RESUMO
O presente artigo pretende mostrar o processo de africanização das Forças Armadas Portuguesas (FAP) e as suas forças auxiliares em Moçambique. Como uma estratégia portuguesa, buscou diminuir recursos humanos oriundos da metrópole
para conseguir respostas mais efetivas aos movimentos guerrilheiros pró-independência. Inicialmente, as tropas portuguesas em conflito eram compostadas, maioritariamente, por soldados recrutados na metrópole, esses soldados, em grande maioria, cumpriam uma comissão militar de cinco anos*; na medida em que a guerra foi avançando no terreno, o regime do Estado Novo passou a incorporar os africanos nessa instituição militar.
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- As comissões no então ultramar eram de dois anos e não de cinco.
NOTA: Pena foi que a africanização das Forças Portugueses fosse tímida, apesar de em 1974 já representarem mais de 50% dos efectivos militares. Antes do início da guerra, Moçambique só tinha tropas do recrutamento local enquadrados por oficiais oriundos da metrópole.