RESUMO DA SITUAÇÃO
As forças de segurança de Moçambique e a Missão da Comunidade de Desenvolvimento da África Austral (SADC) em Moçambique (SAMIM) sofreram perdas pesadas na semana passada. A 28 de Novembro, cinco militares das Forças Armadas de Defesa de Moçambique (FADM) foram mortos numa emboscada perto de Miangalewa, na fronteira entre os distritos de Muidumbe e Macomia. Um comandante da polícia e sua família foram emboscados e mortos perto do mesmo local a 20 de Novembro, possivelmente pelo mesmo grupo de insurgentes. A 4 de Dezembro, o serviço de notícias afiliado ao Estado Islâmico (EI), Amaq, publicou um vídeo exibindo armas e munições supostamente capturadas em um ataque recente em Muidumbe, possivelmente referindo-se a Miangalewa. A exibição inclui grandes quantidades de espingardas de assalto, metralhadoras leves e granadas propelidas por foguetes. O próprio EI fez uma reivindicação no mesmo dia para o ataque de 20 de Novembro.
A 30 de Novembro, SAMIM reconheceu num comunicado que tinha perdido dois soldados – um da Tanzânia e um do Botswana – num confronto com insurgentes perto de Nkonga, no distrito de Nangade, a 29 de Novembro (ver Foco Semanal abaixo). Outro soldado tanzaniano ficou ferido e foi levado para o hospital da SAMIM em Pemba. No final do comunicado, SAMIM disse ainda ter morto 30 insurgentes em resposta e apreendido “um número considerável de armas, munições e equipamentos”. A se confirmar, este seria um dos maiores números de insurgentes mortos num único confronto desde o início do conflito e seria um grande golpe para sua capacidade operacional naquela área. Nenhuma fonte independente foi capaz de verificar esta afirmação até agora.
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