Sobre a expulsão que temos vindo a reportar, nenhum departamento do Exército e do governo quer se pronunciar, mas o facto é que uma parte dos trinta e oito (e não 33) militares expulsos das Forças Armadas e Defesa de Moçambique (FADM) em Julho último, haviam sido promovidos por distinção em Agosto de 2021 pela bravura demonstrada em combate, pelo então Comandante do Exército e actual Ministro da Defesa Nacional (MDN), Major-General Cristóvão Artur Chume. As informações constam em despachos datados de 10 de Agosto de 2021, da série N, em posse da “Integrity”.
Portanto, conforme apuramos quando a informação de cessação dos serviços militares chegou a Chibau, em Nangade, anunciando que os 38 militares das Forças Especiais estavam a ser expulsos, o coordenador do grupo não se dignou em mexer nenhuma “palha” para procurar saber o que de facto estava acontecer com os homens que ele liderava e cujo alguns deles chegaram a sofrer num acidente durante uma escolta que levava comida e outros mantimentos para um acampamento militar baseado na aldeia Mandimba, próximo do rio Rovuma, na fronteira com a República da Tanzânia.
De acordo com fontes próximas do assunto, os militares que estavam em exercícios das suas funções e após o acidente foram hospitalizados no Hospital Militar de Pemba e posteriormente foram transferidos para Nampula, passando a usar muletas, mas estranhamente, foram incorporados na lista dos expulsos e ficando sem assistência.
As questões que ficam, como estes homens irão se virar, se contraíram os ferimentos em defesa do Estado que hoje os rejeita? Uma outra questão, levantada pela nossa reportagem é sobre quem são os oficiais que estão envolvidos no assalto aos bancos em Palma, ou seja, não haverá um gato preto por detrás de incómodo dossier? E o que estaria por detrás da expulsão de 38 militares altamente treinados numa altura em que a guerra ainda assola a nossa pátria, não seria uma prática inimiga? (Omardine Omar)
In https://integritymagazine.co.mz/arquivos/3439
NOTA: Na verdade não dá para entender. Existiu algum processo disciplinar ou criminal? E é assim que querem incentivar as FADM? Triste...
Fernando Gil
MACUA DE MOÇAMBIQUE