Os vários povos africanos trazidos para o Brasil contribuíram efetivamente para a nossa maneira de ser, incluindo a língua, os costumes, a religião, entre outros aspectos de nossa “brasilidade”. A respeito, lembremos a afirmação do historiador Alberto da Costa e Silva, em Um rio chamado Atlântico: a África no Brasil e o Brasil na África (2014): “Ainda que disto não tenhamos consciência, o obá do Benim ou o angola a quiluanje estão mais próximos dos brasileiros do que os antigos reis da França”.
Sem dúvida, o continente africano constitui referência incontornável quando nos referimos a nossas origens e à nossa história e consequentemente, falar de África é também traçar linhas que tangenciam e muitas vezes se mesclam à nossa formação. Apesar de sua importância nas matrizes culturais, religiosas e linguísticas de nossa gente, o continente africano ainda é bastante desconhecido de muitos brasileiros.
Atendendo a uma necessidade de conhecimento de parte importante de nossa História e ao mesmo tempo como ferramenta para o enfrentamento do racismo em que, infelizmente ainda estamos mergulhados, a Lei 10639 (depois substituída e ampliada pela Lei 11645) determinou que conteúdos sobre História e Cultura dos Povos Africanos e Ameríndios fizessem parte efetiva do ensino formal em todos os níveis. Passo importante para diminuir o desconhecimento da África, a referida Lei, infelizmente, ainda não é totalmente cumprida em numerosas escolas brasileiras.
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