Por Francisco Nota Moisés
Falado inteiramente em francês com umas palavras aqui e acolá do Lingala e com gestos teatrais, o observador Jean-Paul faz nos ver como é que o presidente Tsiseki do Congo desfez Paul Kagame que pensava que era o mestre da situação entre o Congo e Ruanda. Quando toda a gente se perguntava porque é que ele Tsisekedi não declarava a guerra contra o Ruanda, ele se mantinha calmo e silencioso antes de agir sem uma musculatura militar.
O mais infeliz e maior vitima da actuação do Tsisekedi foi Paul Kagame que pensava que Tsisekedi não era nada e que ele ia controlá-lo. Antes do Kagame se aperceber, Tsisekedi declara que a fronteira com Ruanda está fechada, que os ruandeses não entram mais no Congo, que os minerais do Congo não saem mais para o Ruanda.
Kagame que pensava ser um génio viu-se jogado e desfeito.
Sem uma guerra com armas, Tsisekedi desfez os interesses de Kagame com a suspensão dos acordos e tratados que os regimes anteriores tinham estabelecido com Ruanda, pondo assim fim a todo o tipo de transações entre o Congo e o Ruanda. O Congo passou a controlar o todo o espaço aéreo depois de tomar posse do aeroporto que servia os interesses do Ruanda em Kivu. Os pequenos helicópteros de Ruanda que vinham buscar os minerais tais como o ouro, diamantes e coltrão não entram mais no Congo.
Durante os últimos dois anos, Tsisekedi construiu um exército nacional em vez do exército que existia de ruandeses e pessoas do Lubumbashi, a região do antigo presidente Kabila. Oficiais congoleses foram formados nas academias militares americanas e os americanos disseram que a Republica Democrática do Congo será a base militar segura dos Estados Unidos em Africa e que os fanáticos do Putin e da China podem ir passear.
Tsisekedi recusou negociar com o M23, que é uma força ruandesa de Paul Kagame contra o Congo.
Com a formação do exército de 1 milhão de homens, O Congo dirá aos seus vizinhos incómodos, "bonjour, va chier!" (bom dia, vai lá cagar!)
O Congo suspendeu o projecto de estrada entre si e Uganda. O projecto poderá recomeçar depois do desaparecimento de Museveni e o do seu regime.
O Congo quer viver em paz com os seus vizinhos.
Veja o Jean-Paul no vídeo