado pela legião estrangeira e pelos seus soldadinhos de chumbo, comandos e fuzileiros da Frelimo.
A solução de Cabo Delgado passa por criar postos de trabalho e rendimento para as famílias Mwani e Macuas, Educação, o meio mais barato de combater os insurgentes é criar postos de trabalho para os pés descalços, meter as meninas na escola, para no futuro serem boas profissionais.
A estratégia do Sr. Nyusi está a andar, esvaziar Cabo Delgado de Mwanis e Macuas, 800 000 já fugiram e estão a fazer casas e machambas bem longe de Cabo Delgado.
Agora usar os Portugueses para treinar comandos e fuzileiros lá na Catembe e no Chimoio, soldadinhos de chumbo para proteger os novos colonos de Cabo Delgado.
Há que proteger as rendas que os Franceses vão pagar pelo gás de Afungi??
Agora compreendemos porque não quer a entrada da Troika como capacetes azuis, quer sim treinar fuzileiros e comandos para com as rendas do gás natural se perpetuar no poder como o Sr. Kagame do Ruanda e amordaçar os Moçambicanos, da parte do Sr. Macron tem todo o apoio, ele próprio grande apoiante do Sr. Kagame.
Em Moçambique o conselho Islâmico e os Bispos Católicos já foram bem claros em explicar que a solução para Cabo Delgado passa por partilha de recursos e desenvolvimento, Moçambique não precisa de um ditador, é um país livre e democrático.
Portugal acorda, o Sr. Nyusi quer ser o Soba, ditador do bom povo Moçambicano, não pode permitir isso.
(Recebido por email)
Posted on 20/05/2021 at 21:17 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/05/2021 at 21:10 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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— Antes de Israel (1948), havia um mandato britânico (de 1922 conforme a Declaração Balfour de 1917, decisão da Liga das Nações em 1919 e a Conferência de San Remo de 1920) para estabelecer um estado judeu, não um estado palestino.
— Antes do Mandato Britânico, existia o Imperio Turco Otomano (1517 - 1917) e não um estado palestino.
— Antes do Império Turco Otomano, existia o estado islâmico dos mamelucos do Egipto (1260 - 1517), não um estado palestino.
— Antes do estado islâmico dos mamelucos do Egito, existia o Império árabe-curdo ayubí iniciado pelo curdo Saladino (cujo médico era o Rabino judeu Maimônides), (1171-1260) e não um estado palestino.
— Antes do Império ayubí, existia o Reino franco e cristão de Jerusalém , iniciado com a conquista de Godofredo de Bulhões, líder dos cruzados em 1099 e não um estado palestino.
— Antes do Reino de Jerusalém , existia o Império omayada e fatimida e não um estado palestino.
— Antes dos impérios omayada e fatimida, existia o império Bizantino (476 - 637), não um estado palestino.
— Antes do Império Bizantino, existiam los sassânidas que lutaram junto com os judeus contra os romanos e não um estado palestino.
— Antes do Império Sassânida, existia o Império Bizantino, não um estado palestino.
— Antes do Império Bizantino, existia o Império Romano, não um estado palestino.
— Antes do Império Romano, existia o estado Hasmoneu (dos judeus na Judéia), não um estado palestino.
— Antes do estado Hasmoneu, existiam os selêucidas, não um estado palestino.
— Antes do Império selêucida, existia o império de Alexandre Magno, não um estado palestino.
— Antes do Império de Alexandre Magno, existia o Império Persa, não um estado palestino.
— Antes do Império Persa, existia o Império Babilônico não um estado palestino.
— Antes do Império Babilônico , existiam os Reinos de Israel e Judá, não um estado palestino.
— Antes dos Reinos de Israel e Judá, existia o Reino de Israel, não um estado palestino.
— Antes do Reino de Israel, existia o governo da teocracia das Doze Tribos de Israel, não um estado palestino.
— Antes da teocracia das Doze Tribos de Israel, havia una aglomeração de cidades-reinos cananeus independentes , não um estado palestino.
Na realidade, neste pedaço de terra houve de tudo, EXCEPTO UM ESTADO PALESTINO.
Tradução Dagoberto Mensch¨*
* Picado da NET
Posted on 20/05/2021 at 19:24 in História | Permalink | Comments (0)
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Por Edwin Hounnou
A Assembleia da República, AR, voltou a bater no fundo da vergonha. Aqueles que se consideram representantes do povo juntaram-se ao grupo dos tradicionais delapidadores dos fundos públicos por ter debatido e aprovado o estatuto do funcionário e agente parlamentar. A aprovação deste escândalo foi por consenso, o que quer dizer que todas as três bancadas – os deputados do partido Frelimo, da Renamo e do MDM, para que não restem mais dúvidas - argumentaram a favor da sua aprovação e deram o seu voto de confiança. Desconseguimos engolir mais esta bolada.
A aprovação do estatuto e agente parlamentar ainda que alguns digam que confere dignidade aos seus beneficiários, porém, escandalizou todos os quadrantes da sociedade moçambicana, pela sua extemporaneidade, falta de bom-senso e razoabilidade. Por dois anos consecutivos que o governo e o empresariado vêm protelando o aumento do salário-base dos funcionários, agentes do Estado e dos trabalhadores das empresas privadas, públicas e participadas pelo Estado, alegando a crise económica provocada pela pandemia da Covid-19. O professor, médico e o enfermeiro não precisam, também, de dignidade, mordomias e respeitabilidade?
Quem oferece a cesta básica e quem paga senha de presença aos médicos, enfermeiros que estão, permanentemente, expostos a contágios?
Ninguém vai às urnas para eleger uma assembleia ou um governo para delapidado os fundos públicos. Quem precisa de estatuto especial de protecção não são os deputados, nem os governantes nem os llprocuradores e juízes nem os funcionários e agentes parlamentares, mas sim, o povo. Quem precisa de estatuto especial de protecção são as nossas crianças – o Homem do amanhã – que vai construir a nação que nos encherá de orgulho e bem-estar para todos?
Quem precisa de estatuto especial e protecção é a mulher grávida para que possa dar à luz meninos saudáveis, inteligentes e habilitados para construírem uma nação forte, um país confortável, de alegria para todos e com uma economia forte e competitiva ao nível das nações. O nosso país não será respeitável enquanto vivermos de caridade.
Precisamos de ajuda para tudo, até os funcionários e agentes parlamentares precisam do paternalismo dos deputados, esfaqueando os Estatutos dos Funcionários e Agentes Públicos. Quem precisa de ajuda é o Governo e a AR a fim de enxergarem o país real.
Quem precisa de estatuto especial de protecção é o médico, o enfermeiro que nos proporcionam uma nação forte e saudável. Quem precisa de estatuto especial de protecção éo professor que é o grande construtor do Homem do amanhã. Quem precisa de estatuto especial são o militar e polícia que dão a sua por nós e vivem rodeados de mil perigos a todo momento. Estes precisam de um estatuto especial e não aqueles outros. A pirâmide de valores humanos e do belo, no nosso país, estão invertidos, por isso, vemos e agimos de modo contrário. Vemos o belo onde ele não existe. Não conseguimos vislumbrar onde há injustiça. Ferimos a sensibilidade e prevalece o mal.
Quem paga a senha de presença dos militares e polícias nas frentes de combate de Cabo Delgado, Tete, Manica e Sofala? Bastam, somente, as palmadinhas que o Presidente da República, as palavras bonitas dos governantes e parlamentares para se sentirem satisfeitos? A pátria é coisa comum e sublime, por isso, os sacrifícios tem que sair de todos – governantes, parlamentares, magistrados, professores, médicos e professores. Todos somos chamados a consentir sacrifícios. Não sacrificar o povo sem nome próprio. O que provoca confusões e guerras, entre nós, não são as armas, mas as injustiças. Não é a abundância da riqueza o que provoca guerras, mas é a abundância da pobreza. É quando o governo e a assembleia se transformam em saqueadores do bem público.
Posted on 20/05/2021 at 18:25 in Opinião | Permalink | Comments (0)
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Por Francisco Nota Moisés
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Download Le Monde du Mercredi 19 Mai 2021
PS: Com grande destaque para o Rwanda
O prestigioso jornal Le Monde deu mais importância à questão das difíceis relações entre a Franca e Rwanda sob a liderança de Paul Kagame do que a questão do Nyusi com a Total. A entrevista do jornal com Kagame confirmou aquilo que eu já tinha ouvido incluindo de dois rwandeses Tutsis de que Kagame, referido no jornal como autoritário no Le Monde e detestado tambem como autoritário por intelectuais africanos segundo Boubacar Boris Diop num artigo que apareceu recentemente no MPT, implantou um regime do tipo da Coreia do Norte que cultiva o culto de personalidade em volta da sua pessoa.
Kagame e o seu grupo de dirigentes da Frente Patriótica de Rwanda desterraram o francês que os colonialistas belgas tinham implantado no seu país e impuseram o inglês visto que eles próprios não conheciam o francês por terem crescido e vivido com o inglês em Uganda. Num abrir e fechar de olhos todas as escolas de primarias a universidade, tinham que ensinar em inglês por docentes que não sabiam essa língua e não podiam faze-lo. Não quero julgar a decisão visto que se trata do país deles e não do meu onde alguns anos Kagame encarou protestos de rwandeses, congoleses e dos seus apoiantes deste país quando cá chegou por causa da sua chacina de Hutus e Congoleses em Rwanda e no Congo.
Esta edição do Le Monde de 19 de Maio diz que cerca de 2 a 3 por cento de rwandeses podem falar o inglês e 6 por cento conhecem o francês. Teria sido melhor se a mudança tivesse sido gradual, mas, infelizmente, não foi.
O longo artigo que seguiu a entrevista debruça-se inteiramente sobre as relações rwando-francesas a partir do tempo que Paul Kagame se tornou presidente de Rwanda até hoje enquanto durante esse mesmo tempo de cerca de 30 anos a França foi governada por vários presidentes, nomeadamente François Mitterrand, Jacques Chirac, Nicolas Sarkozy, François Hollande e agora por Emmanuel Macron.
Posted on 20/05/2021 at 17:34 in Europa - União Europeia, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Jurista André Thomashausen defende que a demora no processo de extradição do ex-ministro das Finanças Manuel Chang deve-se à "insistência" de Moçambique em concorrer com o pedido de extradição norte-americano.
Para o jurista André Thomashausen, a residir na África do Sul, "não é da responsabilidade da África do Sul resolver os pedidos concorrentes de extradição".
"O prolongamento da detenção é devido à insistência de dois países em ver essa pessoa extraditada, enquanto esses dois países não conseguirem estar de acordo sobre o processo da extradição, a detenção tem que forçosamente continuar porque a África do Sul tem que obedecer aos pedidos de extradição e tem que garantir que a pessoa não vá desaparecer ou fugir", explicou Thomashausen.
"De forma que está nas mãos de Moçambique, porque se retirar o seu pedido de extradição, a detenção do Sr. Chang na África do Sul pode ser terminada imediatamente, porque poderá seguir para os Estados Unidos", adiantou o jurista e académico.
Na passada sexta-feira, (14.05), o Governo moçambicano pediu à Justiça sul-africana para "obrigar" Pretória a extraditar "sem mais demora" o ex-ministro das Finanças Manuel Chang, que se encontra detido na prisão de Modderbee, em Benoni, leste de Joanesburgo.
De acordo com o pedido submetido no Tribunal Superior de Gauteng, em Joanesburgo, a que a Lusa teve acesso, o Governo moçambicano queixa-se que "um período excessivamente longo prescreveu", salientando que o ministro da Justiça sul-africano, Ronald Lamola, "falhou e/ou está a negligenciar o exercício da sua decisão conforme ordem do tribunal".
"Não existe regra firme"
Na opinião de André Thomashausen, "não existe regra firme" que defina, ao abrigo da legislação em vigor na África do Sul, o tempo de encarceramento sem julgamento a aguardar por uma extradição do país.
"Existem evidentemente os direitos fundamentais do devido processo penal, no Tribunal dos Direitos Humanos da União Europeia, por exemplo, tem havido decisões que consideraram um período de detenção preventiva, detenção antes do julgamento, de 11 anos como sendo excessivo, mas claro que dois anos sem julgamento não é o que se gostaria de ver num Estado de direito com o sistema judicial a funcionar", referiu.
Se o Governo de Moçambique "se queixa" agora de Manuel Chang ter passado 29 meses preso na África do Sul, referiu André Thomashausen, "o primeiro responsável por essa demora é a Procuradoria-Geral de Moçambique que nunca fez o seu devido trabalho".
Pedido de extradição sem base legal
O jurista e analista político sublinhou que o pedido de extradição concorrente da Procuradoria-Geral da República de Moçambique foi submetido "sem a devida base legal porque em 2019 o Sr. Chang nem sequer era arguido", sublinhado que "depois arranjaram uma maneira de o tornar arguido, mas sem fundamento", continuando a "complicar e a fundamentar mal" o pedido de extradição.
"É por isso que esta situação se tem arrastado, porque Moçambique está a impedir, está a atrasar a extradição do Sr. Chang para os Estados Unidos", frisou Thomashausen.
"Em princípio, o tribunal não se pode sobrepor à decisão que por lei compete ao ministro, temos a doutrina da separação dos poderes [na África do Sul], e a lei dita que é o poder executivo, o ministro, que deve tomar a decisão sobre a extradição", afirma.
Desacreditar sistema de justiça
O jurista André Thomashausen considera que a atuação do Governo de Moçambique ameaça desacreditar o Estado de direito constitucional na vizinha África do Sul.
Alerta que o caso coloca "em risco" a credibilidade do próprio sistema de justiça no país, assim como a luta contra a corrupção pública "endémica" e o equilíbrio de poderes no regime democrático da África do Sul.
"Vai ferir o princípio do Estado de direito, que aliás o ministro da Justiça sul-africano Ronald Lamola evocou, com muita autoridade, no seu último discurso na Assembleia da República, porque irá também ferir a lei da extradição, que prevê que a competência para tomar esta decisão é a competência do ministro e não é a do Presidente da República Ramaphosa", frisou André Thomashausen.
Decisão "politicamente delicada"
André Thomashausen avançou que como a decisão sobre a extradição do antigo governante moçambicano é "politicamente delicada", o chefe de Estado sul-africano "chamou a decisão a si".
Segundo o jurista, o parecer do ministro Lamola "ficou na mesa do Presidente Ramaphosa, que por uma razão ou outra decidiu aguardar, talvez por uma oportunidade consensual, que o Presidente Nyusi venha a concordar que não há outra saída", a não ser "a de que o Sr. Chang tem mesmo que ir para os Estados Unidos".
"Tudo isso foge à legalidade constitucional e iria prejudicar ainda mais a reputação da África do Sul, que já está muito afetada negativamente com os enormes escândalos de corrupção que não pararam nesta Presidência com Ramaphosa", explicou, todavia, Thomashausen.
Manuel Chang é considerado "peça-chave" nas chamadas 'dívidas ocultas' do Estado moçambicano, contraídas entre 2013 e 2014, à revelia do parlamento, no valor de 2,2 mil milhões de dólares (1,8 milhões de euros), ao assinar as garantias de Estado em nome do Governo do ex-presidente Armando Guebuza.
DW – 20.05.2021
Posted on 20/05/2021 at 17:07 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/05/2021 at 13:01 in Dívidas ocultas e outras, Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Um grupo armado desconhecido atacou, um posto policial no distrito de Moatize, província de Tete, a PRM naquela região do país.
De acordo com a chefe do Departamento das Relações Públicas do Comando Provincial da PRM em Tete, Deolinda Matsinhe, disse que o ataque ocorreu na madrugada, contra o posto policial de Caphirizange, no distrito de Moatize, e foi protagonizado por um grupo, em número desconhecido.
“Dispararam e puseram-se em fuga. Não sabemos se era uma tentativa de assalto ao posto ou tinham um alvo específico”, explicou Deolinda Matsinhe, salientando que “não houve vítimas nem feridos”.
A PRM disse ter destacado brigadas para a identificação e localização dos autores do ataque. “O trabalho para a localização deste grupo continua. O objetivo é compreender o que realmente os indivíduos pretendiam e quem eram”, para depois tentar a “sua responsabilização”, concluiu Deolinda Matsinhe
Posted on 20/05/2021 at 12:39 in Justiça - Polícia - Tribunais | Permalink | Comments (0)
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NYUSI CONTINUA A RESISTIR À INTERVENÇÃO MILITAR EXTERNA
A reticência de Moçambique em pedir a ajuda dos seus vizinhos para reprimir uma insurgência islâmica é contrária a uma avaliação regional sobre a melhor forma de deter rapidamente a violência, disse o ministro da Segurança do Estado da África do Sul.
Embora a Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC), composta por 16 nações, esteja disposta a intervir, Moçambique ainda não fez um convite ao bloco comercial regional para enviar tropas, disse Ayanda Dlodlo.
“Temos sido claros desde o primeiro dia sobre o que precisa ser feito”, disse Dlodlo numa entrevista esta semana. “Moçambique está a envolver vários países fora da SADC para procurarem assistência para conter a insurgência em Moçambique, para que não se espalhe para o resto da região. A SADC, no entanto, tem vontade política e militar para intervir uma vez convidada ”, acrescentou.
O exército moçambicano até agora não conseguiram conter o grupo “jihadista” que jurou lealdade ao Estado Islâmico e reivindicou a responsabilidade pelos ataques no norte da província de Cabo Delgado, que têm aumentado em frequência, tamanho e sofisticação.
A violência já custou pelo menos 2.838 vidas e forçou mais de 700.000 a deixar suas casas.
O Presidente Filipe Nyusi aceitou ofertas estrangeiras de cooperação em inteligência e treinamento para as tropas governamentais, mas evitou uma intervenção militar directa, alegando que a soberania da nação poderia ser comprometida.
O fracasso em deter a insurgência pode comprometer os investimentos em gás natural liquefeito que valem biliões de dólares e têm o potencial de transformar completamente a economia de Moçambique, com a Total SE já tendo suspendido o desenvolvimento de um projecto de 20 biliões de dólares.
A maioria dos insurgentes em Cabo Delgado são pobres, jovens locais, mas juntaram-se a eles outros cidadãos, incluindo tanzanianos, ugandeses e congoleses.
“Tem havido reclamações de que há sul-africanos que fazem parte do grupo de insurgentes em Moçambique”, disse Dlodlo. “Diz-se que alguns estão presos. Como África do Sul, gostaríamos de ter acesso a esses indivíduos para entrevistá-los juntamente com os nossos homólogos de Moçambique. ”
O ministro expressou dúvidas de que os insurgentes tivessem ligações directas com o ISIS e disse que a África do Sul estava a trabalhar com outras agências de inteligência para apurar quem eles eram. O ISIS “assume a responsabilidade por tudo e qualquer coisa”, disse Dlodlo. “Simpatia não é necessariamente associação”.
DN – 20.05.2021
Posted on 20/05/2021 at 12:20 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Dezenas de pessoas, incluindo estrangeiros, incluindo sul-africanos, foram brutalmente maltratados e outros mortos pelos terroristas em Palma, Cabo Delgado, Norte de Moçambique, nesse memorável ataque de bandos terroristas infligido contra aquela região no dia 24 de Marco deste 2021
A Ministra sul-africana da Defesa e Veteranos Militares, Nosiviwe Mapisa-Nqakula, deixou expressos publicamente os seus receios com o avanço de grupos terroristas em Moçambique, afirmando que tudo indica que o terrorismo pode atingir a África do Sul, cujas capacidades de defesa estão “extremamente estressadas”.
Falando na apresentação do orçamento do seu departamento no parlamento, Mapisa-Nqakula afirmou que “as capacidades de defesa da África do Sul estão sob extremo stress no meio de constrangimentos financeiros” depois do corte de 15 mil milhões de randes para os próximos três anos.
Para a Ministra da Defesa e Veteranos Militares, a pandemia de COVID-19 mudou completamente o cenário da defesa na região da SADC através de impactos negativos de segurança económica das pessoas.
Depois do ataque terrorista em Palma a 24 de Março, a África do Sul enviou a elementos da sua força aérea para resgatar os seus cidadãos que estavam encalhados e outros no mato. Dezenas de pessoas, incluindo estrangeiros, incluindo sul-africanos, foram brutalmente maltratados e outros mortos pelos terroristas em Palma, Cabo Delgado, Norte de Moçambique, nesse memorável ataque de bandos terroristas infligido contra aquela região no dia 24 de Março deste 2021.
Os líderes da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) ficaram muito chocados com o ataque e através da Troika que lida com assuntos de Cooperação Política, Defesa e Segurança enviaram uma equipa técnica para avaliar as necessidades de apoio a Moçambique no combate à insurgência em Cabo Delgado.
A equipa produziu relatório recomendando o envio de cerca de três mil soldados e meios aéreos e marítimos. O documento foi submetido ao Conselho de Ministros da Troika para aprovação e eventual submissão aos chefes de Estado e de Governo.
No entanto, a cimeira dos chefes de estado que devia ratificar o relatório foi adiada “sine-die” - tempo indeterminado. O adiamento da cimeira foi interpretado por alguns analistas da África Austral como sinal de que Moçambique não está interessado numa intervenção militar da SADC em Cabo Delgado.
Entretanto, o Governo sul-africano reiterou o seu apoio a Moçambique na luta contra o terrorismo em Cabo Delgado durante a sessão do Conselho de Ministros realizada semana passada.
O Presidente sul-africano Cyril Ramaphosa reuniu-se com o seu homólogo moçambicano, Filipe Jacinto Nyusi, em Paris à margem da cimeira económica Franca-África, mas não houve comunicado com pormenores do encontro entre os dois chefes de estado.
Na África do Sul vários sectores continuam a falar da necessidade de apoio militar e inteligência a Moçambique.
Um comunicado da companhia CNG, ligada a energia alternativa renovável, diz que a África do Sul deve oferecer apoio militar e inteligência a Moçambique em troca de acções de gás. Segundo o documento da CNG a que o jornal Redactor teve acesso, projecções preliminares indicam que Moçambique vai competir com a Rússia nas próximas décadas para se tornar quarto maior produtor mundial de gás liquefeito, depois dos Estados Unidos da América, Qatar e Austrália.
No entanto, o comunicado da CNG considera que a instabilidade provocada por militantes insurgentes no norte de Moçambique pode potencialmente dificultar as massivas oportunidades para o desenvolvimento económico da região da África Austral.
A CNG acredita que sendo a África do Sul um dos líderes do continente deve desempenhar papel activo no combate aos insurgentes em Moçambique. A companhia considera que devido aos riscos imensuráveis Moçambique deve considerar aliar-se a África do Sul como parceiro no negócio de gás.
REDACTOR – 20.05.2021
Posted on 20/05/2021 at 12:08 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Defesa - Forças Armadas, Gás - Petróleo - Biodiesel, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/05/2021 at 11:49 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 20/05/2021 at 00:49 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/05/2021 at 23:20 in Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/05/2021 at 21:05 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Os números sobre a corrupção durante o período de Governação do Presidente Nyusi tem vindo a registar um crescimento considerável que não justificam o facto de o mesmo ter referido, no encontro anual que manteve com o corpo diplomático acreditado em Maputo, no sentido de que a sua escalada o assusta.
Nyusi tem vindo a ter um discurso político de combate à corrupção bastante incisivo, mas que não encontra respaldo na prática, uma vez que, este discurso não é acompanhado de acções concretas visando mitigar a sua ocorrência. Combater a corrupção implica que existam acções concretas visando controlar este fenómeno ao nível político, no procurement público e em outras áreas onde existem evidências de constituirem o epicentro para a prática de crimes de corrupção.
Leia aqui Download CIP-Casos-de-Corrupção
Posted on 19/05/2021 at 18:46 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/05/2021 at 18:23 in Informação - Imprensa, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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João Mosca revela que os deslocados estão envolvidos em esquema de corrupção. O investigador denuncia ainda que o Governo impede ONG de distribuir apoio, ação permitida apenas às instituições públicas e Exército.
Estima-se que o terrorismo no norte de Moçambique fez até agora cerca de 800 mil deslocados internos. Faltam ao Governo recursos para apoiar adequadamente esse grupo, mas privados, associações e organizações não governamentais nacionais e internacionais têm prestado assistência humanitária, colmatando um pouco as dificuldades do Executivo.
Com o tempo, vários fenómenos vão nascendo nos campos que acomodam os deslocados. O investigador da ONG Observatório do Meio Rural (OMR), João Mosca, conta, por exemplo, que existem famílias deslocadas na província a registarem-se mais do que uma vez para receberem ajuda. O objetivo é colocar os produtos oferecidos no esquema de corrupção. A DW África entrevistou João Mosca:
DW África: Na atual situação de terrorismo em Cabo Delgado é difícil estimar número de deslocados internos...
João Mosca (JM): Os números de deslocados oficialmente referidos são superiores àqueles que podem ser efetivamente, considerando a população existente em Cabo Delgado, entre distritos e localidades. Se somarmos a população existente antes do conflito e aqueles que hoje dizem que permancem nos seus locais, que não foram afetados pelo conflito, a soma é muito superior à soma que estes locais possuem. Isso signifca que há pessoas a registarem-se em mais do que um sítio com as suas famílias a fim de receberem mais alimentos do que receberiam em casos de famílias individuais. A mesma família pode registar-se em vários sítios no sentido de receber duas ou três vezes mais ração a que teria direito. Daí pode-se gerar todo um processo de negócio que já está a acontecer entre os próprios deslocados de guerra.
DW África: E como isso pode ser resolvido? É que, por exemplo, se houvesse um sistema digital, o que nas atuais circunstâncias acreditamos ser praticamente impossível, isso seria evitado. Mas na falta de condições, como minimizar esse problema?
JM: Não só pode ser a mesma pessoa a registar-se em vários sítios, como podem ser pessoas da mesma família a registarem-se em sítios diferentes. Então, como fazer isso nessas condições fica muito difícil. Porém, localmente penso que será possível fazer a partir do momento em que as ações de quem distribui os recursos tenham muita atenção à população que está a ser recebida. E mesmo entre a comunidade, sabem muito bem quem tem mais recursos e está a fazer comércio com esses bens. Só com conhecimento local, estando no terreno, mas é preciso dizer também que as pessoas que distribuem, o exército que faz a distribuição nalgumas zonas esteja ciente que ele próprio não deve entrar nesse negócio. Aqui se gera uma multiplicidade de interesses e negociatas entre pessoas com interesses diversos, que acabam por fazer compromissos entre si, no sentido de que todos ganhamos um pouco e vamos aproveitar o máximo disto.
DW África: E relativamente a ajuda internacional?
JM: Moçambique tem recusado que organizações internacionais e nacionais da sociedade civil façam a distribuição de recursos de assistência humanitária diretamente à população. Significa que o Governo exige que esses recursos sejam entregues às instituições públicas e ao Exército para realizarem essa operação de distribuição no terreno.
DW África: Estamos a falar de uma espécie de corrupção que se instala na ajuda humanitária em Cabo Delgado?
JM: Com certeza. Mas não só por parte da população, esse tipo de negócios já foi detetado há algum tempo. Não é um caso atípico, porque em outras situações, por exemplo de calamidades, infelizmente muito comuns em Moçambique, as próprias instituições públicas responsáveis por acudir a população em condições de choques ambientais fortes, agora em situação de conflito, deveriam ter conhecimento da possibilidade destes fenómenos surgirem imediatamente em condições de grande instabilidade das pessoas nos locais que acolhem deslocados para evitar esse tipo de corrupção que envolve várias pessoas, e existem compromissos entre pessoas e pactos de silêncio e interesses de um grupo bastante alargado que envolve uma cadeia. É uma situação bastante generalizada.
DW – 19.05.2021
Posted on 19/05/2021 at 13:08 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Cooperação - ONGs, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 19/05/2021 at 12:47 in Informação - Imprensa | Permalink | Comments (0)
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O Conselho de Segurança das Nações Unidas reúne esta quarta-feira (19) para debater especificamente Paz e Segurança em África, com Moçambique na mó de cima.
Linda Thomas-Greenfield está confiante num desfecho da crise em Cabo Delgado e a breve trecho. “Estámos comprometidos com o governo a fazer todos os possíveis para proteger civis, prevenir futuros ataques e aliviar o sofrimento; esperámos que sejamos capazes de enfrentar e chegar a uma conclusão satisfatória, muito em breve”, Linda Thomas-Greenfield, representante dos Estados Unidos no Conselho de Segurança das Nações Unidas.
Ela acrescenta que os Estados Unidos estão preocupados com a situação em Moçambique e trabalha “muito de perto” com o governo de Maputo, organizações internacionais e organizações da sociedade civil, no terreno, “para tentar encontrar uma solução” que ajude o governo moçambicano a enfrentar os ataques.
Destaca a colaboração e cooperação internacional como uma das formas de fortalecer e capacitar a liderança política e a sociedade em Moçambique. “Criar capacidades, competências, conhecimentos, ferramentas, oportunidades e sustentar programas de desenvolvimento nas regiões afectadas pela instabilidade foram as formas destacadas pela responsável de cooperação dos EUA com Moçambique, por intermédio da ONU e da representação norte-americana”, diz a diplomata.
Para ela, um dos passos mais importantes para a resolução da crise é “estar em contacto com as comunidades, fora do Governo central”, principalmente com as comunidades na “linha da frente” do conflito. É essencial assegurar que as comunidades “não estejam isoladas” e que sejam envolvidas na acção governativa ao lidar com ameaças terroristas - completa Linda Thomas-Greenfield, sublinhando que o contacto directo com a população é um dos “pontos fortes” dos EUA.
O Governo norte-americano também tenta destacar e realçar a importância da participação feminina na resolução de conflitos no continente: “ao olharmos para como resolver conflitos, temos absolutamente de focar-nos nas mulheres e meninas e no papel que as mulheres têm na manutenção da paz, (…) que é extraordinariamente importante”, considera a responsável, com uma longa carreira diplomática em África, como embaixadora dos EUA para a Libéria (20- 08 a 2012) e enviada especial no Paquistão, Quénia, Gâmbia e Nigéria. Linda Thomas-Greenfield considera que o período de análise, identificação dos danos e prejuízos sentidos no continente africano será “longo e complicado” e “ao avançar-se, haverá ameaças para África”, mas os Estados Unidos irão permanecer como “parceiro comprometido” para o continente.
Os Estados Unidos terminaram, recentemente, em Moçambique, a primeira fase da capacitação das forças governamentais em tácticas anti-terrorismo, estando prevista a fase seguinte em finais de julho.
Há dias, em Paris, o Primeiro-Ministro português, António Costa prometeu para esta semana a chegada, em Maputo, de uma equipe de oficiais militares para o processo de formação de militares moçambicanos em combate ao terrorismo, depois de em abril um primeiro grupo ter iniciado o mesmo curso, na Catembe, Maputo.
Ainda na capital francesa, o Presidente Filipe Nyusi realizou uma série de audiências com empresários franceses, ainda recebido pelo Presidente anfitrião, Emmanuel Macron, igualmente se encontrou com Cyril Ramaphosa, sem declarações aos jornalistas, no término da audiência.
O Departamento de Estado norte-americano declarou em inícios de maio que a ajuda humanitária prestada a Moçambique no presente ano fiscal vai ajudar 20 mil famílias com bens de primeira necessidade e fornecer 700 mil dólares ao Alto-Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados.
Segundo um comunicado divulgado em 06 de maio, a ajuda norte-americana em Moçambique é visível através da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID), com “bens de primeira necessida[1]de vitais”.
EXPRESSO – 19.05.2021
Posted on 19/05/2021 at 12:25 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Mundo - Internacional, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Nas vésperas de mais uma sessão do Comité Central da FRELIMO, que se realiza no fim-de-semana, a questão do tribalismo e regionalismo nos processos de sucessão e ascensão ao poder volta a dominar as conversas nos corredores digitais e não só. “Carta” faz o enquadramento da problemática, amplificando uma discussão que é, afinal, nacional.
O problema do regionalismo na governação no Moçambique actual tem bases que remontam à criação da FRELIMO em 1962 e à construção do imaginário da nação moçambicana. Ora, com o surgimento das primeiras zonas libertadas, nos anos 70, a FRELIMO encontrava terreno para implantar a ideia do homem novo. Tratava-se de um projecto de construção do Moçambique Novo, que visava destruir as ideias e hábitos corruptos herdados do passado, eliminação da superstição, promoção de uma cultura nacional, banir o elitismo e o individualismo.
Como alternativa de combate às diferenças étnicas e tribais, a FRELIMO procurou organizar os seus destacamentos, aglutinando indivíduos provenientes de diferentes regiões do país como fortalecimento do conhecimento mútuo e cultivo de solidariedade. Este projecto político visava uma sociedade baseada na partilha conjunta, cancelando qualquer tentativa tribalista, racial ou regional que sempre esteve eminente desde 1962.
Posted on 19/05/2021 at 12:06 in Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Com as pessoas a fugirem (de barco), diariamente, da vila-sede do distrito de Palma para a cidade de Pemba e tendo as ilhas como um ponto de “escala”, os terroristas alargaram a sua área de acção, fazendo emboscadas aos deslocados e aos pescadores, que têm na zona insular um dos pontos mais seguros da região.
No último sábado, mais uma pessoa foi assassinada pelos insurgentes numa das ilhas que compõe o paradisíaco Arquipélago das Quirimbas, localizado ao largo da província de Cabo Delgado, no norte do país.
Leia aqui Terroristas fazem mais uma vítima nas ilhas de Cabo Delgado (cartamz.com)
Posted on 19/05/2021 at 11:57 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências | Permalink | Comments (0)
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Por Francisco Nota Moisés
Ossufo Momade pode estar equivocado (2)
Escrito por Arlindo Chissale: ... "Aquela guerra é outra e muito estranha. ... Para se vencer aquela guerra, precisa-se usar sim, o sexto sentido. Não é só guerra corporal ou com o recurso a instrumentos contundentes. O único Distrito que já conseguiu repelir aqueles tamarinhos, continuam a ser os desprezíveis de Mueda. E eles, usam o sexto sentido, para o efeito. Eles têm noções de "freemason" (minha nota: maçonaria ou magia) com o recurso a raízes de árvores e plantas locais que são diferentes das de grutas de Sofala ou Manica. ..."
Em sena diz-se "mamuna dziwa ndzako" para mais ou menos dizer que é "preciso reconhecer o dom ou a força ou o talento dos outros." A tradução literal deste ditado para a língua portuguesa não é possível. O que parece ser a minha tradução literal e na verdade uma explicação do ditado. Com isto quero dizer que tenho que tirar o chapéu da minha em saudação ao talento de Arlindo Chissale. Embora não o conheça, ele não é um homem como qualquer outro. Consegue usar a língua de Camões para dizer o que parece ser uma fantasia africana. O seu conto é como uma fantasia. Pode ser uma fantasia, se eu tiver que pensar como uma pessoa que requeira factos tangíveis e credíveis para provar o que ele diz.
Mas em Africa os mistérios que se contam não são fantasias. E esta coisa de fantasia é um aspeto da literatura ocidental e não é coisa africana. Quando os africanos falam do poder dos curandeiros, da feitiçaria, de fantasmas, espíritos, jinnis como na Africa oriental ou de tokoloshes como na Africa austral oriental ou de juju como na Nigéria, eles acreditam no que dizem. A mente tradicional africana são asperge duvidas a tais coisas.
Quase que desistia da leitura do artigo do Chissale que no principio não me fazia sentido. Mas depois fiquei fascinado pelas figuras discursivas do autor como do gato que o curandeiro do dirigente dos rebeldes ostenta nas mãos em cenários de combates. Mas o tal gato não é um felino qualquer para os populares daquela região de Cabo Delgado ou da Africa oriental. É um jinni ou seja um ser sobrenatural. E diz-se que jinnis manifestam-se em forma de gatos ou como raparigas lindas ou como homens deformados.
Chissale que evita escrever propagandisticamente, diz que o lado da Frelimo também recorre a magias, coisa que ouvimos quando no passador recente a Frelimo falou dos seus veteranos da sua luta de libertação que se apoiam com bengalas numa mão e manobram os seus canhangulos ou armas já muito velhas para derrotar os rebeldes.
Durante uma prévia invasão rebelde a Mocímboa da Praia antes deles libertarem a vila e expulsarem a Frelimo dali, houve episodio durante o qual as armas dos militares da Frelimo se encravaram enquanto as dos rebeldes os abatia. Magia dos rebeldes ou ajudam de Allah todo poderoso pela justa causa dos rebeldes contra os infiéis? Não sei dizer.
O aviso de Chissale a Ossufo Momade é muito claro: se você não tem o sexto senso ou seja uma magia poderosa, não envie os seus rangers para a sua morte certa. É possível que Ossufo Momade tenha magias negras como Samora Machel teve e Joaquim Chissano, Armando Guebuza e Felipe Nyusi possuem para a sua proteção e sobrevivência.
Para além, os tais rangers são homens envelhecidos cujas vidas podem caducar a qualquer tempo. Eles não pensam mais em lutar. Querem descansar nas suas palhotas. Se ele quer lutar para ajudar a Frelimo, que o faça, que receba um novo treinamento antes de rumar para Cabo Delgado para se juntar à Frelimo. Não envie os outros para serem carne de canhão dos rebeldes que são jovens e que não brincam ou os tais rangers se entregarão aos rebeldes para não batalharem em defesa da Frelimo.
Recorde aqui https://macua.blogs.com/moambique_para_todos/2021/05/ossufo-momade-pode-estar-equivocado.html
Posted on 19/05/2021 at 11:37 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião | Permalink | Comments (0)
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RW Johnson 17 de maio de 2021
RW Johnson escreve sobre por que o governo Frelimo é tão resistente à assistência militar estrangeira em Cabo Delgado
A crescente ameaça representada pelos jiadistas de Ansar al Sunnah na província mais ao norte de Cabo Delgado, em Moçambique, finalmente causou grande preocupação internacional depois que os insurgentes ligados ao Isis atacaram a cidade de Palms em 24 de março. Os americanos, os portugueses e outros ofereceram treinamento militar ao infeliz exército moçambicano, que parece totalmente incapaz de lidar com a ameaça. Além disso, os líderes da SADC ficaram alarmados com a ideia de grandes forças estrangeiras se envolverem na região e em uma cúpula em Maputo, em 8 de abril, resolveram enviar uma missão técnica para avaliar a situação e recomendar que tipo de força parecia ser necessária.
Até aqui, tudo bem. Mas quando a missão técnica chegou em Maputo foi dito que só poderia passar um dia em Cabo Delgado. De fato, ficou claro que o governo moçambicano não estava interessado na missão de ir a Cabo Delgado.
Em última análise, a missão recomendou que uma força de 2.900 com quatro helicópteros e algum apoio naval seria necessária – uma força absurdamente inadequada aos olhos da maioria dos estrategistas militares. Para Cabo Delgado é grande – 82.000 km2 – com 16 centros distritais que precisariam ser protegidos do ataque.
Mas o presidente de Moçambique, Felipe Nyusi, não estava nem um pouco interessado. De fato, desde que a crise estourou, ele sempre se opôs a qualquer intervenção regional para ajudá-lo, embora estivesse feliz o suficiente para pedir a ajuda de mercenários russos e sul-africanos (os grupos Wagner e DAG).
Uma decisão tinha que ser tomada na cúpula de segurança da SADC em 29 de abril. Na véspera, os ministros das Relações Exteriores da SADC aprovaram por unanimidade o relatório da missão técnica e disseram que as forças de Moçambique precisavam de "apoio imediato". Mas o Presidente Nyusi estava claramente determinado a evitar tal resultado. Ele conseguiu projetar o "adiamento indefinido" da cúpula de segurança, de modo que os líderes da SADC nunca se reuniram e o relatório da missão nunca foi ratificado.
Então aqui está um homem cuja casa está pegando fogo. As chamas chegaram a um ponto em que não só seus vizinhos regionais estão alarmados, mas onde os sinos de alarme estão tocando em Washington, Londres e Lisboa.
É um fato conhecido que sua própria brigada de incêndio (ou seja, o exército moçambicano) é desigual à tarefa. No entanto, embora Nyusi tenha adquirido os serviços de roupas mercenárias também desiguais à tarefa, ele parece determinado a afastar as brigadas de incêndio regionais e internacionais que poderiam apagar o fogo. O que está acontecendo?
Para entender a situação é preciso dissipar qualquer romantismo persistente sobre o "movimento de libertação" em Moçambique. Na verdade, os movimentos de libertação da África Lusófona foram todos não apenas para o mal, mas para o muito ruim.
Não há necessidade de dizer mais sobre o regime de Dos Santos, que governou Angola de 1979 a 2017, inteiramente no interesse de apenas uma família, mas ainda há alguns pan-africanistas que gostam de adorar o herói Amilcar Cabral da Guiné-Bissau.
Os Cabrals eram de fato bons homens (eu conhecia o irmão de Amílcar, Luis), mas o fato é que, ao contrário de tudo o que tinham pregado, Cabo Verde rompeu para se tornar um país separado na independência e Guiné-Bissau tornou-se um narco-estado.
Adorar os cabrals é como ser um devoto de Toussaint Louverture, o libertador do Haiti – como muitos pan-africanistas ainda são – sem se preocupar em notar a total podridão dos regimes que governam o Haiti desde então.
Moçambique não é exceção a esta lei de movimentos de libertação em decomposição. O ponto principal a ser compreendido é que a heroína tem sido a maior exportação única de Moçambique por duas décadas e que o comércio está aumentando. A heroína vem do Afeganistão, Paquistão e Iêmen, chega ao norte da costa de Moçambique de dhow, onde é descarregada em barcos menores, armazenado em Cabo Delgado e depois transportado para Joanesburgo por estrada.
Se ele está em um contêiner ele vai para o City Deep Container Terminal, se não, ele passa pelo aeroporto de O.R. Tambo – ambos os destinos sendo notoriamente corruptos – e é então trans-enviado para a Europa (uma certa quantidade de dagga e mandrax (methaqualone) também encontra seu caminho para o mercado sul-africano).
As rotas de tráfico através de Cabo Delgado estão estabelecidas há muito tempo. Moçambique não tem guardas da Marinha ou da Costa, então efetivamente o longo litoral das províncias do norte não são policiados. Não só as drogas vêm por aqui – assim como rubis, ouro, madeira, exportações proibidas de vida selvagem e, claro, há um tráfego nas pessoas. Esta era, afinal, uma velha costa de comércio de escravos.
A única (pequena) mosca na pomada é a base naval francesa em Mayotte, à frente do Canal de Moçambique que não só exerce o reconhecimento marítimo na costa leste africana com seus navios e aviões, mas também inclui um pequeno destacamento da Legião Estrangeira. Até agora, no entanto, embora os franceses tenham assediado um pouco o tráfico de drogas, eles não demonstraram interesse em se envolver mais fortemente.
A razão pela qual Moçambique alcançou tal status central no tráfico de drogas é simples. As agências de aplicação de drogas do mundo desenvolvido tornaram o acesso aos seus mercados difícil e perigoso, então os sindicatos de drogas têm procurado novas e engenhosas portas traseiras para eles.
Posted on 19/05/2021 at 00:50 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Marcelo Rebelo de Sousa saiu várias vezes do carro para ir ao encontro da multidão efusiva, provocando grande agitação nas forças de segurança, depois 31 anos sem uma visita oficial ao país.
O Presidente português, Marcelo Rebelo de Sousa, foi esta noite saudado por uma multidão à chegada a Bissau, milhares de pessoas espalhadas continuamente ao longo dos cerca de oito quilómetros que distanciam o aeroporto do centro da cidade.
O chefe de Estado português levou duas horas a percorrer este trajeto, pela Avenida dos Combatentes da Liberdade da Pátria, grande parte do tempo acenando empoleirado na porta da viatura onde seguia acompanhado pela ministra de Estado e dos Negócios Estrangeiros da Guiné-Bissau, Suzi Barbosa.
Marcelo Rebelo de Sousa saiu várias vezes do carro para ir ao encontro da multidão efusiva, provocando grande agitação nas forças de segurança. À sua passagem, pessoas corriam e gritavam “Presi, Presi”, outras agradeciam a sua vinda, ao fim 31 anos sem uma visita oficial de um Presidente português a este país.
Também se ouvia o nome do Presidente guineense, Umaro Sissoco Embaló, e pedidos de vistos para entrar em Portugal: “Visa, visa“.
Já no final da avenida, artistas cantavam e dançavam num palco improvisado no cimo de um camião, que acompanhou parte do percurso da longa comitiva de Marcelo Rebelo de Sousa, composta por dezenas de viaturas.
O chefe de Estado saiu do Aeroporto Internacional Osvaldo Vieira pelas 20h10 locais (21h10 em Lisboa) e chegou ao destino, uma unidade hoteleira onde o esperavam representantes da comunidade portuguesa na Guiné-Bissau, duas horas depois.
Já junto ao hotel, ainda fez um desvio para ir cumprimentar mais pessoas que se concentravam do outro lado da estrada.
Posted on 18/05/2021 at 23:55 in Guiné - Bissau | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/05/2021 at 23:07 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Por ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Hoje, quero reflectir um pouquinho sobre a ideia de intervenção duma sociedade sobre a outra.
Seria justificável esse processo de intervenção? Seria moralmente válido esse processo de intervenção? Bem! A história não concorda com a lógica intervencionista, pelo menos, nos exemplos que estão dados em especial para a sociedade que sofre o processo de intervenção em especial para a sociedade invadida.
Vamos voltar um pouquinho no tempo aqui no processo de ocupação pelos europeus sobre o continente africano. África portuguesa, Moçambique colónia. E havia o interesse da Igreja católica de catequese das populações indígenas [tribais]. Abandonemos por um momento a ideia de Contra-reforma, os problemas políticos no Continente europeu e pensemos no Padre jesuíta que sai do Continente europeu vem ao Continente africano, que arisca a sua vida que vai-se defrontar com ambiente inóspito com vistas ao catecismo do indígena, talvez este Padre estivesse imbuída das melhores intensões de salvamento da alma dos nativos indígenas.
Agora, qual o desdobramento histórico que nós encontramos deste processo de catequizes. Apesar da proibição da Igreja católica de escravização das populações nativas do Continente africano o processo de catequese das populações em grande parte contribuiu para o seu próprio processo de apresamento e escravização dos indígenas e consequentemente para o seu etnocídio e/ou genocídio. A intervenção externa, duma sociedade sobre a outra com desdobramentos negativos para sociedade invadida.
Se isto acontecia há alguns séculos continua acontecendo até as últimas décadas e na actualidade. Recentemente nós tivemos dois países um do Médio-Oriente e um do
Norte da África sofrendo intervenção externa por diferentes modalidades. Um Iraque do Saddam Hussein, outro a Líbia de Muammar Kadhafi.
Continue reading "As aporias e oscilações duma Intervenção Externa [Elementos de Autocrítica] " »
Posted on 18/05/2021 at 21:09 in Bernardo Gondola - Elementos de Autocritica, Opinião | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/05/2021 at 20:52 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Desde segunda-feira, cerca de 6000 migrantes (incluindo 1500 menores), um número "recorde" segundo as autoridades espanholas, entraram ilegalmente em Ceuta.
Leia aqui
Ceuta acordou com milhares de migrantes sem destino e militares na fronteira (dn.pt)
Posted on 18/05/2021 at 19:29 in Europa - União Europeia, África - SADC | Permalink | Comments (0)
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Posted on 18/05/2021 at 17:47 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Informação - Imprensa, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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By Jonathan Browning, Matthew Hill, and Borges Nhamirre
Empresa pagou US$ 1 milhão à Nyusi por campanhas eleitorais: arquivamentos
Alegações são a última reviravolta em escândalo de dívida oculta de US$ 2 bilhões
A Privinvest Shipbuilding SAL e seu bilionário fundador Iskandar Safa colocaram o presidente moçambicano Filipe Nyusi no centro do escândalo da dívida de US$ 2 bilhões do país.
Documentos judiciais apresentados em Londres revelam que a empresa de construção naval e o empresário franco-libanês fizeram pagamentos a Nyusi e outros altos funcionários após negociação de contratos para projetos marítimos do governo. Eles negaram que as remessas eram subornos ou ilegais, e disseram que eram entendidas como doações de campanha ou para investimentos.
As alegações sobre os pagamentos estão contidas em processos judiciais em Londres que Privinvest e Safa apresentaram em resposta a um caso que o procurador-geral de Moçambique trouxe em 2019. O caso refere-se a US$ 2 bilhões em empréstimos que Moçambique emprestou de bancos, incluindo o Credit Suisse Group AG em 2013 e 2014, para pagar um sistema de proteção costeira e uma frota de pesca de atum.
Nyusi, que era o candidato do partido frelimo à presidência na época em que um pagamento foi feito a ele em abril de 2014, estava "no centro" das questões que o procurador-geral do país levantou em seu caso, disse Privinvest e Safa, que os promotores dos EUA disseram ser um bilionário. Os dois estão entre os 12 réus do caso.
'Presidente Isento'
Nyusi não era presidente no momento em que o pagamento foi feito e sob a lei moçambicana foi permitido receber doações políticas, disse o porta-voz da Frelimo Caifadine Manasse por telefone na sexta-feira, respondendo em nome do partido e de Nyusi a pedidos de comentário. A lei moçambicana proíbe os funcionários públicos de receber pagamentos pessoais.
"O presidente Nyusi está isento de dívidas ocultas e o partido Frelimo não tem nada a ver com dívidas ocultas", disse Manasse.
Um porta-voz do escritório do procurador-geral se recusou a comentar enquanto o caso ainda está no tribunal. Will Bowen, porta-voz do Credit Suisse em Londres, recusou-se a comentar.
Moçambique revelou em 2016 que não divulgou publicamente a maioria dos US$ 2 bilhões de empréstimos estrangeiros que levantou para financiar os projetos marítimos, violando as condições de um acordo do Fundo Monetário Internacional. Isso levou o FMI e um grupo de doadores europeus a suspender o financiamento ao governo, e no ano seguinte a nação inadimplente com sua dívida. O governo em 2019 reestruturou um Eurobond que ajudou a financiar o negócio. O governo reestruturou um dos títulos que financiaram o negócio, um Eurobond, em 2019.
Continue reading "Bilionário francês coloca líder moçambicano no centro do golpe da dívida" »
Posted on 18/05/2021 at 12:18 in Dívidas ocultas e outras, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Convém recordar que Dhlakama disse certa vez, em entrevista que concedeu após a derrota nas eleições presidenciais de 2014, que “a minha morte representaria o fim da oposição em Moçambique, uma vez que a pretensão autoritária do partido governamental iria se sobrepor aos princípios democráticos”...
O dia 3 de Maio de 2018 é considerado, pela opinião pública (nacional e internacional)1, como marcando um possível “fim da oposição” em Moçambique2. Foi nesta data que Afonso Dhlakama, antigo presidente da Renamo, perdeu a vida por doença, na sua base em Marínguè, onde se instalara em 2012. Desde a institucionalização de eleições pluralistas em Moçambique até à data da sua morte, Dhlakama concorreu contra todos os candidatos da Frelimo (1994 e 1999 – Joaquim Chissano, 2004 e 2009 – Armando Guebuza e 2014 – Filipe Nyusi), tendo sido, sempre, o segundo candidato mais votado nas eleições presidenciais3.
Leia aqui Download POLICY BRIEF-14 17052021
Posted on 18/05/2021 at 11:47 in Letras e artes - Cultura e Ciência, Opinião, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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A província de Tete, centro de Moçambique, face a um fluxo de imigrantes ilegais sem precedentes, reforçou a vigilância nos postos de controlo fronteiriço para evitar a situação de terrorismo que se vive em Cabo Delgado.
O porta-voz do Comando Provincial da Polícia de Moçambique em Tete, Feliciano da Câmara, diz que tudo está a ser feito para impedir que os insurgentes ligados ao Estado Islâmico alastrem os seus ataques armados àquela província, realçando que " esta é a maior preocupação que as forças policiais têm neste momento".
Feliciano da Câmara disse que foi reforçada a vigilância nos postos de controlo, ao mesmo tempo que se faz "a sensibilização das pessoas residentes em zonas fronteiriças sobre a necessidade de denunciarem a movimentação de pessoas estranhas, para impedir situações de insegurança como a que se regista em Cabo Delgado".
Ele assumiu que a imigração clandestina em Tete é muito preocupante e é facilitada por cidadãos moçambicanos corruptos.
Referiu que este ano já foram identificados pelo menos dez cidadãos "que se aliaram à rede de facilitação da imigração clandestina".
Mesmo assim, Feliciano da Câmara disse que este ano, o número de pessoas que entraram ilegalmente em Tete, diminuiu face a 2020. Nos primeiros seis meses de 2021, foram neutralizados 4.566 violadores de fronteira, contra 5.883 em igual período do ano passado.
Na vizinha província do Niassa, a polícia também reforçou a vigilância e diz ser fundamental a colaboração da comunidade na prevenção e luta contra o terrorismo, disse Alves Mate, chefe das Relações Públicas no Comando Provincial.
VOA – 18.05.2021
Posted on 18/05/2021 at 11:17 in Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Justiça - Polícia - Tribunais, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Reportagem especial
Que futuro para o gás Cabo Delgado? (Parte 2)
- mercado & mudanças climáticas
+ mercado de GNL & ciclones dependem de 1,5º ou 2º
+ Que decisão em dois anos? + 1,5º ou 2º?
+ Líquido zero
+ Metano
+ O gás irá em frente?
A parte 1 deste relatório - segurança + militar - foi distribuída domingo (mas faz parte do pdf)
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Parte 2 - Mais gás apenas em troca de mais ciclones
As empresas globais de gás só avançarão em Moçambique se houver acordo para permitir que as temperaturas globais subam o suficiente para que a crise climática global seja muito pior. Isso significaria um mercado contínuo de gás, mas ciclones, inundações e secas mais graves em Moçambique. É uma pechincha faustiana, para ganhar bilhões de dólares, mas para sofrer grandes danos. E Moçambique tem pouco a dizer neste acordo, porque será decidido na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26) em novembro deste ano em Glasgow e em conferências internacionais subsequentes.
A questão é se há acordo para limitar o aquecimento global a 1,5º C acima dos níveis pré-industriais. Moçambique já está sofrendo efeitos das mudanças climáticas, incluindo ciclones piores e mais do norte devido ao aumento da temperatura do mar. Mas um limite de 1,5º limitaria mais danos. As empresas de gás e os países produtores de gás estão assumindo que o limite será 2º, o que causaria grandes danos adicionais.
As empresas de gás aceitam que se o 1,5º é o limite, então deve ser um grande corte no consumo de gás e não há mercado para novos campos de gás, incluindo Moçambique. Mas com um limite de 2º, o mercado é enorme, inclusive para o gás Cabo Delgado. Uma batalha internacional continuará sobre o limite, mas quando a Total e a Exxon devem tomar decisões em dois anos, deve ser mais claro se Moçambique terá mais ciclones e mais dinheiro. Por enquanto, ninguém sabe.
Um futuro mais verde, ou uma armadilha?
"O gás acabou", disse Werner Hoyer, presidente do Banco Europeu de Investimento, em 20 de janeiro de 2021.
"Esta é uma partida séria do passado, mas sem o fim do uso de combustíveis fósseis inabaláveis, não seremos capazes de atingir as metas climáticas."
Apenas uma semana depois, em 27 de janeiro, o enviado climático dos EUA, John Kerry, alertou o Fórum Econômico Mundial de que se construirmos uma enorme infraestrutura de gás agora para usá-lo como combustível de ponte, e não esgotar as outras possibilidades, "ficaremos presos com ativos encalhados em 10 ou 20 ou 30 anos" que não são mais necessários.
E acrescentou: "O gás é principalmente metano e temos um enorme problema de metano, pessoal." "A megaposta dos supermajors do petróleo no gás natural: o hidrocarboneto menos sujo é um combustível de ponte para um futuro mais verde, ou uma armadilha?", perguntou uma manchete da Economist (24 abr).
"O futuro do combustível é mais nebuloso", acrescenta. "O debate está se intensificando sobre se o gás será uma ponte ou um beco sem saída." O Economist diz que os dois grandes players do gás moçambicano ainda estão olhando para o aumento da produção.
"A Total planeja dobrar suas vendas de GNL na próxima década, enquanto divulga seus planos para reduzir as emissões de metano. A ExxonMobil calcula que seus novos investimentos em captura e armazenamento de carbono limitarão as emissões e apoiarão seus negócios tradicionais."
Que decisão em dois anos?
Em dois anos, quando a Total e a ExxonMobil tomarem decisões sobre se devem ou não ir em frente, dois conceitos aparentemente abstrusos sobre mudanças climáticas desempenharão um papel central em saber se eles acham ou não que há um mercado para o gás.
Estes serão intensamente debatidos pelos cientistas e políticos na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP 26) em novembro deste ano (2021) em Glasgow - e depois.
Moçambique não terá nada a dizer nestes debates de alto nível, mas o impacto será enorme. Basicamente, a bonança do gás e a riqueza fabulosa para Moçambique só acontecerão se os líderes mundiais concordarem com ciclones, inundações e secas muito piores em Moçambique. E os moçambicanos não têm voz nas decisões tomadas sobre suas cabeças.
O debate é sobre duas metas para 2050, discutidas abaixo. A primeira é que o acordo de Paris de 2016 sobre mudanças climáticas concordou com um compromisso político que está se mostrando central para o debate. Estabeleceu a meta legalmente vinculativa "de limitar o aquecimento global a bem abaixo de 2º, preferencialmente a 1,5º Celsius, em comparação com os níveis pré-industriais". Meio grau pode parecer minúsculo, mas 2º permite um boom de gás ao mesmo tempo que causa danos climáticos significativos a Moçambique, enquanto 1,5º significa que não há gás, mas ciclones menos prejudiciais, inundações e secas em Moçambique, a indústria de petróleo e gás quer 2º e terá que decidir nos próximos dois anos se isso será permitido.
A segunda meta debatida são as emissões de carbono "líquidas zero" até 2050.
A discussão mudou substancialmente nos últimos dois anos. A crise climática está piorando, e o gás é visto como apenas mais um combustível fóssil, parte do que se tornou uma única palavra "carvão-petróleo-gás". A pressão é sobre os bancos e fundos de pensões para não emprestar e investir em qualquer combustível fóssil - incluindo gás - e as empresas de energia estão sob pressão para parar de produzir combustíveis fósseis e mudar para renováveis.
Posted on 18/05/2021 at 00:55 in Ambiente - Ecologia - Calamidades, Cabo Delgado e Niassa - Ataques e incidências, Gás - Petróleo - Biodiesel, Política - Partidos | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/05/2021 at 23:39 in História, Informação - Imprensa, Portugal | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/05/2021 at 23:16 in Opinião, RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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Posted on 17/05/2021 at 21:29 in RADIO - TV | Permalink | Comments (0)
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