Por Francisco Nota Moisés
"... A Reserva Florestal de Catupa, uma área de 250 quilómetros quadrados a leste de Chai em Macomia. O destacamento foi confirmado pelo Ministério da Defesa do Ruanda. ... fontes falaram sobre patrulhas diárias das forças ruandesas em torno de Chai, Quiterajo, e Mucojo, bem como de um recolher obrigatório nocturno na vila de Macomia. Fontes dizem que o destacamento veio a pedido das autoridades moçambicanas e faz parte de um movimento mais amplo para que as forças ruandesas reforcem as operações de segurança fora das suas Áreas de Responsabilidade (AOR). As forças da SAMIM, fomos informados, não fazem parte da operação, embora isso se enquadre na sua AOR, apesar das autoridades ruandesas as descrevam como operações conjuntas. A zona de Catupa apresenta terreno muito difícil para operações de contrainsurgência, com floresta densa e múltiplos barrancos e ravinas íngremes. Foram relatados confrontos ferozes entre insurgentes e “forças aliadas” na floresta a 28 de Abril. Outra fonte de segurança relatou confrontos a 27 de Abril, com relatos não confirmados de fatalidades entre as RDF. Seja qual for a verdade, ao longo de seis semanas nesta ofensiva, há uma sensação de que a RDF considerou esta operação particularmente desafiadora e não conseguiu obter o tipo de ganhos rápidos experimentados em outros lugares nos meses anteriores. O Ministério da Defesa do Ruanda não fez quaisquer reivindicações de sucesso contra os insurgentes, embora atribua às operações o regresso dos deslocados na área a Awasse, Diaca e Mocímboa da Praia (Cabo Ligado, 17 de Maio de 2022)
Apesar de tanta propaganda contida e rebatida neste artigo do Cabo Ligado de 3 a 4 paginas enfasando que os rebeldes estão activos por causa da fome nas suas bases e as suas operações estão destinadas a "roubar" comida, a verdade é que os rebeldes estão numa ofensiva contra as forças do regime terrorista da Frelimo, contra os terroristas ruandeses, os matsotsis da SADC e contra os demais aventureiros doutros países que estão em Cabo Delgado por vários motivos económicos e financeiros. Os ruandeses, os matsotsis da SADC e outros estão em Moçambique envolvidos numa guerra de agressão contra o povo de Moçambique e também para roubar as riquezas do país que deviam servir o povo.
Em estado de guerra, quando os beligerantes capturam coisas do inimigo no conflito como os rebeldes libertam comida, armas e munições da soldadesca da Frelimo e doutros agressores destinadas a servir o inimigo, tais trofeus são capturas e não "roubos" como a Frelimo nos diz na sua propaganda insana. Se aceitarmos a lógica deturpada da Frelimo que os rebeldes atacam para roubar coisas, os bandos armados da Frelimo e forasteiros também roubam quando capturam comida e armadas aos patriotas.
A passagem do Cabo Ligado acima colocada indica e demonstra o que eu disse em artigos recentes no Moçambique para todos que os terroristas ruandeses e os matsotsis de Joburg não se gostam e nunca operarão juntamente visto que Paul Kagame ofendeu muito a Africa do Sul com seus assassínios e outros actos terroristas contra dissidentes ruandeses na Africa do Sul para alem de espiar a comunicação do presidente Cyril Ramaphosa usando tecnologia fornecida por Israel. E Africa do Sul por sua vez alberga o movimento anti-Kagame denominado Congresso Nacional Ruandês. Dai que os ruandeses patrulham sozinhos na tal zona da Responsabilidade das tropas da SADC em Mucojo, Quiterajo que os rebeldes atacaram recentemente e Chai onde os patriotas infligiram pesadas baixas aos terroristas da Frelimo e aos matsotsis da Joburg. Só patrulham nas zonas urbanas e não se metem nas matas adentro para atacar os rebeldes por não terem o treino, os meios e informação sobre os rebeldes que só podiam obter por helicópteros e aviões de reconhecimento que eles não possuem.
Quando os terroristas ruandeses se encontraram na Reserva Florestal de Catupa com barrancos e ravinas, favorável à guerrilha e conhecida pelos patriotas, os destemidos rebeldes chamboquearam nos agressores de Kagame que não anunciaram as suas baixas e não cantaram vitória em Kigali. Como mestres de guerrilha, os rebeldes escolhem terrenos para enfrentar a cambada inimiga da soldadesca da Frelimo, os terroristas ruandeses, os socialistas tanzanianos e os matsotsis da SADC.
Nas planícies, os patriotas preferem atacar a Frelimo que não oferece resistência e só sabe fugir deixando armas e munições em vez de disparar contra eles. E nas planícies eles também atacam os ruandeses em operações de bate e foge para evitarem os blindados do inimigo ruandês. Mas os patriotas já compreendem as fraquezas do inimigo ruandês, o que explica porque eles atacaram recentemente Palma numa zona muito perto de Afungi.
Talvez que os ruandeses agora compreendam que o seu caudilho os colocou numa situação difícil donde muitos deles não sairão vivos de regresso ao seu país. E o regime de Kagame não pode receber os seus tombados de Cabo Delgado. Kagame próprio não quer ver corpos da sua soldadesca tombada em Cabo Delgado enviados a Kigali visto que tal inquietaria e irritaria seu exército que pode o derrubar.