ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Uma pergunta que está em qualquer esquina e em qualquer lugar, principalmente nesses dias em que, o noticiário é incessante sobre o roubo e superfacturação no aparelho do Estado onde a cada dia surge uma nova delação, premiado ou não, colocando em xeque a ética e a moral.
Mas, o que é ética e moral?
No contexto filosófico, ética e moral possuem diferentes significados; a ética está associada ao estudo fundamentado dos valores morais que orientam o comportamento humano em sociedade, enquanto que a moral, são os costumes, as regras, os tabus e convenções estabelecidos por cada sociedade.
Baseado no texto sobre «ética e moral» do Professor Mário Sérgio Cortella, a ética é entendida como a ciência da moral e tem por objetivo os juízos de valores no que, se referem a distinção do bem e do mal nas acções humanas.
E, diante dessas justificativas alguns afirmam ser a ética e a política incompatíveis. Então, não seria possível que um homem, neste caso um político seja ético? Claro que sim…claro que é possível! Eu acredito que um político ético seja àquele, que pensa no colectivo [povo], que possui ‘virtudes' e é habilidoso e ousado em pensar e agir pela melhoria do colectivo e, não aquele que tem êxito em suas acções e objetivos pessoais sem pensar na conduta utilizada para atingir tais objetivos.
Por isso, nós precisamos entender e exigir que a moral e a política estejam sempre juntas; esta é a justificativa do Estado existir com suas leis e preceitos, da mesma forma, devemos 'valorizar' as figuras públicas que trabalham para preservar a ordem punindo quando necessário os que se utilizam dos Cargos públicos para benefícios próprios prejudicando o crescimento e o desenvolvimento do nosso país.
Concluindo, se o judiciário não for moralizável quem tem o poder, o judiciário faz deste uma anarquia. Vide calabouços de Maputo, Nampula… infelizmente, casos de corrupção e superfacturação no âmbito da política e de serviços públicos são resultado de pessoas que não trabalham de forma ética e, a consequência disso é o que nós estamos vivendo hoje em Moçambique.
Infelizmente!
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [13] de Setembro 20[22]