Moçambique: RENAMO acusa FRELIMO de incendiar casas e roubar animais (2)
Por Francisco Nota Moises
RENAMO acusa membros da FRELIMO, partido no poder, de incendiarem casas e roubarem animais de criação de membros da oposição, na província de Sofala, centro de Moçambique, alertando que a paz corre perigo. "Desloquei-me aos distritos de Nhamatanda e Gorongosa e os nossos membros não hesitaram em afirmar que [membros da FRELIMO] queimaram as suas casas e roubaram os seus animais de criação", disse Geraldo Carvalho, chefe regional do centro para a implantação da Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO). ... "Hoje queimam as nossas casas, impedem-nos de realizar reuniões políticas, perseguem os nossos membros e ex-guerrilheiros. Será que estamos a cultivar o clima de paz?", questionou (DW).
O que dizer da tal apregoada paz que Nyusi e o seu amigo Ossufo Momade dizem que gostariam de ver estabelecida em Moçambique? Nyusi quer uma "paz" em seus termos que lhe permita ter, controlar e operar esquadrões da morte e esse comportamento nyusista é normal para o seu amigo Ossufo Momade na medida em que Nyusi satisfaz os seus desejos e enche os seus bolsos com dinheiro que vem de fora e devia ajudar o povo de Moçambique.
Tal é o teatro absurdo de Moçambique de FreliRenamo. Para os dois grandes de Moçambique, Nyusi e Momade, tudo vai às mil maravilhas na medida em que ambos são barrigudos e hipopótamo-escos. Um (Nyusi) menos hipopótamo-esco do que o outro (Ossufo Momade), se dizem: "assim é que é. Sabemos viver e criar barrigas e corpos como de hipopótamos" antes de tamborearem os seus peitos com os seus punhos como fazem os gorilas nas florestas do Congo antes de dizerem "aqueles que são magritos na populacao, isto e ja a culpa deles e nao nossa."
Receberam 64 milhões euros para a integração dos homens desmobilizados da Renamo e o dinheiro desapareceu nos bolsos dos dois e nos bolsos das ONGs da Frelimo. "Que a Renamo não tenha ONGs, não é culpa da Frelimo," diz Ossufo Momade.
Os frelimistas descarregam a sua ira contra os pobres da Renamo, queimam as suas palhotas, roubam os seus animais e em certos casos liquidam a sangue frio os pobres renamistas. Para Ossufo Momade, André Magibire e José Manteigas, o que a Frelimo faz aos renamistas é normal. Não pensam que na sua zanga alguns renamistas podem remobilizar alguns desmobilizados antes de se lançarem na aventura duma resistência armada. Tal aventura não precisa de muita gente no princípio. Um punhado de homens móveis é suficiente como aconteceu com André Matade Matsangaisse que com alguns companheiros seus se escapuliram do campo de concentração de Sacudze na região de Gorongosa depois de arrombarem o paiol e capturar algumas armas dos guardas prisionais da Frelimo antes de se lançarem na aventura da Resistência Nacional Moçambicana em 1977 que veio a crescer até ao ponto de libertarem mais de 85 por cento do território moçambicano.
Entrei nas zonas libertadas da Renamo por cinco vezes em 1986, 1988 e 1989 e viajei de motorizada e a pé nas províncias da Zambézia, Tete e Sofala. Da quarta vez em 1988, viajei com colunas de homens duros, aguerridos e armados com metralhadoras, AK-47 e bazucas com um homem com transmissor às costas de dia das 5 de manhã às 17 horas durante 16 dias, descansando e dormindo só de noite. Onde é que estiveram os terroristas da Frelimo e os seus aliados socialistas da Tanzânia e os mashonas do Zimbabué que eram apoiados por mercenários russos, cubanos e outra sacanagem dos países ex-satélites da defunta União Soviética?
De caminho para Sofala, o meu amigo Afonso Dhlakama, foi meu amigo pessoal embora eu o critique pelos seus erros, deu ordens que devíamos atravessar o Zambeze de noite por recear que podíamos ser surpreendidos por MiGs do inimigo Frelimo enquanto no meio do rio.
De volta, enquanto no meio do Zambeze que atravessamos de dia, ouvimos uns ruídos dum avião que se aproximou e voou em cima de nós. Talvez que era um Antonov do inimigo Frelimo que voava ao longo do rio. Mas com almadias dos aldeões aqui e acolá no rio, não fiquei assustado e nem tive medo. Já tinha perdido medo depois de estar na aventura.
Os terroristas da Frelimo, que violentam populares, matam desmobilizados renamistas e aniquilam garimpeiros em Montepuez, virão depois culpar o Estado Islâmico quando alguns descontentes renamistas erguerem armas em punhos e alguns garimpeiros se associarem aos rebeldes do Norte como alguns o fizeram no passado na luta contra o regime fascista da Frelimo em Maputo. Os terroristas da Frelimo nunca se culpam pelo seu terrorismo.