Por Francisco Nota Moisés
Sobrevivente recua no tempo e conta como foi ataque a Mocímboa da Praia em Março de 2020 (2)
"Abdul Rassul vivia no bairro de Unidade, no distrito de Mocímboa da Praia, defronte ao quartel dos fuzileiros navais, quando os terroristas invadiram aquela vila municipal do norte da província de Cabo Delgado, em Março de 2020. Hoje reside em Pemba, no bairro da Expansão. Em conversa com “Carta”, Rassul, que é funcionário público e viúvo, começou por explicar que chegou a Mocímboa da Praia em Abril de 2017, vindo do distrito de Chiúre. À sua chegada, o distrito de Mocímboa da Praia estava infestado por cidadãos estrangeiros, na sua maioria de origem somaliana, tanzaniana e congolesa. Conta que, a partir das 17:00 horas, estes treinavam com catanas, tendo os seus rostos cobertos. Afirma que, na altura, todas as pessoas se mostravam preocupadas com a situação, tendo por várias vezes denunciado tais actos, mas nunca houve processo judicial contra as referidas pessoas. Nas reuniões inter-religiosas, os membros do grupo abandonavam o local aos gritos."
Parece-me que em Moçambique as pessoas podem fabricar histórias pare tentar explicar acontecimentos contra o regime terrorista da Frelimo e para o regime fugir da verdade sobre a sua natureza hedionda e encontrar algures como nos tanzanianos, somalianos e congoleses as razões das revoltas populares que o confrontam. Não duvido que pessoas em Moçambique possam ler esta fabricação que aparece neste conto acima sublinhada como explicação da revolta popular agora em curso no norte do pais para não tomar em conta a natureza terrorista da Frelimo que causou a guerra do norte por causa do seu terrorismo contra os muçulmanos, a sua extrema brutalidade nas minas de pedras semi-preciosas onde a sua policia apareceu armada de AK-47s, cães, gás lacrimogênio e bastões e onde prendeu mineiros ilegais, fuzilou e enterrou muitos deles vivos.
O regime terrorista da Frelimo também moveu pessoas das suas terras para lugares inférteis sem compensação e apoio de qualquer natureza que posse para entregar as suas terras a companhias de exploração de gás como Anadarko, Total e outras.
Apesar dos terroristas da Frelimo reclamarem que Cabo Delgado era o berço da sua "luta pela independência" e que durante a tal sua guerra contra a administração portuguesa Cabo Delgado já tinha escolas, colégios, universidades, clinicas e hospitais. Tais instituições só existiam na cabeça baralhada de Sérgio Vieira, o propagandista-mor dos terroristas da Frelimo. A verdade era que os terroristas da Frelimo não controlavam grande coisa no norte de Moçambique perante as poderosas forças armadas portuguesas.