“Portugal foi um pai para Timor. Os pais não abandonam os filhos… Vejam se fazem qualquer coisa por Timor.
Tirem os indonésios de lá! Ajudem lá um bocadinho…” Joana Ribeiro, jovem timorense com um irmão preso em Bali (Indonésia) e ameaçado de fuzilamento, em entrevista dada à TSF, no dia 12 de Dezembro de 1991.
O Presidente da República (PR) foi a Timor Lorosae, em visita oficial, à tomada de posse do recém-eleito presidente daquele “país” (pequeno, inviável e artificial), o que coincidia com as comemorações dos 20 anos de uma independência forçada (em 29/5/2002) e que será sempre nominal. O PR deste Portugal pequenino e desorientado, apesar de tudo, por uma vez, não fez
mal em ir.
E só não fez melhor porque não teve coragem de pedir desculpa a todo o povo timorense, em nome de todos nós. Eles mereciam e nós também, para que a expiação de culpas e responsabilidades, fiquem, não saldadas, mas de consciência mais arrumada.
Não deve ser só a Igreja Católica a exercer esse acto de humildade e também de caridade…
Seria o nosso acto de contrição, como sociedade e Nação (apesar de ser o Estado que nos representa) e merecia ser extenso e profundo, pois fomos nós, os de aqui, os exclusivos culpados das desgraças que sucederam ao povo timorense e a Timor-Leste – território onde os portugueses se estabeleceram, desde o início do século XVI – a partir de 1974, mais propriamente a partir daquela data que agora se quer comemorar o cinquentenário com pompa e foguetório, que não merece – antecipamos – doses maciças de demagogia, mentiras e a elevação de erros e crimes à categoria de virtudes.
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