Num dos programas da STV, debateu-se sobre as condicionalidades impostas pelo Fundo Monetário Internacional, para o retorno das relações financeiras com Moçambique.
Alguns países e multinacionais manifestaram-se, sucessivamente, sobre novos investimentos, sobretudo nas áreas dos recursos naturais, em infra-estruturas e na agricultura. A União Europeia surge como um dos possíveis grandes financiadores militares, prometendo multiplicar em cinco vezes o apoio para assegurar a exportação de gás através das suas multinacionais, com o objectivo de substituir o gás russo proveniente de África, nomeadamente de Moçambique. Entretanto, as multinacionais de gás desenvolvem posicionamentos dúbios e inconstantes quanto ao reinício das actividades na bacia do Rovuma, excepto a plataforma flutuante Coral Sul, através da italiana ENI, que prevê que a primeira exportação se concretize em Setembro próximo.
Sucederam-se reuniões multilaterais1 e bilaterais para se assegurar a continuidade e reforço do apoio militar de várias naturezas, e, simultaneamente, a propaganda governamental faz esforços para transmitir a melhoria da situação militar e o retorno da população aos seus locais de origem, quando, na realidade, a situação militar não melhora. Váris agências de cooperação de países e bancos internacionais foram prometendo perto de 3 mil milhões de dólares para a reconstrução de Cabo Delgado. Paralelamente, intensifica-se a exportação de gás para a África do Sul a partir de Inhambane, enquanto o país vizinho multiplica a exportação de carvão2, considerando o inverno da Europa e as restrições ao gás russo.