Dentro de dias, o partido Frelimo, realizará o seu 12º congresso – seu conclave, mas que desta vez, ao que tudo indica não irá eleger, um novo “Papa”, porque acreditasse que o surgimento deste mutilará a misantropa imagem dos “donos de tudo isso no momento”. Aliada a isso, os últimos dias têm sido ferrenhos e de muita dor de cabeça e pulsações no coração que alguns membros de proa acabam demonstrando através de suas publicações nas redes sociais, embrenhadas de indirectas, erros ortográficos e raiva – e com razão!
É que a situação não está fácil. Todo mundo quer o pedaço da torta. Todos os membros procuram manter e outros ascender ao poder – ninguém quer esperar o próximo navio! Por esta razão, alguns chegam a procurar todas as formas de chegar ao congresso com a condição de elegível para os órgãos colegiais e decisão do partidão – mas não está nada fácil. Até homens que faziam e desfazem em nome da pujança que carregavam a nível do partido tombaram e já se vislumbra uma nuvem de sofrimento nos corredores judiciais e o afastamento do círculo do poder político e empresarial.
Os dias são de sufoco para individualidades como General Eduardo Nihia, Agostinho Vuma, António Niquice, Francisco Mabjaia, entre outros que caíram nos seus círculos de influência política e estão fora do Comité Central da Frelimo – mas o que terão feito estas figuras para serem expurgados pelos seus camaradas, quando ontem eram tão queridos? – A resposta está nas atitudes de cada um deles ao longo dos últimos anos!
O sufoco será maior entre os dias 23 a 28 de Setembro, quando alguns membros de proa começarem a atirar suas frustrações e críticas pesadas contra quem conduz o “my love Moçambique”. Quando todas as estatísticas “manipuladas” não puderem ser justificadas, há evidências claras de que o país, é o sétimo mais pobre do mundo, segundo o PNUD. Quando os funcionários e agentes do Estado não verem a tão almejada Tabela Salarial Única (TSU) implementada conforme se propala. Quando os malditos terroristas continuarem a desgraçar comunidades, aldeias, vilas e distritos desta nossa linda terra! Quando mais recursos continuarem a serem descobertos e os residentes nos arredores excluídos. Enquanto o número de corruptos no país cresce e o nosso nome afunda cada vez mais nas estatísticas globais.
Os exemplos acima mencionados, terão como principal alvo a serem criticados ou escrutinados, o governo do partido Frelimo – que há décadas (des) governa Moçambique. Neste sentido, um congresso é um evento revolucionário ou desaparecimento. É no congresso, onde as organizações políticas ou associativas decidem pela transformação organizacional e os passos a seguir. Por isso, a Frelimo e os seus membros devem olhar para este momento como a oportunidade de correcção do que está mal e aperfeiçoar o que tenta ser feito bem.
Este congresso surge numa altura em que o povo moçambicano encontra-se sufocado com o custo de vida e as mazelas governativas que de congresso em congresso tem sido decidido e maleficamente implementado. A demagogia deve ser retirada do centro das atenções e a do show off também – porque enquanto alguns continuam a exibir feitos que ninguém vem, o país vai continuar a ser este que todos nós, de alguma forma achamos que poderia ser melhor e de esperança!
Esperamos que este momento de sufoco dos membros da Frelimo sirva para depois do congresso, venham com mecanismos governativos que sirvam para aliviar o caos que os moçambicanos vivem sem comida, habitação, acesso à justiça, no acesso aos serviços básicos, ao emprego, a segurança pública e tranquilidade, acesso ao crédito bancário para os empreendedores, expansão e melhoramento dos serviços tecnológicos e de comunicação, etc.