NOTA
A presente obra não é mais do que um apontamento da minha vida passada na campanha de Moçambique nos anos de 1917-1918.
É a junção de todos os apontamentos daquele tempo e agora compilados com o maior escrúpulo e com a máxima exacção, ficando exarados alguns conforme estavam arquivados, sistema de telegrama, não lhe fazendo acréscimos nem retoques.
Fique este livro como um registo do que se escreveu há 43 anos, apenas, agora, com um pequeno limar de arestas, e embora irregular e nada perfeito, fique sendo sinceramente o mesmo, para ficar subordinado sempre ao aferimento daquela época, não se vendo, portanto, como obra literária, que não é, mas simplesmente um livro em que um soldado relata o sacrifício, a miséria e os tormentos que passou para ajudar a cimentar o bom nome da terra querida em que nasceu e de pôr ao serviço da sua Independência, do seu crédito e bom nome, o seu esforço, a sua mocidade e o seu sangue.
Servirá também para registar como naquele tempo, quando o autor, dando instrução aos recrutas indígenas, arreigou no espírito o no coração dos soldados Landins que instruiu, a crença, a fidelidade do juramento à Bandeira e ao Santo amor à Pátria, tendo sempre em atenção que foi com a força e pureza destes sentimentos que os nossos pais fizeram este Portugal Grande, o qual temos o dever de legar intacto aos vindouros, como herança de honra e de orgulho.
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Nota: Alguns capítulos não foram intencionalmente digitalizados. As nossas desculpas por gralhas na digitalização. Chamo a atenção para a estatística publicada a páginas 167. De salientar que a população de Moçambique em 1917 não chegava aos 3 milhões de habitantes. Incrível como se juntaram aos portugueses para a campanha militar contra os alemães mais de 100 mil elementos locais, quer como carregadores, quer como praças..
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE