A polícia deteve na sexta-feira da semana passada, 21 de Outubro, um cidadão na posse de oito pontas de marfim, resultante do abate de quatro elefantes, no distrito de Mágoè, na província de Tete.
Trata-se de um cidadão de cerca de 55 anos de idade, que foi apanhado em flagrante delito pelas autoridades quando tentava vender os troféus, no posto administrativo de Mukumbura, junto à fronteira com a República do Zimbabwe.
As oito pontas de marfim de quatro elefantes pesavam 94 quilos e eram vendidas no mercado informal a um preço muito abaixo do valor real, que é de três mil meticais cada. “Estamos perante um crime de venda e abate de espécies protegidas.
Só este ano já tivemos dois casos. É um crime que preocupa a sociedade moçambicana. As forças operativas já foram accionadas para encontrar os outros comparsas, e há indícios de que os mesmos ainda estejam no terreno, porque desconfiamos que sejam caçadores furtivos da República de Zâmbia”, disse a porta-voz do Serviço Nacional de Investigação Criminal, Celina Roque, numa conferência de imprensa.
Acrescentou que o grupo foi interpelado graças a uma denúncia feita à Administração Nacional das Áreas de Conservação. Depois entrou em acção o Serviço Nacional de Investigação Criminal.
Celina Roque disse também que o cidadão faz parte de um grupo de malfeitores que se dedicava à caça furtiva no Parque Nacional de Mágoè, na província de Tete, concretamente na região da Reserva de animais.
“Esta prática lesaria o Estado num valor de cerca de 292.000,00 meticais. Apelamos à sociedade para que não pratique a caça furtiva, porque é punida à luz da lei moçambicana, e encorajamos para que esses prevaricadores sejam responsabilizados criminalmente”, disse Celina Roque. (Joana da Lúcia)
CANALMOZ – 24.10.2022