Por Francisco Nota Moisés
Muito recentemente um dos grandes dos terroristas da Frelimo Mariano Matsinhe fez declarações falsas sobre o assassinato de Felipe Magaia pelo malogrado terrorista Lourenço Matola em cumprimento da ordem emanada da cúpula dos grandes dos terroristas da Frelimo liderados por Eduardo Mondlane. Demoli grande dos grandes dos terroristas da Frelimo.
Agora um outro, desta feita, Hélder Martins regurgita muitas falsidades sobre a história de Moçambique, da Frelimo, sobre o padre Gwenjere, sobre governação por competência e a necessidade de um debate num país que ele se estivesse ciente de quão crasso o que diz e, ele saberia que o Moçambique da Frelimo é um estado totalitário onde um debate publico e aberto sobre qualquer assunto não pode tomar lugar.
Francamente, não sei onde Hélder Martins aprendeu a sua história de Moçambique. Estou certo de que 90 por cento das pessoas com certa educação, incluindo os minimamente educados podem se rir dele por ele ter dito que os grandes chefes das nações étnicas que vieram a constituir Moçambique como um território em 1928 quando os portugueses, os ingleses e os alemães decidiram as fronteiras de Moçambique deveriam se ter entendido. Antes daquilo o régulo Gungunhana dos vátuas, Kambhuemba dos senas e Macombe dos bárues e os outros régulos do norte não viviam numa nação chamada Moçambique. Não se conheciam e não tinham contactos para além dos senas, por exemplo, ouvir dos seus inimigos chamados madzwiti (changanas) ao sul e os lómuès e macuas ao norte.
De facto naquele mesmo ano de 1895 quando o capitão Mouzinho de Albuquerque prendeu o rei dos vátuas Gungunhana em Chaimite, Gaza, os impis do Gungunhana estavam na Vale do Zambézia e a um dado tempo os impis capturaram a vila de Sena antes dos senas reagirem com as suas armas tais como setas e arcos, lanças, machados que eram superiores às azagaias e escudos dos changanas. Os senas rechaçaram os changanas até Gaza no que veio a ser conhecido como nkhondo ya madzwiti ou seja a guerra dos zuides ou changanas. Na década de 1960 os velhos da minha aldeia falavam-me da guerra contra os invasores changanas e alguns dos velhos, se não estivessem a mentir, diziam-me que quando jovens tinham participado na tal guerra contra os changanas.
A conquista desses povos que viviam como inimigos e que não tinham relações entre eles por Portugal veio a impor o fim de guerras entre eles visto que interessava a Portugal e a sua colonização e que esses povos não continuassem a se combater. De facto, a PAX LUSITANA, pacificou esses povos primitivos depois da sua submissão à soberania portuguesa. Obviamente, era do interesse de Portugal que a animosidade étnica continuasse sem guerras entre as tribos que era dividir para melhor imperar.
Hélder Martins inventa a fantasia de que a mãe e a avozinha de Eduardo Mondlane diziam que os grupos étnicos foram derrotados por falta de unidade e entendimento entre eles e que Samora Machel veio a dizer que a Frelimo devia matar a tribo para construir a nação. Eduardo Mondlane e Samora Machel eram tribalistas da primeira hora, o que explica que nunca houve nem um ministro sena ou macua se quer no regime de Samoa Machel.
Não é verdade que a Frelimo não atacava e não matava civis brancos. Alguns guerrilheiros me diziam sobre aquilo que eles faziam como roubar aos brancos, matar, violar mulheres brancas. Quanto ao tratamento de desertores e capturados portugueses que a Frelimo alegadamente entregava à Cruz Vermelha internacional, isso é também uma grande fantasia deste grande da Frelimo. Soldados portugueses raramente desertavam ou eram capturados pela Frelimo. Tropas portuguesas capturavam mais turras da Frelimo do que jamais a Frelimo capturava soldados portugueses.
QUANTO A PADRE MATEUS GWENJERE, esse outro grande dos terroristas da Frelimo vomitou muita coisa. Nunca jamais houve um oponente que foi mais ousado contra o colonialismo português do que Gwenjere, razão porque era constantemente convocado para ser interrogado pela PIDE. Somente o preto Gwenjere é que teve a ousadia de dizer a um chefe da PIDE em Caia que lhe perguntou se ele era português. Gwenjere lhe respondeu dizendo "quando é que combinamos que sou português?"
Quando Gwenjere se escapuliu de Murraça e atravessou o Zambeze para Inhangoma antes de continuar para o Malawi e se envolver com a Frelimo, foi perseguido por uma avioneta da PIDE. Em Inhangoma ele teve que tomar o chapéu de palha dum camponês e a enxada deste que pendurou ao seu ombro para se camuflar (Gwenjere, Dar Es Salaam, 1968). E dizer que Gwenjere era um agente da PIDE é uma tolice -- pura e simples.
O que o tal Hélder Martins não disse foi que Gwenjere tinha provado ao escritório do vice-presidente da Tanzânia Rashid Kawawa com documentações de que ele Hélder Martins, a sua esposa, Jacinto Veloso, Fernando Ganhão, Sérgio Vieira, Jorge Rebelo, Óscar Monteiro eram agentes da PIDE, a razão que fez com que o governo de Tanzânia os tivesse expulso para Argélia donde regressaram mais tarde para a Tanzânia depois do Gwenjere ter sido evacuado de Dar ES Salam para a diocese de Tabora donde viria a fugir para se refugiar em Nairobi, Quénia.
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