Por Francisco Nota Moisés
Samora matou meu irmão por Edwin Hounnou (2)
"A intolerância política era a pedra de toque do regime samoriano que, em grande medida, precipitou o país na guerra dos 16 anos que destruiu a economia nacional, ceifou vidas humanos e o tecido social. O atirar as culpas da guerra dos 16 anos aos então regimes racistas do Apartheid que vigorava na África do Sul e na Rodésia do Sul, hoje Zimbabwe, ignorando as causas internas, é uma fuga para frente, é mentir ao povo e à História. ...Existem causas internas que desempenharam um papel preponderante para que o país pegasse fogo. O regime julgava-se acima de todos e dispunha do destino de cada moçambicano. Não havia espaço para uma opinião diferente para além da “linha correcta". O povo lutou contra o ocupante estrangeiro, o que aplaudimos, mas, a seguir não logrou a liberdade. O povo saiu de um opressor estrangeiro branco para ser oprimido por um preto nacional. O povo caiu em precipício onde não se podia falar, nem pensar diferente. As liberdades individuais como o movimento livre e de reunião foram eliminadas. Matava-se com base em intrigas. Uma mentira era quanto bastava para ser preso e morto. Passou-se a viver num país atípico onde o amanhã era uma incerteza."
Edwin Hounnou está de parabéns por ter tido a coragem de chamar o regime da Frelimo pelo seu verdadeiro nome de Hediondo e Desumano. Edwin Hounnou não é o pioneiro na luta contra a natureza terrorista da Frelimo. Sim, ele assaltou Samora Machel em termos ainda mais ligeiros do que eu tenho feito. Eu e outros conhecemos a natureza demoníaca de Samora Machel e da terrorista Frelimo desde os anos de 1960. Fomos nós, enquanto eu era meramente um rapazinho, mas cheio de galhardia na altura, que confrontamos os monstros e assassinos da liderança da Frelimo e travámos uma luta renhida, às vezes física, contra o ditador e tirano Eduardo Mondlane que a Frelimo apresenta como herói, fundador da Frelimo e obreiro da unidade nacional e com tanto outros elogios que de verdade nada tem.
Para os que conheceram a camarilha banditesca da liderança da Frelimo, ninguém deve acreditar nas suas mentiras e deturpações da verdade.
Hounnou está de parabéns por repisar aquilo que eu sempre disse quando disse que as guerras civis que assolaram e assolam Moçambique incluindo a actual guerra no Norte do país tem as suas causas na tirania ateista, nazi, estalinista, maoista e polpotista da Frelimo, e não por um Islamismo e outra asneira da imaginação da Frelimo. Infelizmente, alguns incluindo aqueles a quem a Frelimo chamou nomes feios no passado como bandidos armados hoje se aliam a essa mesma Frelimo para apelidar os rebeldes do Norte como "terroristas" enquanto e a Frelimo que são os verdadeiros terroristas. A guerra civil dos 16 anos foi causada pela tirania da Frelimo e nada por agentes do colonialismo ou imperialismo, racistas rodesianos ou por tais racistas sul africanos.
Samora Machel era mesmo o epítome da ignorância mesmo de coisas africanas. Desde quando é que um feiticeiro precisa de um agente colaborador para entrar na residência de alguém? O ignorante não sabia que havia três tipos de afiti (feiticeiros/feiticeiras) na concepção dos africanos.
1.Existem feiticeiros que na sua actuação, usando poderes sobrenaturais, tornam-se invisíveis e passam barreiras físicas sem fazer qualquer barulho que seja. Somente pessoas com poderes também sobrenaturais podem vê-los/las. Caso concreto: em 1966, estive de férias na minha aldeia vindo do Seminário de Zobué. Passei a minha primeira noite na residência do meu tio Lino com dois primos meus incluindo um de nome António que sempre andava em transas visto que os espíritos queriam que ele se tornasse curandeiro. Pensei na manhã do dia seguinte quando abri os olhos depois de acordar que tinha passado bem a noite, mas eis que Antônio nos surpreende dizendo na nossa língua de sena: imue mukhagona pianu masiku na akazi akhadapita muno na ine ndaathamaguisa, para dizer (vocês estiveram a dormir quanto akazi (feiticeiras} entraram no dormitório e eu corri com elas.)
2, Existem aqueles sem dons sobrenaturais, mas que vão aos curandeiros quando querem escangalhar as vidas daqueles que eles não gostam. Esses não precisam de entrar nas residências de ninguém e há finalmente aqueles que
- Cujo olhar e palavras podem maldizer outros e lhes causar maldições. E esses também não precisam de entrar nas residências daqueles que eles querem prejudicar.