RESUMO:
Este DR possui, além da Introdução, mais duas secções. Na segunda apresenta as características principais da população moçambicana, destacando-se o crescimento demográfico, a evolução da população urbana e rural, a relação entre população feminina e masculina, as pirâmides etárias dos anos 1975 (ano da independência), 1992 (anos do fim da guerra civil) e 2020 (último ano com dados detalhados). Finalmente, na terceira secção apresentam-se reflexões sobre algumas implicações da evolução demográfica na economia e em particular na agricultura e no meio rural.
Em relação à agricultura, um crescimento demográfico elevado, exige: Uma transformação estrutural da economia e do sector, assente no aumento da produção de alimentos através da subida da produtividade por hectare, redução do défice da balança comercial total e de alimentos, e melhoria da segurança alimentar; Um crescimento urbano que atraia população do meio rural através da criação de emprego na indústria e nos serviços; O crescimento rápido da população, ao aumentar a densidade populacional com tendência para a concentração em determinadas zonas, exerce pressão sobre os recursos naturais e tornando esses territórios mais vulneráveis aos choques climáticos; O crescimento da população acima do crescimento da produção alimentar e da geração do rendimento, aumentará a pobreza, as desigualdades, a desnutrição e insegurança alimentar, aumento a importação de bens.
Sabendo das dificuldades de um crescimento prolongado e a ritmos elevados, podem ser implementadas políticas de controle da natalidade, sempre com respeito pelas liberdades dos cidadãos e que estejam coordenadas com as políticas de desenvolvimento económico.