Presidente de Moçambique denuncia a participação de donos de postos de gasolina em Sofala, no centro do país, no financiamento do terrorismo em Cabo Delgado. Filipe Nyusi exige uma ação de fiscalização.
Filipe Nyusi: "Temos informações de pessoas que usam estes meios para subsidiar o terrorismo"
O Presidente moçambicano, Filipe Nyusi, denunciou a existência de proprietários de postos de combustível na província de Sofala, no centro de Moçambique, que usam o negócio para lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo em Cabo Delgado, no Norte.
"Há proliferação de bombas de combustíveis na vossa província, não estou a proibir. Mas que usem métodos legais [...] Nós temos informações de pessoas que usam estes meios para subsidiar o terrorismo", declarou o chefe de Estado moçambicano.
Filipe Nyusi falava na segunda-feira (22.08), durante uma reunião com os conselhos executivo e de representação do Estado na província de Sofala, centro de Moçambique, onde realiza uma visita de trabalho.
Segundo o chefe de Estado moçambicano, alguns destes empresários suspeitos de lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo encontram-se foragidos.
"Algumas pessoas, proprietários de bombas de combustível, fugiram. Quando os fomos procurar, tinham desaparecido. Eram donos de algumas bombas [postos de combustíveis]", frisou o chefe de Estado moçambicano, que exige uma ação mais pujante de fiscalização da Autoridade Tributária e do Ministério dos Recursos Minerais e Energia.
"Vocês têm de controlar isso [...] A proliferação [de negócios] sim, se é para o desenvolvimento. Mas se for para lavagem de dinheiro, não. Movimentem sim dinheiro, mas de forma legal", disse o Presidente, sem avançar mais detalhes sobre o assunto.
DW – 23.08.2022
NOTA: Para quando uma introspeção de Filipe Nyusi? A guerra de Cabo Delgado está a fazer ricos. E ele sabe quem são.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE