Arsenal de ponta capturado de mãos terroristas
Quantidades consideráveis de material de guerra, incluindo armamento com aspecto novo foram recuperadas pela força conjunta governamental das mãos de grupos terroristas, depois de as bases destes últimos terem sido atacadas e ocupadas pelas Forças de Defesa e Segurança de Moçambique, numa missão que, no distrito de Macomia, conta com a presença e participação da Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral em Moçambique (SAMIM, na sigla em inglês).
As imagens que circulam desde a manhã desta terça-feira mostram quantidades significativas de granadas lançadas por foguete, metralhadoras AK47, entre outras variedades de armamento. As imagens mostram, igualmente, a bandeira do Estado Islâmico e alguns livros usados pelo grupo, acredita-se para doutrinação nas bases atacadas.
O material terá sido recuperado em recentes ofensivas da força conjunta (FDS/SADC), que incide sobre as novas bases montadas pelo grupo terrorista nas margens do rio Messalo, região do Posto Administrativo de Chai, distrito de Macomia, província de Cabo Delgado.
Acredita-se que as bases sobre as quais as Forças de Defesa e Segurança têm estado a prestar maior atenção nos últimos tempos tenham sido montadas e fortificadas depois da expulsão dos grupos atacantes de várias bases que tinham estabelecido no distrito de Mocímboa da Praia. Há uma semana, recorde-se, a SAMIM confirmou as ofensivas, numa nota que também anunciou o registo de baixas do lado da força conjunta, assim como a perda de algum equipamento de guerra, depois de emboscadas sofridas a leste da aldeia Chai.
O ministro da Defesa Nacional, Cristovão Chume, também falou das ofensivas e, na ocasião, assegurou que o líder do grupo, Bonomade Machude Omar estava nas bases atacadas e ocupadas. Pelo arsenal que terá sido capturado, pode-se dizer que o grupo ainda estava capacitado para preparar novas ofensivas contra as FDS, particularmente do ponto de vista de emboscadas às colunas militares, que parece ser a principal estratégia dos grupos, nos últimos tempos.
Novo ataque em Mecula
Enquanto isso, o distrito de Mecula, província do Niassa, continua a ser fustigado pelos grupos armados. Informações a que o mediaFAX teve acesso indicam que os terroristas atacaram, nesta segunda-feira, por volta das 9 horas, a aldeia Alassima, a 7 km de Mecula sede. Na ocasião, queimaram casas da população e raptaram sete pessoas do sexo masculino.
Inicialmente, onze era o número total dos raptados. Entretanto, a meio do caminho, quatro mulheres foram libertas. O que se diz é que a libertação aconteceu sob um acordo prévio. Que as mulheres fossem a Mecula sede informar as FDS que, a qualquer momento, a vila distrital seria atacada.
MEDIAFAX – 29.12.2021