Por Francisco Nota Moisés
Semanário ZAMBEZE 977 28.10.2021(capa) (2)
O regime terrorista da Frelimo esta em crenças. Pensavam os terroristas da Frelimo que matar o heroico Mariano Nhongo seria o fim da revolta popular que eles apresentavam como uma luta interna da Renamo entre o traidor Ossufo Momade e os dissidentes que não acataram o seu acto repreensível de traição à Frelimo, traição esta que começou com a ingenuidade de Afonso Dhlakama que entregou à derrotada Frelimo a vitoria dos valorosos combatentes da Renamo contra a própria Frelimo, os seus aliados do Zimbabwe, da Tanzânia, de Cuba e da então União Soviética.
Digo traição e porque digo traição? Não fazia sentido negociar com o regime terrorista da Frelimo que a Renamo tinha derrotado e isto Afonso Dhlakama fê-lo depois dos seus generais e comandantes lhe terem dito que eles não gramavam a ideia da Renamo negociar com os frelimistas visto que "não confiavam na Frelimo," assim me disse o próprio Dhlakama em Sofala em Janeiro de 1989. E o homem foi negociar numa posição de fraqueza e terminou por ser politicamente embrulhado por Joaquim Chissano, o então chefe do regime terrorista da Frelimo em Maputo.
O regime terrorista vem agora que depois da morte do Nhongo, a Junta Militar tem um novo líder que se destacou como um destemido comandante que sempre derrotava os homens armados da Frelimo, até que chegou de se dar ou de ser dado o apelido de Massiafumbi, o que em Sena "quer dizer a pessoa que levanta e deixa poeira atrás dele." Estou em crer que tal não seja o verdadeiro nome do novo comandante supremo da Junta Militar. Esse poderá não querer perder o tempo como Nhongo fazia, ficando à espera para a Frelimo negociar com ele, o que no fim e ao cabo fez com que ele perdesse a iniciativa no terreno. Não compreendeu que a Frelimo nunca iria negociar com ele enquanto o seu regime terrorista acreditava que estava a levar a melhor. Ele não quis ordenar às suas bases em Sofala, Manica, Tete e Niassa para empreender ataques que atrapalhariam e distrairiam as forças terroristas da Frelimo.
Quanto à situação no Norte, a Frelimo e os seus aliados que lhe apoiam como os ruandeses, sul africanos e outros das pequenas republicas bananas da Africa Austral andam atrapalhados a ponto de não saberem o que fazer para alem de espalharem informações propagandísticas e acusarem os rebeldes de estarem a matar e a degolar civis, coisa que os terroristas da Frelimo e os seus aliados fazem. O que eles não compreenderam é que os rebeldes eram guerrilheiros que iriam evitar combates com forças superiores e recorreriam a emboscadas e a pequenos ataques de surpresa que minariam as forças terroristas da Frelimo e dos seus aliados. É o que está acontecendo agora como aconteceu aos americanos e aos seus aliados no Vietname e no Afeganistão onde as forças imperialistas terminaram por ser estrondosamente derrotadas.
É mais do que uma realidade agora que o tempo está ao lado dos rebeldes no Norte, e que, ao fim e ao cabo, minarão e derrotarão os ruandeses, os sul-africanos do Cyril Ramaphosa e outros pequenos contingentes de soldadescas terroristas de Ruanda, do Botswana, Lesotho, Zimbabwe, Tanzânia.