Nas últimas quatro semanas, os “insurgentes” assaltaram e ocuparam três sedes distritais (Mocímboa da Praia, Quissanga e Muidumbe), apoderaram-se do material bélico e causaram baixas significativas nas Forças de Defesa e Segurança.
Se antes atacavam postos administrativos, desta vez os “insurgentes” foram mais ousados e invadiram sedes distritais, incluindo a vila municipal de Mocímboa da Praia que, além do Comando Distrital da Polícia, conta com um acampamento militar das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM).
A aparente facilidade com que os “insurgentes” assaltaram as sedes distritais aumentou o sentimento de insegurança e de abandono no seio da população de Cabo Delgado e colocou vilas e cidades, incluindo a capital Pemba, em estado de alerta máximo.
No seio das Forças de Defesa e Segurança, o avanço dos “insurgentes” está a criar um mal-estar e há inclusive suspeitas de envolvimento de oficiais das FADM nos ataques, sobretudo no apoio logístico e no fornecimento de informações estratégicas ao inimigo. “Quase sempre, as nossas posições são atacadas depois de receber abastecimento. As embocadas também acontecem contra colunas que levam alimentos, armamento e fardamento aos colegas que estão no terreno”, descreveu uma fonte militar.
NOTA: Ainda há dias a Ministra do Interior se referiu a casos semelhantes. Será que a sublevação já se prepara dentro das FADM? Porque não pensar que a vinda de tropas estrangeiras também foi para suster a sua sublevação?
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE