Foi num dia como este que o jovem economista, António Siba Siba Macuácua, foi atirado do vão de escadas de um décimo nono andar por “indivíduos sem rosto”. Morreu imediatamente. Tinha 33 anos, quando Adriano Maleiane, na altura governador do Banco de Moçambique, o indicou para assumir o cargo de PCA interino do Banco Austral, hoje ABSA. Portanto, pode-se dizer, sem rodeios, que foi Maleiane que o lançou ao covil dos lobos- a elite frelimista que delapidava o banco.
O Banco Austral era a teta preferida da elite frelimista. Todos os camaradas mamavam lá, até o falecido Nyimpine Chissano, que o pai o chamava de empresário de sucesso, quando era uma perigosíssima ave de rapina. Maleiane não era desconhecedor da situação, mas preferiu lançar Siba Siba para ser assassinado exactamente quando havia identificado todos os lobos.
Siba Siba pecou pela ingenuidade e por querer fazer as coisas de maneira correcta. Aqui isso não serve. Aqui engordam os Caifadines Manasses que lambem as lamacentas botas dos camaradas! Era justo, entregue ao seu dever. E só por isso morreu!
E até hoje, 21 anos depois, nunca se fez justiça a Siba Siba. Maleiane é hoje primeiro-ministro-depois de ter sido ministro das Finanças-, Luísa Diogo, que à altura dos factos ocupava o cargo de ministro das Finanças, também, depois, subiu para primeira-ministra (coincidência?).
O processo sobre o assassinato de Siba Siba estagnou. Venceram os abutres. A PGR só sabe correr atrás de Chang, na tentativa de impedir a sua extradição para os EUA. Gastando o nosso dinheiro. Assunto sério nada. A vida continua. É assim em Moçambique!
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