Por Francisco Nota Moises
Nyusi abre a “porta” para outras tropas estrangeiras combaterem o terrorismo em Cabo Delgado (2)
"O pronunciamento foi feito em Cabo Delgado na sua recente visita às posições militares das Forças de Defesa e Segurança (FDS) e do comando da chamada Força Local. Nessa visita, o Presidente da República, Filipe Jacinto Nyusi, instituiu a possibilidade de Moçambique aceitar quaisquer outras forças disponíveis à ajudar no combate ao terrorismo em Cabo Delgado. Filipe Jacinto Nyusi, manifestou o interesse na vila de Mueda, onde visitou na semana passada e manteve encontro com chefias militares e o comando das forças locais. Assim, sublinhou o presidente que “se houver outras forças em Moçambique e no mundo que estiverem para ajudar no combate ao terrorismo, vamos agradecer”. Outrora, algumas esferas de opinião, interpretam a manifestação de Moçambique aceitar novas forças, como um sinal de fracasso das tropas no terreno de combate aos terroristas. De lembrar que a força moçambicana tem apoio internacional de tropas de Ruanda e SADC que integram Tanzânia, África do Sul, Malawi, entre outros."
A ddeclaração do chefe do regime da Frelimo de que está à procura de tropas para lhe ajudar a reter e manter o seu regime terrorista em Maputo é a melhor informação do dia visto que ela demonstra o desespero em que Felipe Nyusi e o seu regime se encontram perante o avanço da insurreição armada do Norte. A informação demonstra também que a mistificação dos terroristas ruandeses como uma força cheia de feitiços que a faz de invencível é uma garotice que não passa duma ficção. Tanto os ruandeses como o seu chefe Kagame, agora num estado de desespero total, não sabem o que pode acontecer amanhã para o seu pequeno país no seu conflito com o Congo cujo presidente Felix Tshisekedi Tshilombo disse: "si Kagame veut la guerre, il l'aura (Se Kagame quer a guerra, ele a terá)."
Intimidado pela mera dimensão superficial do Congo que está reorganizando as suas forças armadas, Kagame encolhe-se e "il sollicite la paix et non la guerre (solicita a paz e não a guerra" de acordo as suas próprias declarações. Mais ainda: Os americanos o condenaram por ter soldados no Congo e exigem que retire as suas forças do país vizinho. O regime putinista declara o seu apoio ao Congo e diz-se preparado para ajudar o Congo com o fornecimento de material bélico e a China declarou o seu apoio ao Congo. Os franceses agora vacilam no seu apoio ao Ruanda sabendo que os ganhos que eles possam obter de Ruanda são quase zero. O Congo diz que não haverá nenhumas transações comerciais dos seus recursos para o Ruanda e do Ruanda, para alem do Congo ter decidido que não haverá mais voos do Ruanda para o Congo. Quase que todos os países apoiam o Congo. Kagame e o seu Ruanda se encontram assim isolados.
Obviamente, depois de falhar obter forças de Uganda, da Guiné Equatorial, do Gana e da Ucrânia cujas forças demonstram que um pigmeu pode bater um adamastor depois de falar com presidente Zelensky, Nyusi se encontra em desespero da causa perante o imparável avanço dos rebeldes do norte. Daí que choraminga por qualquer ajuda que qualquer vagabundo possa enviar para lutar na guerra que a sua soldadesca está perdendo. E daí que diz que qualquer país vagabundo com homens a sacrificar que lhe envie tais homens.
Mas nada é fácil: tropas estrangeiras custam caro. Os ruandeses custam 1 milhão de dólares por dia.