RESUMO DA SITUAÇÃO
O padrão de atividade insurgente é cada vez mais caracterizado por ataques e fugas em alvos remotos e vulneráveis em vários distritos, provavelmente com a intenção de esticar os efectivos das forças de segurança. No entanto, não procuram o confronto direto com as forças de segurança. Também não visam investimentos de alto nível, apesar da cobertura dada na mídia do Estado Islâmico (EI) sobre o incidente na mina Grafex de 8 de Junho. Os ataques foram confirmados na semana passada nos distritos de Muidumbe, Palma, Mocímboa da Praia e Ancuabe, e em Macomia, onde a violência foi mais intensa com quatro ataques separados.
Aldeias e povoações em partes do distrito de Macomia estão em situação de instabilidade há semanas, resultante de ações sustentadas de pequenos grupos de insurgentes e da incapacidade das forças de intervenção de removê-los. A Força de Defesa de Ruanda (RDF), que vinha realizando patrulhas em Chai e em povoações agrícolas próximas, retirou-se na sua maioria, de acordo com fontes locais. Na tarde de 21 de Junho, os insurgentes emboscaram um mototáxi perto de Nkoe em Macomia, cerca de 20 km ao norte da sede do distrito de Macomia, e a sudoeste de Chai, supostamente decapitando o motorista e sequestrando três mulheres. Eles também deixaram uma mensagem para a população local de que mais ataques eram iminentes, provocando
pânico e desencadeando um movimento de pessoas para o sul para fora do distrito. Mais tarde, o EI divulgou uma declaração reivindicando a responsabilidade pela captura de duas pessoas e queima da motocicleta.
Dois dias depois, Nkoe foi novamente alvo quando os insurgentes entraram na vila, incendiaram várias casas e mataram pelo menos três pessoas, segundo uma fonte local. Mais tarde naquele dia, uma declaração apareceu nas redes sociais do EI a reivindicar a responsabilidade por queimar casas e uma igreja.
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