No âmbito dos 60 anos da Frelimo, Mariano de Araújo Matsinhe, antigo ministro da Segurança, nos anos de 1980, General na reserva e membro fundador do partidão, deu uma entrevista à Deutsche Welle. Na entrevista, retivemos isto: a Frelimo não vai pedir desculpas pelos danos que a operação produção causou ao povo moçambicano. E diz de boca cheia que o projecto teve o seu mérito.
E diz mais, o general: a operação produção, de 1983, visava acabar com os desempregados. O mote pode até ter sido esse, mas os campos de reeducação de Niassa não passavam de qualquer coisa como campos de extermínio- Auschwitz!
Hitler, quando abriu os campos de extermínio, também dizia que o projecto era para o bem da nação alemã. E eram autênticas fábricas da morte. A morte em doses industriais. Judeus perseguidos. Caçados como se fossem animais. E negros. E todos aqueles que o Führer os considerava descartáveis!
Nós temos testemunhos de algumas pessoas que conseguiram, a muito custo, voltar de Niassa. São autênticos farrapos humanos. Comeram o pão que o diabo, com ajuda da Frelimo, amassou. Outros enlouqueceram. Alguns serviram de comida para os animais nas densas matas de Niassa. E a Frelimo diz que o projecto teve mérito!?
Isto é um verdadeiro insulto ao povo moçambicano!
E os excessos? Narra-se que o chefe do quarteirão da época, quando não gostava de algum vizinho- talvez porque este tinha uma esposa bonita que a sua- entregava-o às estruturas responsáveis pela operação produção. E em dois tempos ia parar no Niassa. Para servir de comida para os leões.
E Mariano Matsinhe em Maputo. Na sua cama macia!
Há famílias desestruturadas até hoje devido a esta porcaria. E Mariano Matsinhe diz que a Frelimo não vai pedir desculpas. É típico: os nazistas também não pediram. Os que até foram levados a julgamento em Nuremberga preferiram ser enforcados sem que tenham pedido perdão. Sem manifestar nada de remorso!
Adolf Eichmann, o nazista que geria a logística das deportações em massa dos judeus para os guetos e campos de extermínio das zonas ocupadas pelos alemães, acabou sendo capturado em 1960 na Argentina pela Mossad, o serviço secreto de Israel. Após um julgamento de grande publicidade em Israel, foi considerado culpado por crimes de guerra e enforcado em 1962. Em nenhum momento pediu perdão. E, aliás, no referido julgamento, disse que o que fazia era nobre. Os campos de extermínio eram nobres.
Gostávamos de ouvir o Armando Guebuza, o responsável-mor pela operação produção, o que diz sobre isto.
E temos dúvidas de que alguns camaradas dormem o sono dos justos. Têm muito sangue nas mãos. Sangue de moçambicanos inocentes. Assassinados por eles nesta loucura de busca pelo poder. E o que fizeram com esse poder? Escangalharam o País. Roubaram até a esperança dos moçambicanos. E, embora velhos, ainda tesam. Mesmo que seja necessário recorrer ao Viagra. Querem-no erecto para poderem enfiar, sem vaselina, no rabo do povo. Pátria fornicadora!
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