Por Lawe Laweki
[Meio século após a independência, o povo moçambicano nunca conheceu uma paz verdadeira e duradoura por culpa de um pequeno grupo de moçambicanos que compõem o governo da Frelimo]
Moçambique assinala amanhã, 4 de Outubro de 2022, o 30º aniversário da assinatura do Acordo Geral de Paz que pôs fim ao conflito armado entre o Governo da Frelimo e a RENAMO. No entanto, decorrido quase meio século após a independência, o povo moçambicano nunca conheceu uma paz verdadeira e duradoura.
Quase meio século, desde que Moçambique se tornou independente em 1975, é um período bastante longo para um país continuar em guerras infrutíferas, no sofrimento, na miséria e na angústia; para não falar do desperdício de vidas humanas e da destruição de infraestruturas. É tempo de refletir sobre este período.
Quando Moçambique alcançou a independência em 1975, esperava-se que o povo moçambicano vivesse em paz. Não foi, no entanto, o que aconteceu. Um ano após a independência, este país foi assolado por uma sangrenta guerra fratricida que durou 16 anos, semeando luto e dor, em grande parte devido à recusa e a intransigência do governo da Frelimo em reconhecer a reconciliação como um elemento fundamental na construção de uma paz justa e duradoura.