RESUMO DA SITUAÇÃO
Os ataques dos insurgentes na semana passada tiveram lugar em cinco distritos diferentes: Macomia, Mocímboa da Praia, Nangade, Meluco e Muidumbe. Dois desses ataques foram dirigidos a postos avançados das forças de segurança moçambicanas. Essa ânsia de confrontar diretamente as forças de segurança, após um intenso período de ataques a alvos civis, indica a necessidade de reabastecimento de armas e munições.
A 7 de Agosto, os meios de comunicação social do Estado Islâmico (EI) publicaram um comunicado reivindicando a responsabilidade por um ataque a uma base das forças de segurança em Namuembe, cerca de 30 km ao sul da sede do distrito de Nangade. No comunicado, o EI alegou ter ferido vários soldados moçambicanos antes de apreender armas e munições e de se retirarem para a mata. O EI também publicou uma foto de cinco insurgentes posando em frente aos supostos despojos de Namuembe, que incluem espingardas, metralhadoras ligeiras, munições, explosivos e roupas militares. Um consultor de segurança informou que dois membros da Unidade de Intervenção Rápida (UIR) da polícia foram mortos no ataque. Outra fonte de segurança confirmou o incidente e acrescentou que os oficiais da UIR ali estacionados se retiraram em face do ataque.
Em Meluco, os insurgentes lançaram um ataque semelhante a uma guarnição das forças de segurança em Namituco, a pouco mais de 30 km da sede do distrito de Meluco. De acordo com um comunicado do EI, os insurgentes feriram vários soldados, queimaram o quartel e saquearam munições. Outra fonte de segurança reportou um ataque a uma base das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) em Meluco, mas não pôde fornecer mais detalhes. Um consultor de segurança afirmou que um membro das forças de segurança do governo ficou ferido no ataque, o quartel de Namituco foi destruído e uma grande quantidade de equipamentos foi roubada.
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