Por Francisco Nota Moisés
Cabo Delgado: ICG defende que solução passa também por "diálogo com insurgentes" (2)
' "International Crisis Group sugere que o Governo de Moçambique combine resposta militar, apoio às comunidades e diálogo com jihadistas. "É necessário pressioná-los à rendição, mas também lhes oferecer uma saída". Especialistas do International Crisis Group (ICG) divulgaram esta sexta-feira (11.06) um relatório sobre a crise de segurança em Cabo Delgado. Para a ONG internacional especializada em conflitos armados, o Governo de Moçambique deveria combinar uma resposta militar com apoio às comunidades frustradas e diálogo com o grupo armado em atividade na região." '
Foi me difícil de entender o que este grupo de ignorantes instalados em Bruxelas que se intitulam International Crisis Group ou seja Grupo para Crises internacionais. Tudo o que se diz como tendo sido dito por esse grupo que alega ser especialista em crises internacionais e nas suas resoluções indica que estes indivíduos não entendem aquilo que está se passar em Moçambique e não fazem menos do que regurgitar as palavras de algumas pessoas em Moçambique ou doutros ignorantes como eles no exterior.
A Frelimo pressionar os rebeldes do Norte à rendição? Como é que os coxos e aleijados da Frelimo que rebeldes bateram e continuam a bater podem pressionar os rebeldes?
Como se a sua suposição de que a Frelimo está a levar a melhor na guerra não fosse uma autêntica asneira que brada aos céus, esses homens de Bruxelas falam da necessidade de diálogo entre os terroristas da Frelimo e os rebeldes que eles apelidam de jihadistas. Qual diálogo? Alguns frelimistas como aquele líder religioso muçulmano que disse que não se entendia porque é que os rebeldes estavam a lutar em vez de apresentar as suas queixas à Frelimo para esta as revolver. Desde quando a Frelimo foi democrática e aceitou críticas e quis falar sobre o que não anda bem com seja o que seja? Outros frelimistas como Felipe Nyusi, Joaquim Chissano, Alberto Chipande, Omar Saranga, o tal porta voz da tropa da Frelimo, que apelaram aos rebeldes para negociar, eles o fazem visto que os rebeldes estão a chamboqueá-los.
Será que esses senhores teriam dito o que dizem se a Frelimo estivesse a ganhar na guerra contra os rebeldes? Se os terroristas da Frelimo estivessem a ganhar, estaríamos somente a ouvir vozes apelar a soldadesca terrorista da Frelimo para esmagar os rebeldes. E porque é que estes indivíduos querem que os rebeldes que estão a bater os seus homens armados da Frelimo negoceiem a sua saída do conflito com a Frelimo.
Não seria também digno e justo que os apoiantes dos rebeldes apelem aos rebeldes para esmagar os bandidos armados da Frelimo?
Este grupo de ignorantes de Bruxelas diz que a Frelimo deve combinar a força militar com medidas que possam aliciar os descontentes ao seu lado para não continuarem com a sua luta da libertação nacional contra o jugo da opressão da Frelimo. Pelo que se sabe, até então os frelimistas não falam da sua má gestão, da exclusão dos nativos da parte nortenha de Moçambique, e de facto de todo Moçambique, dos recursos naturais das suas regiões que só beneficiam os lideres do regime terrorista da Frelimo e podem beneficiar aventureiros como a Total.
Falando ao corpo diplomático em Maputo algumas semanas atrás, o terrorista-mor Felipe Nyusi ridiculizou aqueles que dizem que existem assimetrias na distribuição dos recursos em Cabo Delgado, enfatizando que não há pobreza na região nortenha e que o seu regime não tinha excluído a gente da raia miúda dos recursos naturais daquela parte do pais. E como é que esses ignorantes de Bruxelas esperam que o regime de Felipe Nyusi vá implementar uma politica de inclusão quando ele próprio diz que não há exclusão de ninguém?
Todavia, toda esta conversa de introduzir programas de inclusão numa região que está parcialmente ocupada pelos rebeldes e onde não há estabilidade no resto da província não faz sentido. Tal inclusão só podia ter sido feita antes da eclosão da guerra e não numa região agora em guerra ou pode ser possível com um cessar fogo e com a participação dos rebeldes que controlam uma grande parte de Cabo Delgado. Os frelimistas não podem implementar programas de desenvolvimento em regiões que não controlam e onde podem receber tiros quando tentarem ir para la.
Em conclusão, esses senhores de Bruxelas só falam por falar para dizer as suas próprias asneiras enquanto não entendem nada da realidade do que falam. A verdade é que os rebeldes do Norte não são impolíticos como aqueles senhores da Renamo que fazem coisas sem prever o que pode prejudicar a sua organização que agora se tornou numa autêntica cambada de bandidos desarmados, enquanto anteriormente a Frelimo os chamava Bandidos Armados.