RESUMO
O presente trabalho busca olhar o colonialismo português pelas lentes da saúde no território de Moçambique e reconhecer a diversidade de conhecimentos acerca da saúde em Moçambique no período colonial. Busco perceber a existência de diferentes relações entre os atores representantes do colonialismo e os praticantes da medicina tradicional, entretanto considero que estas relações passaram por proibições e distanciamento e neste sentido busco perceber a prática da medicina tradicional no contexto colonial também forma resistência das populações moçambicanas frente ao colonialismo português. Através da análise destas relações entre medicina oficial e medicina tradicional procuro refletir sobre como diferentes racionalidades convivem ou excluem-se, enfatizando as dificuldades em lidar com os modos de pensamento e conhecimento do „outro‟ construído a partir de relações coloniais.
De modo geral esta dissertação pretende colaborar com uma compreensão do passado colonial em Moçambique que ajude a
identificar os problemas atuais como frutos de um processo histórico, entendendo a história como uma maneira de olhar o passado e o presente e a possibilidade de interferir em ambas as margens deste rio chamado tempo. Para isto faz necessário observar a história da ciência e da saúde não somente a partir dos benefícios proporcionados, mas também das suas demais consequências para a sociedade.
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