ten-coronel Manuel Bernardo Gondola
Na frente de guerra muitas coisas não estão indo de acordo com o plano para o Presidente Putin, sobre isso eu já comentei, mas em outra frente a económica ele está apenas ganhando a guerra contra Ucrânia.
Após a “fracassada tentativa” de conquista Kiev, a Rússia reuniu suas tropas no Leste da Ucrânia por bons motivos. Talvez uns e outros sabem disso, acredito que a maioria não sabe, porquê é tão importante essa área os quais os russos ocuparam? É ali que se encontram os ricos recursos naturais do país: gás, petróleo, e terras ricas e generosas.
Por exemplo, somente em Kherson, onde agora se realizou o referendo, como também em Lugansk e Donetsk, sob “anexão em violação” ao Direito Internacional estão 'dois terços' de toda matéria prima do país.
Portanto, isso significa que Moscovo colocou sob seu controle reservas de energia, metais, e minerais no valor de [12] bilhões de dólares americanos como recentemente foi determinado pela Agência de Analise de Risco. Dizendo em outras palavras, o Presidente Putin ocupou a casa de força económica da Ucrânia, agora indústrias inteiras correm o risco de ficar sem suplementos, as quedas económicas já são arrasadoras.
Anteriormente [27%], do produto interno bruto, chamado por PIB, era produzido nos territórios ocupados e referendados por Moscovo, diz escutem bem, não é conversa fiada; diz a ministra da economia da Ucrânia: «o Putin, também está travando uma guerra económica contra a Ucrânia e…com bastante sucesso». Ela mesma, a ministra ucraniana disse isso!
No segundo trimestre, a economia ucraniana entrou em [colapso] em mais de [37%]. De acordo com o Banco Mundial espera-se, que esse número aumente para [45%] até ao final do ano é quase uma queda de [50%], mas a situação é bem diferente na Rússia onde se espera uma queda de [11%]. A inflação, também atingiu em cheio a Ucrânia.
Repare, enquanto o rubro russo, se recuperou como é sabido, a moeda ucraniana perdeu mais do que, nunca em relação ao dólar. A ministra ucraniana admite abertamente: «se você comparar as previsões económicas da Rússia e da Ucrânia, Rússia está ganhando apenas na frente económica dessa guerra. Todas as empresas dificilmente podem mais produzir. Putin atacou a maior fábrica do país; a Azovstal em Mariupol, ela está nas mãos da Rússia e completamente destruída e, como resultado estamos perdendo muita receita». Deplorou a ministra.
Assim, «o Estado está perdendo enormes receitas tributárias, bem como divisas provenientes da exportação de grãos e de aço. Actualmente a guerra consume [80%] do orçamento; especialmente os salários dos soldados estão custando caro a Kiev. o Estado obviamente faz os seus combatentes sentirem que valorizam sua alta motivação».
No iniciou da guerra Kiev, escutem bem! Kiev aumentou 'dez vezes’ o salário mensal de um soldado, de [340] por mês para [3.400] dólares ao mês. Agora, vocês vão se perguntar; épháaaa…mas… quem é que vai pagar todo isso? De onde vem todo esse dinheiro para pagar todos esses soldados que receberam dez vezes mais?
Para dizer a verdade, uma grande parte dos salários dos soldados ucranianos é pago pela União Europeia [UE], através de seu orçamento de bilhões de dólares. No passado como no sempre somos bombardeados, que a UE como também os Estados Unidos, injectaram bilhões e bilhões de dólares e de euros e, logicamente que parte disso, ‘desaparece discretamente’ e outra parte logicamente é usado como pagamento por soldados e, outra grande parte é usado para pagamento para armas que são mandados de países imperialistas para Ucrânia.
E… agora, pensem bem, de onde vem todo esse dinheiro? Quem é que assume? O Governo ucraniano? Não! O[s] Governo[s] só passa[m] de uma gaveta para outra. Mas…quem é que no final, bem no fundo vai assumir toda essa[s] despesa[s]? É o povo europeu, é o contribuinte europeu que vai pagar por tudo isso.
Portanto, o contribuinte europeu desconta do seu salário, o Governo passa para eles, eles compram armas e pagam dez vezes mais o soldado ucraniano, que o início da guerra.
Esse é o truque!
Manuel Bernardo Gondola
Maputo, aos [23] de Outubro 20[22]