Dispersão e actuação terrorista em pequenos grupos (2)
Uma autêntica dor de cabeça
"As novas estratégias adoptadas por grupos terroristas, depois de terem sido desalojados de várias bases, está a transformar-se numa autêntica dor de cabeça, tanto para as Forças de Defesa e Segurança, assim como para as forças amigas do Ruanda e as integradas na Missão Militar da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SAMIM, na sigla em inglês). A dor de cabeça e o pesadelo estende-se para a população local, que continua a não ter paz e tranquilidade. Mais ainda, a população local continua a ver as suas residências vandalizadas e incendiadas, bens destruídos e pilhados, assim como assassinato de parentes. Esta tem sido a realidade em muitas aldeias das zonas centro e norte de Cabo Delgado, nos últimos dias. Com efeito, depois da série de ataques que teve lugar nas últimas semanas, em acções protagonizadas por grupos terroristas bastante reduzidos do ponto de vista numérico, a estratégia continuou a fazer vítimas ao longo do último fim-de-semana."
Numa guerra quando se luta contra um inimigo, não há nenhum método de lutar que seja injusto. Certamente, quando alguém está na sua palhota a ferver água para cozer massa (ntsima em sena, sadza na língua Shona de Roberto Mugabe e Mnangagwa, ugali em swahili), a pessoa pode lançar a agua ebuliente contra a serpente para paralisá-la e matar ou pode gritar para os seus vizinhos lhe prestar ajuda para eliminar o perigo.
Os destemidos combatentes do Norte conhecem a guerrilha. Quando os terroristas ruandeses de Paul Kagame entraram, eles viram-se inferiorizados perante os blindados dos terroristas ruandeses e seguiram à letra o ensinamento do saudoso camarada presidente Mao Tse-Tung que diz que guerrilheiros devem evitar combater o inimigo em situações que não lhes são favoráveis e que são favoráveis aos seus inimigos. Os valorosos combatentes recuaram, contra-atacando os invasores quando lhes era favorável e para distrai-los
E assim saíram de Palma e de Mocímboa da Praia aonde regressarão mais tarde depois de eliminarem o inimigo nas matas. E eles não estão longe de Palma e nem de Mocímboa da Praia que não tem residentes e onde a preocupação da Frelimo e dos ruandeses é de entrar nas habitações abandonadas cada dia à procura de rebeldes que possam estar escondidos e a procura de armas.
Tanto os bandidos da Frelimo como os terroristas ruandeses como os matsotsis das repúblicas bananas da SADC nunca surpreenderam os gloriosos combatentes moçambicanos nas suas bases como eles tem alegado. Os agressores as encontraram sempre abandonadas, tendo os destemidos guerreiros desertado das suas posições para lugares mais seguros. E o que fizeram em Palma e na Mocímboa da Praia onde evitaram confrontações com os terroristas ruandeses.
Depois de seguir as movimentações do inimigo e saberem por onde passavam os agressores, em pequenos grupos os rebeldes passaram a empreender ataques de surpresa como a emboscada que devastou os matsotsis em Chai onde perderam homens e material bélico e um numero considerável dos terroristas da Frelimo foram postos fora de combate.
E esta estratégia de operar em pequenos grupos exaspera e dá dor de cabeça aos seus inimigos que passam o tempo a estremecer, transpirar e a bufar com medo visto que rebeldes agem como fantasmas.