Assistência aos deslocados repatriados da Tanzânia
Maioritariamente obrigados a deixar a vila de Palma por conta do ataque terrorista de 23 de Março e posteriormente deportados da Tanzânia, os deslocados aglomerados na região fronteiriça de Negomano, distrito de Mueda, província de Cabo Delgado, já começaram a receber apoio alimentar do Programa Mundial Alimentar (PMA).
Os apoios estão a chegar há pouco mais de duas semanas. Segundo se sabe, Negomano era um dos pontos da província que, infelizmente, não recebia apoios, mas esforços daquela entidade das Nações Unidas foram feitos a ponto de, neste momento, a população deslocada está a ter ajuda, particularmente alimentar.
Dos produtos que constituem o kit de apoio, destaque vai para arroz, óleo de cozinha e ervilha. Contudo, fontes locais continuam a relatar um verdadeiro ambiente de penúria e vulnerabilidade.
As autoridades tanzanianas não querem que os moçambicanos fixem residências naquele território, mesmo na zona fronteiriça de Ntambaswala.
Porém, têm estado a admitir que os deslocados moçambicanos atravessem a chamada ponte da unidade, de Negomano para Ntambaswala, simplesmente para, no mercado local, fazer algumas compras.
Ainda de Mueda chegaram-nos informações dando conta da disponibilização, pelo Governo distrital, de alguns espaços para os deslocados erguerem tendas residenciais e para a prática de pequenas actividades agrícolas.
A distribuição de espaços acontece nos bairros Eduardo Mondlane e Idovo, redondezas da vila sede. A cerimónia foi dirigida pelo Secretário Permanente do distrito, Albertino Manamba. Enquanto isso, as acentuadamente degradadas infra-estruturas do Clube de Desportos de Mueda continuam a servir de local de recepção e trânsito de deslocados que, incessantemente, continuam a chegar ao distrito.
MEDIA FAX – 09.06.2021