A missão militar da África Austral em Moçambique (SAMIM) abateu 20 rebeldes e registou três baixas desde o início das operações de apoio às forças moçambicanas no combate à insurgência armada em Cabo Delgado, a 9 Agosto.
A informação foi avançada em conferência de imprensa nesta quinta-feira, 14, em Maputo, pelo chefe da missão, que não indicou os locais das baixas, nem a nacionalidade dos insurgentes mortos.
Comandante da Força Ruandesa, vice-comandante da Força da SADC, comandante do Exército de Moçambique, Cristóvão Chume, comandante da Componente Policial do Ruanda e comandante da Força Tarefa
“As estratégias da força para erradicar o terrorismo em Cabo Delgado prosseguem de forma satisfatória, tendo sido desactivadas bases dos grupos armados, mas é importante garantir que as causas da insurgência também sejam eliminadas”, alertou Mpho Mpho Molomo.
“As questões do desemprego da juventude existem e devem ser abordadas” disse Molomo, que manifestou também a sua preocupação com a necessidade da ajuda humanitária.
“Convidamos os nossos parceiros de cooperação internacional para que nos apoiem de todas formas possíveis, porque entendemos que uma paz duradoura em Moçambique não pode ser garantida apenas na dimensão militar”, disse.
Ontem as chefias militares das forças de Moçambique, do Ruanda e da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) reuniram-se durante mais de quatro horas em Mocímboa da Praia para analisar a situação no teatro operacional norte, perspectivar as acções futuras e, sobretudo, melhorar a capacidade de coordenação na luta contra o extremismo violento.
Cristóvão Chume, comandante do Exército moçambicano, disse na ocasião que todas as bases “conhecidas” dos terroristas já foram descobertas e desmanteladas, e que o objectivo agora é cortar todas as linhas de comunicação entre o local onde os insurgentes possam estar e onde podem conseguir comida.
VOA – 14.10.2021
NOTA: Se só foram mortos 20 insurgentes, onde estão os restantes?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE