Por Francisco Nota Moisés
QUANDO A FRELIMO DIZ QUE ESTÁ A BATER OS REBELDES E NA VERDADE É ELA QUE ESTÁ SENDO BATIDA A VALER (Vídeo do YouTube colocado por Frank fornece detalhes)
Por Francisco Nota Moisés
STV-Jornal da Noite 03.06.2021(video) (3)
Frank said..."Investigação do The New York Times sobre a situação em Palma intitulada "How Mozambique Failed a Town Attacked by Militants." Pode-se ver aqui: https://youtu.be/5e7QWV9LB_c"
Este vídeo com o titulo de "Como Mocambique nao foi capaz de proteger uma cidade atacada por Militantes" apresenta a investigação que o jornal The New York Times fez sobre o blitzkrieg, ou seja ataque estrondoso. que os rebeldes montaram contra Palma a partir do dia 24 de Março do ano corrente e como é que as tropas do regime da Frelimo agiram ou, para bem dizer. não conseguiram actuar em defesa da urbe.
A reportagem diz que não era questão de se os rebeldes iam atacar ou não. Era questão de quando o ataque seria feito. E quando os rebeldes desencadearam a sua operação, fizeram-no como se estivessem a seguir um texto didático sobre táticas militares. Tomaram posição pela praia ao sul da urbe e encetaram avanços para bloquear reforços por veículos militares por terra, cortando e controlando as vias terrestres de acesso do norte, do ocidente e do sul para forçar os defensores a ir para o mar como única via de saída para eles.
Quando o ataque começou, uns militares do governo tentaram resistir antes de desistirem enquanto outros soldados do regime fugiram sem disparar contra os atacantes.
Uns 750 soldados da Frelimo permaneceram nas suas posições dentro do perímetro da defesa do projecto da Total em Afungi em vez de saírem para confrontar os atacantes que ocupavam a cidade.
A reportagem diz que 90 (noventa) por cento da população de Palma ficou na urbe durante o ataque enquanto que um certo numero de populares apavorados saíram a correr. E uma rapariga ou uma mulher jovem disse que ela saiu da sua casa e meteu-se no mato e andou uns 100 kms até chegar onde estava, provavelmente em Pemba. Ela não disse que viu os rebeldes a matar pessoas e o vídeo não mostra cenas de chacinas para além de casas destruídas e fogos que ardiam como se fossem depósitos de gaz ou de petróleo.
Durante a confusão do ataque, uma multidão da população fugitiva aglomerou-se na entrada do projeto de Afungi a espera do governo ou da Total a evacuar, mas nada aconteceu visto que o pessoal da Total estava mais preocupada com a sua própria salvação, recuo e fuga. Um avião do governo que tentou aterrar no aeroporto de Palma foi alvejado, forçando-o a recuar e nunca mais regressou para tentar aterrar naquele aeroporto. E três helicópteros militares do governo que tentaram actuar na urbe foram alvejados e forçados a recuar e não tentaram mais uma vez regressar para atacar os rebeldes.
O vídeo mostra umas poucas cenas de rebeldes que podiam ter sido imagens doutras guerras no continente africano, dizendo que as imagens tinham sido fornecidas pelo Estado Islâmico (EI). A reportagem duvidou que houvesse ligações entre o EI e os rebeldes do Norte. O vídeo tem imagens não claras de satélite mostrando o que parecia serem rebeldes a movimentarem-se durante o ataque a Palma.
A reportagem mostrou também um navio no mar operado pelo governo que podia evacuar pessoas deslocadas.
O vídeo disse que os helicópteros dos mercenários estiveram preocupados com a evacuação do pessoal da Total, principalmente do Hotel Amarula, donde evacuaram algumas pessoas e dois cães que foram mostrados em vez de trabalhadores.
A reportagem falou e mostrou alguns dos veículos destruídos na emboscada dos rebeldes quando tentavam sair de Amarula para se dirigir a praia.
O vídeo termina dizendo que os rebeldes saíram da cidade depois duma semana, enfatizando que, apesar da sua retirada, tiros constantes continuaram a soar na urbe sem dizer se eram alguns rebeldes que continuaram na urbe ou que era a tropa nervosa da Frelimo a disparar por medo.
Sabe-se, porém, que a tropa que a Frelimo disse reocupou Palma se retirou da urbe para a seguranca do perímetro da segurança de Afungi.