Por Francisco Nota Moisés
Cabo Ligado Semanal 80 09.01.2022 (2)
RESUMO DA SITUAÇÃO
"A época de festas foi sangrenta no norte de Moçambique, com a violência a continuar tanto no sudeste como no noroeste da zona de conflito... Essa linha de propaganda tem pelo menos duas utilidades para os insurgentes. Em primeiro lugar, indica a crença da insurgência na sua permanência no distrito de Macomia, um distrito que as forças da Missão de Força em Estado de Alerta da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique (SAMIM) têm a principal responsabilidade de proteger. Com o mandato do SAMIM a chegar ao fim e a extensão ainda por decidir até a data do incidente, a demonstração de força da insurgência em Macomia destina-se provavelmente, em parte, a intimidar os governos da SADC sobre os custos de permanecer em Moçambique. Em segundo lugar, o conteúdo da mensagem faz lembrar o problema táctico central enfrentado pelas forças moçambicanas e aliadas na grande maioria do conflito: a sua capacidade de operar é severamente restringida quando saem das estradas principais porque o seu equipamento e treino são baseados em torno de blindados em infantaria ou de capacidade de assalto aéreo. Ao defenderem que a dinâmica tática não mudou, os insurgentes argumentam a uma audiência civil que os interventores estrangeiros não alteraram os fundamentos do conflito, apesar dos sucessos ruandeses nos distritos Mocímboa da Praia e Palma."
Esse artigo de Cabo Ligado é muito interessante para alem de ser uma clara demonstração de que contrariamente ao que o regime terrorista de Maputo e os seus amigos de Ruanda e os das republicas bananas da Africa austral dizem, a força dos rebeldes cresceu, em vez de ter diminuído, ao ponto de estarem atacar constantemente muitas posições inimigas. Embora, o que o artigo diz e contado numa linguagem tendenciosa e propagandística, as mentiras já não convencem a ninguém que os rebeldes estejam a mover uma guerra contra os populares. E há na verdade indicações de que são as forças da Frelimo, principalmente os seus chamados milicianos, que cometem sevicias contra os populares como torturas e não os rebeldes como a propaganda do regime terrorista canta. Tais mentiras não passam duma propaganda que não salvará a Frelimo.
Mais de noventa por cento (90%) deste artigo de sete páginas fala das ações dos rebeldes que já aprenderam lições de como lidar com as forças da Frelimo e dos invasores estrangeiros que estão mal equipadas e basicamente mal treinadas contra uma guerra de guerrilha. Os rebeldes descobriram que as tais forças da SADC e ruandesas não estão preparadas para combates nas matas por terem as suas armas de infantaria montadas em blindados que circulam nas estradas e não se atrevem a sair para as matas. Tal modus operandi da Frelimo, dos ruandeses e da SADC expõem as suas forças a emboscadas dos rebeldes.
A primeira fase da guerra entre os rebeldes e os militares que apoiam as forças terroristas da Frelimo provou ser um fracasso para a Frelimo e para os invasores por causa de muitas razões como a falta de efectivos, apoio aéreo, e material adequado para enfrentar os rebeldes e também por falta de financiamento. O novo prazo de três meses que foi decretado com 29,000,000 dólares depois do primeiro de 2 meses está condenado a fracassar. Esta quantia de dinheiro também demonstra que os tais aliados não tem um plano financeiro para empreender a guerra que não custa nada aos rebeldes que estão armados com armas tomadas a Frelimo e obtidas das forças tanzanianas e agora já com algumas armas capturadas aos sul africanos.
O artigo salienta que não há nada que indique que os rebeldes obtém armas vindas de zonas alem da região onde eles operam. Navios da marinha sul africana nem as dos franceses e nem dos americanos no Indico foram até então capazes de prender quaisquer embarcações com armas destinadas aos rebeldes. Este facto desmente a alegacão da Frelimo de que os rebeldes obtém armas de fora. A propaganda da Frelimo se desmascara e só imbeciliza aqueles que acreditavam nela e que se meteram no conflito interno dos moçambicanos que não lhes diz respeito.