Este artigo analisa de forma ampla a transição política e as formas como a Frelimo tem lidado com a construção do projeto nacional, a partir de uma abordagem multidisciplinar
e multissituada. O artigo discute a tentativa da criação do ‘homem novo’ no Moçambique independente, avaliando a continuidade da presença da figura do inimigo interno,
representado pelo Xiconhoca. Analisa‑se, finalmente, o tema das reuniões de busca de verdade e de reconciliação realizadas em 1975 e 1982 para redimir os considerados traidores ou atores antissociais –, discutindo em maior detalhe o contexto político‑ideológico em que estas reuniões aconteceram, assim como as suas implicações no contexto da construção da cidadania e da história oficial de Moçambique. Esta análise procura contribuir para repensar a violência comunitária e estatal em Moçambique e o papel de encontros de busca da verdade e de reconciliação nos processos de descolonização política.
Leia aqui Download Xiconhoca_o_inimigo_Narrativas_de_violencia(2015)