Uma recente revisão sistemática de estudos longitudinais prospectivos conclui que é plausível uma relação entre as práticas de limpeza interna da vagina e infecções vaginais, aumentando a susceptibilidade à infecção pelo HIV, mas faltam provas conclusivas. Resultados de uma meta-analise sugerem um aumento do risco de adquirir a infecção pelo HIV entre as mulheres que usam um pano ou papel para limpar a vagina ou que aplicam ou inserem produtos destinados a secar, estreitar a vagina, ou que limpam a vagina internamente com sabão.
Em muitas partes do mundo, as mulheres fazem intervenções nos órgãos genitais, incluindo incisões, alongamento ou ablação dos pequenos ou grandes lábios ou do clitóris (excisão), costura dos lábia majora (infibulação) e incisões na área vaginal e perineal. Outras práticas visam alterar o diâmetro da vagina, a sua temperatura, a quantidade de lubrificação vaginal através de banhos de vapor, fumo, aplicação, inserção ou ingestão de diversos produtos. Algumas são práticas são utilizadas em evento específico e outras ao longo de toda a vida para higiene pessoal, saúde e bem-estar, socialização do corpo da mulher, fertilidade, controle da sexualidade das mulheres ou aumento da satisfação sexual para si e/ou para o parceiro. Dados de Moçambique indicam que várias substâncias são utilizadas para reduzir o tamanho (diâmetro) da vagina, aumentar o atrito durante o sexo e criar condições favoráveis para o prazer do homem ou de ambos os parceiros.
Leia aqui Download As_praticas_vaginais_na_provincia_de_Tete