Hospital Geral José Macamo é aqui, na cidade de Maputo, onde pacientes internados reclamam de fome. Não há comida. E as refeições servidas chegam tarde e em quantidades reduzidas. Falta até açúcar, pão e sal. Por exemplo, toma-se chá sem açúcar e sem pão.
Temos que arranjar um nome mais modesto para chamar ao que é servido. Chá não pode ser. Que tal agua quente e folha de chá? Deve ser uma nova cura!
As papas, feitas à base da farinha de milho, chegam sem açúcar!
E às vezes passam dias sem ver esse chá sem açúcar! Escapa quem tiver algum familiar para o ajudar!
O pequeno-almoço só chega por volta das 08h ou 09h, enquanto os doentes acordam às 05h para medicar. O jantar servem às 16h, mas têm de medicar às 21h.
Ao jantar? O menu não varia: feijão ou peixe, também se houver. E quando há, pode não chegar para todos. Mas tomam comprimidos!
Imaginem quem não é de Maputo e está internado com um acompanhante. O pouco que lhe servem tem que dividir com este.
José Macamo é hospital ou cadeia? Parece que estão a punir os doentes! Infligiram alguma lei por terem ficado doentes? O ministro da Saúde sabe o que está a acontecer naquela unidade sanitária? Ele não pode ficar no gabinete a beber café comprado por esses doentes que são mal atendidos. Tem de ir ver, com os seus próprios olhos, o que está a acontecer no José Macamo.
Armindo Tiago ganha o suficiente, tem regalias, muito provavelmente não paga a casa onde mora, não compra rancho, quem custeia tudo é esse doente que está a passar fome. Que utilidade tem o ministro se não sabe o que acontece nas suas barbas? Do seu gabinete para José Macamo não leva nem 20 minutos. Até podia ir hoje.
Tem de ir!
(Justiça Nacional, siga-nos no Facebook)
NOTA: Para quem duvida o País está falido. Só pode ser isso, pois não acredito que sejam os funcionários a roubar.
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE